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09 abril 2011

Proteção do setor financeiro em excesso é ruim

Por Pedro Correia


Arcand, Berkes e Panizza autores do paper: Has finance gone too far?mostraram que sistemas financeiros excessivamente protegidos se tornam grandes demais para falir, mas acabam falindo de qualquer maneira. O que implica que, a proteção do sistema financeiro em excesso é ruim.


Segue alguns trechos:


We build a simple model finding that, even in the presence of credit rationing, the expectation of a bailout may lead to a financial sector that is too large with respect to the social optimum...


Our results show that the marginal effect of financial development on output growth becomes negative when credit to the private sector surpasses 110% of GDP. This result is surprisingly consistent across different types of estimators...


All the advanced economies that are now facing serious problems are located above our “too much” finance threshold.

08 abril 2011

Rir é o melhor remédioA

Adaptado, daqui

Teste 459

O congresso brasileiro deve julgar as contas dos membros do executivo. Da listagem abaixo, você seria capaz de dizer qual ainda não foi julgada pelos nossos congressistas?

O último ano do Fernando Henrique Cardoso
O ano de 1992 do Fernando Collor de Mello e de Itamar Franco
Os últimos oito anos do governo Lula

Como deve ser o título do meu trabalho?

Se você pretende fazer uma pesquisa para ser publicada no Brasil a resposta é simples: faça um bom resumo do seu trabalho, com o menor número de palavras possíveis. Assim, escreva algo como “O Valor Justo e a Influência sobre os Resultados das Empresas de Capital Aberto no Brasil: uma análise de 2007 a 2010”. Em diversos periódicos e fichas de análise para congressos somos solicitados a responder se “o título do artigo é adequado e representa o menor resumo do seu conteúdo” (retirei esta frase de uma ficha de um periódico da nossa área). E se o parecerista não concorda, solicita-se que o mesmo apresente uma sugestão de título. 

Entretanto, caso você queira publicar no exterior a sugestão acima talvez não seja a melhor. Pelo contrário: parece que os periódicos estrangeiros gostam de títulos menores como “Valor Justo e Resultados das Empresas”. Observe que o título não faz referência a uma possível relação causal, nem a amostra (isto é sempre uma limitação da pesquisa e deve ser discutido num pequeno trecho do artigo) ou no período de tempo (idem). O fato de o título ser reduzido faz com que lembremos mais rapidamente do conteúdo do artigo.

 Em alguns artigos, os autores fazem a pergunta da pesquisa, tentando despertar a curiosidade do leitor: “O Valor Justo influencia o Resultado?”. O artigo tentará responder isto. Mas não tenho encontrado muito isto no Brasil. E já escutei pessoas não recomendando esta prática, mas confesso que não entendi. Alguns tentam despertar curiosidade, usando trocadilhos, frases interessantes ou outros. Lembro aqui de um artigo do professor Paulo Lustosa sobre valor justo: “A (In?) Justiça do Valor Justo: SFAS 157, Irving Fisher e Gecon”. Fantástico e provocante ao mesmo tempo. Black escreveu um artigo famoso para o Journal of Finance, um pouco antes de sua morte, com o nome “Noise”. Extremamente criativo, mas que não passaria no crivo dos nossos pareceristas.

Alguns tentam ser espirituosos no título. Aqui o título tem a função de despertar a atenção e atrair um pesquisador mais de bem com a vida. Pelo que sabemos, geralmente não funciona pois os leitores dos artigos científicos são geralmente sérios demais e não gostam de piadas. Evitem isto, inclusive em artigos escritos em outra língua.

Para aqueles que sonham com a popularidade através de uma pesquisa científica na área contábil, o título não deve ter: letras cedilhas, acentos de qualquer tipo, pontuação e outros itens. A explicação tem sua origem nos mecanismos de busca: em geral estes mecanismos foram desenvolvidos em outros países que não possuem estes caracteres. Isto pode prejudicar a colocação do seu artigo quando outro pesquisador digitar aquilo que procura.

Custos das Eleições

Em termos absolutos, as eleições brasileiras são apenas a segunda da América em termos de custos, e em relação à renda nacional pode excedê-las por uma larga margem. Em 1996, Clinton gastou US $ 43 milhões para assumir a Casa Branca; em 1994, a previsão de [Fernando Henrique] Cardoso foi de 41 milhões dólares para chegar ao Palácio do Planalto, em um país com um PIB per capita inferior a um sexto do que os EUA.
Fonte: Marginal Revolution. Veja os comentários, com algumas justificativas.

Professor do Ensino Superior

De maneira geral, temos quatro estágios na docência: o início da carreira (até os 3 primeiros anos de docência), o crescimento (de 3 a 12 anos de docência), a estabilidade (de 12 a 20 anos de docência) e a aposentadoria (após 20 anos de docência).
Dilemas de um Professor de Ensino Superior, por Jorge Scarpin. Continue a leitura no link.

Pra que serve algoritmos em finanças?

Por Pedro Correia


O artigo que abre a edição do Journal of Finance de feveireiro de 2011 é Does Algorithmic Trading Improve Liquidity?, de Hendershott, Jones e Menkveld. Eles procuraram observar se o uso de algoritmos no mercado de capitais influenciou a liquidez e a melhora das transações, entre outros fatores.Um das conclusões é que de fato houve uma melhora na liquidez do mercado.


Uma excelente reportagem do Valor disserta sobre o assunto.O jornal afirma que as operações automatizadas têm crescido bastante - nos EUA, em 2009, as operações de alta frequência representaram 73% do volume negociado. Na Bovespa, estas ainda estão engatinhando, representam cerca de 6% do volume transacionado.


Segue o abstract:


Algorithmic trading (AT) has increased sharply over the past decade. Does it improve market quality, and should it be encouraged? We provide the first analysis of this question. The New York Stock Exchange automated quote dissemination in 2003, and we use this change in market structure that increases AT as an exogenous instrument to measure the causal effect of AT on liquidity. For large stocks in particular, AT narrows spreads, reduces adverse selection, and reduces trade-related price discovery. The findings indicate that AT improves liquidity.