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06 abril 2011

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Você acha que faz parte da classe média?

Por Pedro Correia


Pois é, então dê uma olhadinha nos dados abaixo. Se o seu rendimento familiar per capita mensal é maior do que R$2000, então você está entre os 5% mais ricos do Brasil. E se ganha mais do que R$4650, você está entre os 1% mais rico. Inacreditável, né?




Enfim, apesar do que você tem ouvido, o Brasil é muito pobre e desigual.





Fonte:Blog do Leo Monastério-Economista do IPEA.


Dados:PNUD/IBGE-2009




Comentário: O que se fala sobre a melhoria da renda familiar é quando a análise é feita usando os dados familiar per capita.Com esses dados apresentados perbe-se que, talvez a melhora esteja superestimada.

A mudança para um padrão global foi atrasada pela crise

Por Pedro Correia

A pior crise financeira desde a Grande Depressão pode ter retardado a adoção de um único padrão contábil global "por alguns anos ", disse James Quigley, CEO da Deloitte. "A crise financeira pode ter retardado o processo ", afirmou Quigley. "Os reguladores nacionais devem estar pensando "Como posso proteger meus investidores no meu país?" Você, então, começar a trilhar uma estrada de normas nacionais e da regulamentação nacional e, a dinâmica que tinha em relação a globalização e os padrões globais para apoiar os mercados globais de capital tem sido um retrocesso. "


O Financial Accounting Standards Board está trabalhando para conciliar os padrões de contabilidade globais com o International Accounting Standards Board. Mesmo que isso não aconteça, a Securities Exchange Commission dos EUA poderá aprovar, este ano a utilização das Normas Internacionais do IASB Financial Reporting Standards, conhecido como IFRS.


Alinhando os dois sistemas os investidores e reguladores poderão melhor comparar demonstrações financeiras das empresas ao redor do mundo. Membros dos dois órgãos de contabilidade têm realizado mensalmente, e, às vezes semanalmente, reuniões sobre o assunto desde 2006.


A mudança para um padrão global, provavelmente, não irá ocorrer antes de 2015, assim as empresas e os auditores têm tempo para se adaptarem às mudanças, Quigley disse em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York. Os executivos dos EUA têm posicionamento contrário à adoção de padrões de contabilidade globais por causa do custo para implementá-las, disse ele.


"Eu tenho a visão que temos mercados de capital capitais e mercados de capitais globais precisam de padrões globais, e a mudança para o IFRS é uma estrada que eu gostaria de ver a gente viajar", disse Quigley, que está deixando o cargo em junho. "Há alguns que acreditam que nunca vamos chegar lá."


Fonte: Bloomberg

"Ganha" e perde

Por Pedro Correia


No ano passado, 25 de hedge funds ganharam US $ 22 bilhões. No entanto, foi um ganho paradoxal. Segue um exemplo:


David Shaw of D. E. Shaw, a firm that uses complex algorithms to determine its investments, made the list with income of $275 million, even though his biggest fund returned a paltry 2.45 percent and over all the firm lost 40 percent of its assets, the magazine said. AR Magazine said Mr. Shaw, who gave up day-to-day oversight of the funds in 2002, made the list because the firm charged a 3 percent management fee and took 30 percent of the investment gains.


Fonte: The New York Times

Como descobrir erros

Apesar da contabilidade dos dias de hoje ser informatizada, existem algumas ocasiões onde o processo de cálculo ainda é manual. Uma dessas situações são os exercícios, e provas, que os alunos fazem em sala de aula.

