Postado por Pedro Correia
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai verificar os critérios usados pelas empresas para definir seus segmentos ou para dizer que possuem apenas uma área de negócio, impedindo a divulgação de lucro de forma quebrada, conforme exigido.
“Nunca vi um cliente comentar: ‘Essa informação por segmento é muito legal e vai ajudar o meu acionista’. O mais comum é ele dizer que não quer divulgar porque o concorrente vai se aproveitar dessa informação”, resume Paul Sutcliffe, sócio de auditoria da Ernst & Young Terco. Segundo ele, o problema é que o IFRS foi feito num ambiente em que a maioria das empresas divulga balanços, o que não é o caso do Brasil.
Danilo Simões, sócio da KPMG, diz que já houve casos no exterior de o órgão regulador verificar relatórios apresentados ao conselho para saber como as informações eram tratadas.
Mas para ser classificado como um segmento[2], uma área de negócios deve ter receitas e despesas de forma independente. “Às vezes cada loja gera uma receita, mas as compras e o marketing são feitos em nível nacional”, diz Sutcliffe.[1]
A Telesp, que divulga receita de telefonia fixa, transmissão de dados e TV por assinatura, diz que “é preciso não confundir unidades geradoras de receita (ou produtos) com segmentos”. A Oi considerou voz e dados um único segmento, mas separou as áreas de internet e TV paga.[1]
Fonte: Fernando Torres, Valor Economico
[1] Como já foi dito aqui:A partir do momento que a contabilidade torna-se mais subjetiva o profissional contábil terá mais alternativas para a escolha. Veja :
Por que o contador influencia a medida?[2] O CPC 22 e o IFRS 8 tratam das Informações por Segmento.Segue o resumo do
CPC 22.