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08 abril 2011

Qui dit crédit dit créance

Por Pedro Correia


A música Alors on danse é um sucesso internacional. Por isso, tive a curiosidade ver sua tradução.Pra minha surpresa encotrei isto:


Alors on danse


Qui dit étude dit travail;


Qui dit taf te dit les thunes;


Qui dit argent dit dépenses;


Qui dit crédit dit créance;


Qui dit dette te dit huissier;


Então, vamos dançar; Quem diz estudo; diz trabalho; Quem diz moeda; diz nota; Quem diz dinheiro;diz despesa ;Quem diz crédito, diz débito Quem diz dívida, diz fiscal


Ouça aqui.

Andar de carro é mais barato do que de taxi?

Por Pedro Correia


Para começar é possível saber algo mais sobre o custo de uma corrida de Taxi. Então de posse desses valores podemos chegar a alguns números interessantes.


No caso de Brasília, ao entrar no Taxi você paga R$ 3,30 e para cada quilômetro rodado paga-se R$ 1,80 (Bandeira 1) e R$ 2,28 (Bandeira 2). Se supormos um trajeto do tipo Casa-Trabalho-Casa todos os dias (os finais de semana poderia ser (Casa-Diversão-Casa), então temos R$ 6,60/dia somente para entrar no Taxi. No meu caso, isto corresponde a um custo de 2 vezes R$ 24,57 (Bandeira 1) ou 2 vezes R$ 30,24 (Bandeira 2) por dia.


Para arredondar, vamos dizer que o gasto seria de R$ 50,00/dia. Ao longo de 365 dias isto daria R$ 18.250,00 por ano. Isto é quase o preço de um carro popular. Então carro é mais barato, certo? Não é tão simples.


O uso do carro envolve não só o preço de compra do veículo, mas custos adicionais (combustível, estacionamento, manutenção). Em contas simples, ao longo de 7 anos (neste blog tem alguns detalhes) o custo do carro é praticamente o dobro do valor de compra.


Então pode realmente ser um caso a se pensar. No meu caso, como não tenho pressa em trocar de carro, o custo ainda não compensa. Mas se começarem a cobrar estacionamento a história pode ser outra.


Texto de Leonardo de Menezes.

Time da casa é favorecido no futebol?

Por Pedro Correia

A economia pode ajudar a saber se os árbitros favorecem sistematicamente o time da casa. E é justamente isso que Sutter e Kocher estudaram no artigo:Favoritism of agents – The case of referees home bias


Tomando como base os jogos do campeonato alemão de 2000/ 2001, Sutter e Kocher estudaram dois aspectos da arbitragem: o tempo de acréscimo dado pelos juízes e a marcação de pênaltis.


Em relação aos acréscimos, viu-se que os árbitros tendem a dar mais tempo extra principalmente quando o time da casa está perdendo por um gol de diferença. Neste caso os acréscimos ficam em torno de 2,75 minutos.


Porém, se o time da casa está vencendo por um gol, a média de acréscimos fica abaixo dos dois minutos. Pode não parecer uma grande diferença, mas estes segundos a mais foram fundamentais para que o Internacional vencesse o Brasiliense no dia 20/11/2005.


A conclusão do paper, basicamente é que árbitros favorecem o time da casa. Eles dão mais acréscimos quando o time da casa está perdendo, e menos quanto está ganhando, além de acertar mais nas marcações de penaltys para o time da casa.



Fonte:Blog do Torero

07 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

O Problema é o imposto

Sobre o escândalo de suborno da Siemens, empresa alemã, e o julgamento do ex-executivo da empresa:
Também o acusam [Ganswindt ] de evasão de impostos, porque os subornos foram oficialmente considerados como custos de consultoria, que podiam ser deduzidos da cobrança tributária. A sentença máxima é de cinco anos de prisão. Nos últimos anos, investigações internas da Siemens e os promotores revelaram um sistema de caixa dois usado para pagar até € 1,3 bilhão em subornos. A revelação levou à saída de quase toda a principal equipe administrativa e custou à Siemens mais de € 2 bilhões em multas e pagamentos a consultores.
Ex-executivo da Siemens é julgado – Valor Econômico – 6 de abr de 2011

Estranho, muito estranho...