Um dos problemas nestas situações são os erros ocorridos no processo de fechamento do balanço. Ou seja, o total dos débitos não é igual ao total dos créditos. Existem algumas dicas que podem ajudar a encontrar facilmente esses erros. Vamos explicar isto através de um exemplo simples. Observe o balancente de verificação abaixo:

O balancete apresentado mostra um total de débito de 74 mil e um total de crédito de 65 mil. O primeiro passo para achar onde foi cometido o erro é calcular a diferença. Neste caso, o valor é de R$9 mil. Se esta diferença for um número divisível por nove, existe grande chance de o erro ser de transposição. Em outras palavras, ao copiarmos o valor dos razonetes para o balancete de verificação trocamos os valores. Assim, em lugar de R$12 mil, colocamos R$21 mil, por exemplo. Mas neste caso, se o erro tivesse sido cometido na conta Bancos, isto aumentaria o total de débitos; então, podemos descartar o erro de transposição na conta Bancos. Mas se aconteceu em Terrenos, ou seja, em lugar de escrever R$45 mil escrevemos R$54 mil, a diferença é de R$9 mil. Ou seja, o erro pode ter sido cometido nesta conta.

Outra dica é olhar atentamente o valor da diferença entre o total do débito e o total do crédito. Observe que no exemplo este montante é de R$9 mil. Como a diferença corresponde a um número divisível por mil, a troca ocorreu em números consecutivos. No exemplo, entre 5 e 4. Mas imagine agora que o balancete seja o seguinte:

(Propositalmente corrigimos o erro em terrenos e acrescentamos um erro em receitas). A diferença entre o total de débitos e o total de créditos é de R$36 mil. Como este valor é divisível por nove, o erro foi de transposição. Observe que 36 dividido por 9 é igual a 4. Matemática elementar. Mas o “4” indica que a transposição ocorreu entre dois números cuja diferença aritmética é “4”: 1 e 5; 2 e 6; 3 e 7; 4 e 8; e 5 e 9. Neste caso, entre 1 e 5; isto significa dizer que o erro de transposição ocorreu em receitas.

Um segundo tipo de erro é considerar uma conta devedora como credora e vice-versa. Observe a figura abaixo:

A diferença é de 42 mil. Como este valor não é divisível por nove, não temos um erro de transposição. A próxima etapa é dividir esta diferença por dois: chegamos a um valor de R$21 mil. Observe que na figura existe uma conta com este valor: fornecedores. Olhando com mais atenção notamos que o valor está na coluna do débito, quando deveria estar no crédito. Basta fazer a correção.

Outro erro é esquecer alguma conta. Veja a nova figura:

A diferença é de doze mil reais. Este valor não é divisível por nove e portanto não existe um erro de transposição. Dividindo o valor por dois, encontramos seis mil. Como não existe nenhuma conta com este valor, podemos concluir que não existiu uma troca de coluna. A explicação seria a falta de um item no balancete: no exemplo, a conta Bancos.

Estas dicas funcionam razoavelmente bem quando não cometemos muitos erros. Caso o nosso balancete possua muitos problemas, recomendamos que estude novamente, para que da próxima vez seja cometido, no máximo, um erro.

Empresa cai em golpe do e-mail

De acordo com documentos de um tribunal norte-americano, a Condé Nast, editora das revistas "Wired", "Vanity Fair", "Vogue", entre outras, foi vítima de uma fraude no valor de quase US$ 8 milhões. Em novembro de 2010, o criminoso enviou um e-mail para a empresa se passando pela gráfica e informando novos dados da conta bancária para o pagamento das impressões. O e-mail era falso e o problema só foi descoberto quando a gráfica verdadeira questionou por que não estava sendo paga.
Para realizar o ataque, o golpista registrou uma empresa com o nome de Quad Graph, enquanto a empresa que realiza as impressões para a Condé Nast é a Quad Graphics. A conta que recebeu os pagamentos pertence a Andy Surface, um residente do Texas de 57 anos. Ele transferiu cerca de U$ 84 mil para uma conta pessoal.
No final de dezembro de 2010, um mês e meio após o início da fraude, a Quad Graphics questionou por que não havia recebido o pagamento referente aos serviços de impressão. A Condé Nast realizou uma investigação interna e a gráfica negou que suas informações bancárias tivessem sofrido qualquer alteração, comprovando a fraude. Nesse ponto, o dinheiro já havia sido transferido para a conta falsa.
Fonte: G1