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07 abril 2011

Lucro da CBF

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) registrou um lucro líquido de R$ 83 milhões ao longo do ano passado. O resultado positivo é recorde na história da entidade. 


De 2008 para 2009, o lucro havia subido 126%: de R$ 32 mi para R$ 72,4 milhões. O novo balanço foi divulgado na manhã desta quarta-feira pelo presidente Ricardo Teixeira, durante assembleia geral da confederação, no Rio. 


A reunião controu com a presença dos presidentes das 27 federações estaduais. 


No início de março, foi a vez de a Fifa divulgar com pompa um lucro de US$ 631 milhões (cerca de R$ 1 bi) no período 2007-2010, que engloba a Copa da África do Sul. 


Mas, segundo estimativa feita por ela em 2007, o lucro esperado seria de US$ 807 mi. O organismo que controla o futebol mundial ganhou no período o total de US$ 4,189 bilhões (R$ 6,9 bilhões), mas desembolsou US$ 3,558 bilhões (R$ 5,8 bilhões). 


Com esse dinheiro gasto pela Fifa, daria para erguer todos os estádios previstos para a Copa do Mundo de 2014 --o custo das arenas, que inicialmente seria de R$ 2 bilhões, segundo a CBF, já supera a cifra de R$ 5 bilhões. 

CBF registra lucro de R$ 83 mi em 2010, recorde da entidade - SÉRGIO RANGEL – Folha de São Paulo

06 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: New Yorker

Teste 458

Em “O golpe VIP que derrubou milionários” (Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo, 3 de abr 2010, p. C5) temos a descrição de uma fraude interessante.

 O dono de uma empresa foi procurado, em 2007, com uma proposta interessante: um fundo de pensão estrangeiro oferecia empréstimo de longo prazo, com cinco anos de carência e 20 para pagar. Mas para receber o aporte, o empresário deveria apresentar um projeto de expansão; caso fosse aprovado, receberia 35 milhões de reais para investimento. Seria necessário oferecer garantias financeiras, através da aquisição de debêntures no valor de R$175 mil.

 Entusiasmado com o dinheiro, o empresário compra caminhões financiados, expandindo a empresa.
Mas o dinheiro, que deveria chegar em 2007, não veio. O meliante sumia por longos períodos e reaparecia dizendo que o aporte não ocorria por entraves burocráticos. No final do ano passado, depois de quatro anos, esgotado, Augusto percebeu que se tratava de um golpe. "A quadrilha oferece debêntures sem valor de mercado e fica com o dinheiro. 
 O teste de hoje é o seguinte:

a) Faça a contabilização dos eventos que ocorreram em 2007;
b) Faça os lançamentos contábeis após o empresário ter descoberto a fraude.

  Resposta do Anterior: 86,5 / 16,1 = 5,4 anos. Observe que esta conta só levou em consideração uma instância. Caso uma das partes recorra, seria maior.

Acredite, se quiser

A empresa Satyam representa, para contabilidade, um daqueles escândalos famosos. O caso ocorreu na Índia, em 2009, e envolveu a filial daquele país da PwC.

Agora, um texto de Floyd Norris (Indian Accounting Firm Is Fined $7.5 Million Over Fraud at Satyam, 5 de abril de 2011) mostra alguns detalhes dos problemas contábeis da empresa indiana prestadora de serviços. O relato de Norris é assustador, em razão das falhas grotescas cometidas pelos auditores. Em razão disto, os auditores foram multados em 7,5 milhões de dólares, o maior valor já pago por uma empresa estrangeira.

A fraude da Satyam não foi descoberta; foi revelada pelo presidente da empresa. O principal ponto foi o saldo das contas bancárias, que a empresa informava atingir 1 bilhão de dólares, quando era 66 milhões. Mas como isto passou pelos auditores?

Os auditores não verificaram, ou o fizeram de maneira inadequada, os valores existentes nas contas bancárias da empresa. É isto mesmo. Norris informa que o BNP Paribas informou aos auditores que empresa tinha um saldo em 31 de março de 2007, de US $ 11,2 milhões; a empresa afirmava que o valor era de 108,6 milhões. Em 2008 o Citibank afirmava que a conta corrente da empresa era de 330.172 dólares, 2% do valor que a empresa afirmar ter: 152,9 milhões de dólares.

Norris também comenta sobre quem é responsável pela auditoria da empresa: “embora as empresas de auditoria em todo o mundo usam nomes semelhantes e fazem parte de uma rede global, as empresas dizem que são juridicamente independentes”.

Links

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Você acha que faz parte da classe média?

Por Pedro Correia


Pois é, então dê uma olhadinha nos dados abaixo. Se o seu rendimento familiar per capita mensal é maior do que R$2000, então você está entre os 5% mais ricos do Brasil. E se ganha mais do que R$4650, você está entre os 1% mais rico. Inacreditável, né?




Enfim, apesar do que você tem ouvido, o Brasil é muito pobre e desigual.





Fonte:Blog do Leo Monastério-Economista do IPEA.


Dados:PNUD/IBGE-2009




Comentário: O que se fala sobre a melhoria da renda familiar é quando a análise é feita usando os dados familiar per capita.Com esses dados apresentados perbe-se que, talvez a melhora esteja superestimada.

A mudança para um padrão global foi atrasada pela crise

Por Pedro Correia

A pior crise financeira desde a Grande Depressão pode ter retardado a adoção de um único padrão contábil global "por alguns anos ", disse James Quigley, CEO da Deloitte. "A crise financeira pode ter retardado o processo ", afirmou Quigley. "Os reguladores nacionais devem estar pensando "Como posso proteger meus investidores no meu país?" Você, então, começar a trilhar uma estrada de normas nacionais e da regulamentação nacional e, a dinâmica que tinha em relação a globalização e os padrões globais para apoiar os mercados globais de capital tem sido um retrocesso. "


O Financial Accounting Standards Board está trabalhando para conciliar os padrões de contabilidade globais com o International Accounting Standards Board. Mesmo que isso não aconteça, a Securities Exchange Commission dos EUA poderá aprovar, este ano a utilização das Normas Internacionais do IASB Financial Reporting Standards, conhecido como IFRS.


Alinhando os dois sistemas os investidores e reguladores poderão melhor comparar demonstrações financeiras das empresas ao redor do mundo. Membros dos dois órgãos de contabilidade têm realizado mensalmente, e, às vezes semanalmente, reuniões sobre o assunto desde 2006.


A mudança para um padrão global, provavelmente, não irá ocorrer antes de 2015, assim as empresas e os auditores têm tempo para se adaptarem às mudanças, Quigley disse em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York. Os executivos dos EUA têm posicionamento contrário à adoção de padrões de contabilidade globais por causa do custo para implementá-las, disse ele.


"Eu tenho a visão que temos mercados de capital capitais e mercados de capitais globais precisam de padrões globais, e a mudança para o IFRS é uma estrada que eu gostaria de ver a gente viajar", disse Quigley, que está deixando o cargo em junho. "Há alguns que acreditam que nunca vamos chegar lá."


Fonte: Bloomberg