Eis uma notícia publicada ontem. Vejam os comentários abaixo:
De correntista, uma servidora pública se tornou a dona de parte de uma agência do Banco do Brasil (BB), graças a um lançamento indevido em seu cartão de crédito.
A procuradora federal [1] Alessandra Chaves Braga Guerra ganhou na Justiça o direito de comprar uma sala onde hoje funcionam os terminais de autoatendimento da instituição financeira no Gilberto Salomão, centro comercial mais tradicional do Lago Sul. (...)
A disputa começou com a cobrança de uma dívida de R$ 983 [2] , valor correspondente a três compras não realizadas por Alessandra e lançadas incorretamente na fatura pela BB Administradora de Cartões de Crédito, em julho de 2000. Ao detectar o extravio de seu cartão de crédito Mastercard, ela comunicou ao banco a perda e o possível uso por terceiros. Também registrou a ocorrência por meio de 14 cartas.
Alessandra conta no processo que ligou várias vezes para reclamar, sem sucesso. Ela pagou a conta, excluindo os valores errados. O Banco do Brasil, então, passou a enviar cobranças por telefone e correspondências, com inclusão de juros. O cartão de crédito foi cancelado e o nome de Alessandra foi incluído no Serasa. Ela reclama de ter sido submetida a constrangimentos.
A procuradora, então, ajuizou ação para declarar a inexistência do débito cobrado pelo Banco do Brasil. Ela pediu também uma indenização por dano moral. O processo transitou em julgado em 2006, com ganho de causa para ela. O Tribunal de Justiça do DF não só reconheceu que a servidora não devia nada ao cartão de crédito como também considerou que a cobrança lhe causou dano.
A Justiça determinou como compensação o pagamento de indenização de R$ 22 mil [3]. O Banco do Brasil não pagou a dívida, tampouco propôs acordo judicial na fase de execução [4]. Com a demora no desfecho do caso, a servidora pública entrou na Justiça com pedido de penhora de patrimônio da instituição financeira, como forma de obter o recebimento da vantagem que a Justiça lhe concedeu.
Penhora
Partiu de Alessandra a escolha da sala em que funciona parte da agência do Banco do Brasil para a penhora. O imóvel foi aceito em juízo e nem desta vez o Banco do Brasil teria apresentado alguma contestação [4]. Em seguida, os advogados de Alessandra pediram a avaliação da área. Um oficial de Justiça cuidou da estimativa do valor do imóvel que, segundo os representantes da servidora pública, levou em conta o mercado do Distrito Federal e o fato de a área estar ocupada pelo Banco do Brasil, o que reduziria o interesse pela sala.
O imóvel deveria ir a leilão em que qualquer pessoa poderia arrematá-lo pelo melhor lance. O preço de venda seria transferido para o banco, abatido o valor de R$ 22 mil devido a Alessandra. A Justiça [5], no entanto, acatou pedido de adjudicação feito pelos advogados de Alessandra, ou seja, deu a ela o direito de comprar a sala pelo preço avaliado durante o processo.
Alessandra e o marido, Alan Guerra, pediram empréstimos com amigos e fizeram financiamentos bancários para arrematar o bem, que hoje já está escriturado em nome da procuradora. Ou seja, ela já se tornou dona de parte da agência do Banco do Brasil no Lago Sul. Os advogados sustentam que o casal está disposto a alugar a área para o próprio Banco do Brasil, pelo preço que a instituição vizinha, o Bradesco, paga pela permanência no Gilberto Salomão. O casal aceitou dar apenas uma declaração sobre o episódio: “Foi uma vitória da Justiça. Uma servidora pública e o maior banco da América Latina foram tratados com igualdade”. [6]
Jacques Veloso, advogado de Alessandra, afirma que já não cabem mais recursos, uma vez que a ação de indenização transitou em julgado e a escritura do imóvel já está em nome da servidora. “Isso só aconteceu porque o banco sempre protelou uma solução para o caso [4]. Foi intimado e não pagou a indenização, não contestou a penhora e não questionou a avaliação do imóvel [4]. O direito não socorre a quem dorme”, afirmou o advogado.
A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou ontem que a equipe jurídica está envolvida no caso e vai recorrer da decisão porque não se conforma com a medida. Vai lançar mão de todos os meios jurídicos para contestar a transferência do bem para a procuradora federal. Em nota enviada à noite ao Correio, o BB informa que reconhece uma dívida de “pouco mais de R$ 20 mil” com a procuradora. No entanto, a instituição contesta a avaliação de R$ 300 mil porque sustenta que, em valores no mercado imobiliário, o bem valeria em torno de R$ 1,5 milhão. Por isso, alega o banco, a procuradora será alvo de uma representação na Corregedoria da Procuradoria da Fazenda Nacional “em face de suposto enriquecimento sem causa”.
Cobrada indevidamente, servidora fica com agência de banco no Lago Sul - Ana Maria Campos

 [1] Observem o cargo...
[2] Observem o valor...
[3] Observem o valor ...
[4] Observem a atitude do BB ...
[5] Justiça = do latim justitìa,ae '; justeza, exatidão (do peso); bondade, benignidade' (Houaiss)
[6] Existem servidores e servidores.

 Veja mais sobre a notícia na próxima postagem.

Estranho, muito estranho 2 ...

Sobre a postagem "Estranho, muito estranho..."

a) Considerando a dívida inicial de 983 reais em julho de 2000 e usando uma taxa de desconto de 1% ao mês, o valor hoje seria R$3.583. Se a taxa utilizada for de 2% ao mês, o valor seria R$12,899, muito abaixo do valor inicial.

b) Supondo que a indenização da justiça, de R$22 mil, tenha sido julgada em julho de 2006, a 1% de taxa de desconto tem-se um valor atual de 80 mil reais. Se a taxa for de 2% ao mês, o valor será de 289 mil reais.

c) Supondo o valor de mercado de R$1,5 milhão do imóvel, em relação a dívida, de R$983, o ganho da procuradora será de 5,8% ao mês. No período não existiu investimento com este retorno.