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29 abril 2011

O que é uma bolha de ativos?

Por Pedro Correia


Martin e Ventura respondem a esta pergunta:

"Today’s economies often experience large movements in asset prices that have significant macroeconomic effects. Given that many of these movements in asset prices seem unrelated to economic conditions or fundamentals, they have come to be called bubbles, whether swelling or bursting. Typically, these bubbles are unpredictable and generate substantial macroeconomic effects. Consumption, the capital stock, and output all tend to surge when a bubble arises and then collapse or stagnate when the bubble bursts. "

Brasil x BRICS

Por Pedro Correia





Estudo da Standard and Poor's faz comparações entre os países que formam os BRICS.

1-Investimento em relação ao PIB. Brasil em último.

2. Exportações em relação ao PIB. Brasil em último.

3. Dívida Pública em relação ao PIB. Só a Índia é pior que o Brasil.

4. Pagamento de juros em relação ao PIB. Só a Índia é pior que o Brasil.

5. Receita Tributária em relação ao PIB. Estamos disparados na 1ª posição

Como afirmou Clóvis Rossi:"o conglomerado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) soa como tijolo em inglês (brick), sinônimo de solidez. Mas é só tirar o C de China que vira um queijo mole e cremoso no miolo (o brie)."

Hat Tip: Paulo Roberto de Almeida


Casamento


O gráfico, da The Economist, mostra a evolução da idade no casamento, para o noivo (linha mais escura) e a noiva (linha mais clara). A conclusão é que as pessoas estão postergando o casamento.

 Ao mesmo tempo mostra também os casamentos reais (os círculos do gráfico).

Entrevista

Por Pedro Correia

Robert William Fogel, prêmio nobel de economia em 1993, concedeu entrevista em que discute como os métodos quantitativos e o poder dos computadores melhoram nosso entendimento do passado e nos ajudam a planejar o futuro.

Expansão do PIB no Brasil mascara vulnerabilidades

Por Pedro Correia

O jornal britânico “Financial Times” publicou em seu site um artigo segundo o qual a forte expansão da economia brasileira “mascara vulnerabilidades crescentes”. [1]

“Em meados dos anos 1960, o Brasil estava no meio de um ‘milagre’ conduzido pelo Estado e com investimentos financiados por meio do endividamento. A fantasia de crescimento rápido ruiu durante a crise da dívida latino-americana nos anos 1980”, afirma o texto, de John Paul Rathbone, o editor do “Financial Times” para a América Latina.

Veja alguns argumentos usados pelo autor:

- O mesmo modelo dos anos 1960 e 1970, que combina investimento liderado pelo Estado e dívida alta, é “parcialmente responsável” pela atual “prosperidade” do País, diz Rathbone.

- O “boom” do mercado de commodities é um dos responsáveis pelo bom momento do Brasil atual. Se os preços das matérias-primas estivessem no mesmo patamar de 2005, diz o autor, a balança comercial brasileira não teria um superávit de US$ 23 bilhões, mas um déficit de US$ 20 bilhões.

- “O real é a moeda mais sobrevalorizada entre as principais do mundo”, o que leva a indústria a pedir ao governo “o mesmo tipo de tarifas de proteção que caracterizaram o fadado modelo econômico de tempos anteriores”.

Para que o País aproveite o bom momento, Rathbone acredita ser necessário dar eficiência ao Estado, poupar parte do dinheiro obtido com as commodities e destiná-lo a programas sociais “quando tempos mais apertados chegarem”, melhorar a educação e a infraestrutura e manter a estabilidade macroeconômica. “É uma tarefa difícil”, afirma Rathbone. Ele está no Rio de Janeiro por ocasião de um encontro do Fórum Econômico Mundial na América Latina.

Tradução de Sílvio Guedes Pinto

[1] De volta à Era Geisel

Formulário de Referência

Por Pedro Correia



Os auditores independentes terão que comparar, a partir deste ano, os dados que as empresas informam nos Formulários de Referência com aqueles divulgados nos balanços, para identificar eventuais discordâncias.

A exigência faz parte das normas internacionais de auditoria, que passaram a ser obrigatórias no Brasil neste ano.

A leitura do Formulário, documento anual de informações das companhias abertas, não constituirá uma auditoria de fato, segundo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). Mas ajudará a evitar inconsistências, já que o auditor passa a ter responsabilidade sobre informações divulgadas em outros documentos.

A nova norma de auditoria está em linha com a recomendação do Comitê de Orientação para Divulgação de Informação ao Mercado (Codim), que divulgou ontem um pronunciamento de orientação para a confecção do Formulário.

No ano passado, quando o documento foi exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela primeira vez, a autarquia identificou problemas em 87% dos relatórios, considerando apenas os capítulos destinados a comentários de diretores e remuneração.

O Codim recomenda que as empresas tenham um comitê de divulgação, com participação dos executivos responsáveis pelas áreas financeira, jurídica e de relações com investidores. O objetivo é permitir a atualização permanente dos dados.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

Inflação eleva “maquiagem” de produtos

Por Pedro Correia

A alta da inflação intensificou a prática de empresas de reduzir o peso ou o volume dos produtos sem a diminuição proporcional do preço, muitas vezes sem informar o consumidor de forma clara (a chamada “maquiagem”), segundo representantes do varejo ouvidos pela Folha.

Com o aumento de custos, em vez de elevar o valor do produto, o fabricante corta a quantidade vendida.Levantamento feito pela Folha em supermercados na semana passada encontrou uma dúzia de produtos com redução no volume.A lista inclui iogurtes, farinha, suco, gelatina, atum, aveia, água mineral e até filtro de papel para café.Em todos os produtos, havia informação na embalagem sobre a redução, como manda a lei, mas na maioria dos casos o anúncio ocorre em letras miúdas. Com destaque, só 3 dos 12 produtos.

O DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça, diz que as reduções de volume sem barateamento proporcional podem significar prática abusiva.Segundo o órgão, o abuso pode ser enquadrado em artigos do Código de Defesa do Consumidor que vedam exigir do cliente vantagens excessivas e elevar preço de produtos sem justificativa.O departamento afirma, no entanto, que não há na legislação texto que cite explicitamente que a redução de peso tem de ser acompanhada por queda de preço.Tanto o DPDC como o Procon afirmam, no entanto, que não há ilegalidade na redução quando ela é justificada e informada de forma “ostensiva” ao consumidor.

Na lista obtida pela Folha, o caso de maior redução percentual de produto é o da gelatina Sol, cujo volume caiu 59% -de 85g para 35g.

O fabricante J.Macêdo diz que houve mudança na fórmula, sem prejuízo ao rendimento final.


PRÁTICA TEVE CASO SIMBÓLICO HÁ UMA DÉCADA

No início dos anos 2000, houve uma série de ações do Ministério da Justiça para coibir a maquiagem. Um dos mais famosos foi a redução, sem nenhum tipo de informação prévia e sem queda de preço, nos rolos de papel higiênico, que passaram de 40 metros para 30 metros.

Fonte: Leandro Martins, Folha de Paulo