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02 abril 2011

Rir é o melhor remédio

A seguir, um conjunto de cartões, feitos no início do século XX, sobre como seria o futuro nos anos 2000. Na ordem, a casa móvel, máquina voadora pessoal, máquina que controla o tempo, a cidade coberta, dirigíveis pessoais e o raio-X da polícia. Fonte: aqui







Quantitativo pode não ser preciso

Ao começarmos a usar métodos quantitativos acreditamos que estamos trabalhando com precisão. Entretanto, os próprios instrumentos são questionáveis. Como as pesquisas na área de contabilidade e finanças usam estas técnicas, passam despercebidos esses problemas.

Tome o exemplo do teste Dickey-Fuller, as vezes nomeado ADF. Este teste é usado para verificar a estacionariedade de uma série temporal. Isto significa dizer que a série histórica dos dados deve ter média e variância constante. Na área quantitativa, o teste Dickey-Fuller é considerado pobre. Entretanto, como o software Eviews, bastante usado pelos cientistas, só calcula este teste, os artigos produzidos na área financeira continuam usando o teste.

Mas os pesquisadores sabem disso? Provavelmente não. Para se ter uma idéia, aprendi isto esta semana, quando participei de uma banca de livre docência.

01 abril 2011

Rir é o melhor remédio

A seguir um conjunto de propagandas, que de tão "estranhas" chegam a ser engraçadas. Fonte: aqui

Reagir ou ficar indiferente?

Robert Kaplan é um dos cientistas influentes da historia da contabilidade. Depois de escrever um livro de contabilidade gerencial, com uso de método quantitativo, que tive a oportunidade de estudar durante meu doutorado, ele se uniu a Robert Cooper para criar a estrutura conceitual do custeamento por atividades (ABC). Isto após escrever Relevance Lost, uma das obras mais polêmicas da contabilidade gerencial. Mais adiante, já na década de 1990, juntamente com David Norton, propôs o Balanced Scorecard. Recentemente divulgou, com Anderson, um livro sobre o ABC simplificado.

No número de março de 2011 do periódico Accounting Review (1), Kaplan faz um balanço atual, honesto e crítico da pesquisa contábil. O texto deveria ser leitura obrigatória para os estudantes de mestrado e doutorado (2).

Fazendo um apanhado dos últimos quarenta anos de pesquisa contábil, podemos notar forte viés para pesquisa entre informação e mercado. Isto inclui tópicos como evidenciação, anomalias ou accruals.

Entretanto, mesmo com esta grande quantidade de pesquisa, Kaplan afirma que raramente isto contribui com a inovação e o avanço da prática contábil. ´Acadêmicos têm contribuído com a prática dos reguladores contábeis testando as reações dos padrões propostos e implementados e comunicados´, afirma Kaplan. A pesquisa tornou-se um fenômeno de estudos estatísticos, usando dados históricos. ´Uma característica destas pesquisas é a existência de múltiplas tabelas´.

Uma análise dos artigos submetidos na Accounting Review mostra uma grande parcela de pesquisas usando o método ´empirical-archival´.

Entretanto, a agregação do conhecimento quando lemos mais um artigo sobre accruals é reduzida. Isto significa que as pesquisas são reativas, estudando o que já existe, mas não contribuindo com o avanço da prática contábil. Kaplan estranha isto, já que nos últimos anos muitas coisas ocorreram na contabilidade. Em outras palavras, os pesquisadores estão perdendo uma oportunidade ao se tornarem desconectados da prática.

Ele cita como exemplo a questão do risco. Apesar de sua relevância, os reguladores (Iasb e Fasb) debatem ainda a avaliação de ativos e passivosa, mas não seus riscos. Citando o valor justo, para Kaplan a profissão contábil não está preparada para usar este conceito. Os contadores delegaram a outros a tarefa de aplicar o valor justo. Kaplan lança dúvida se os contadores possuem condição de validar as estimativas realizadas no seu cálculo. Isto ocorre em razão de não sabermos economia, matemática e estatistica na quantidade suficiente.

Assim, como no livro Relevance Lost, neste artigo ele faz uma crítica a pesquisa contábil. Resta saber se iremos reagir ou manter nossa indiferença.

(1) Accounting Scholarship that advances professional knowledge and practice. Accounting Review. vol 86, n2 p. 367-383
(2) Aos leitores interessados posso encaminhar o arquivo em PDF.

IFRS Brasil : Discussões e Divagações

Por Pedro Correia

O site IFRS Brasil- Discussões e Divagações é um dos melhores locais para estudos das normas contábeis internacionais. Uma iniciativa em conjunto de Samir Sayed e Gustavo Raldi Tancini. O objetivo é explicar questões importantes da normas de contabilidade internacional com foco nos pronunciamentos do CPC. O site é depositário de um crescente conjunto de artigos que tratam minuciosamente da teoria e prática de todos os IFRS e CPC's.

31 março 2011

Rir é o melhor remédio

Um bom contador de caso. Acredite se quiser. Fonte: aqui

Sete Livros que Recomendo

Noutro dia, ao ministrar uma palestra para alunos de administração, falei de um ou dois livros que recomendava a leitura. Surgiu então a idéia de fazer uma lista daqueles livros que considero de fácil leitura, mas sem perder certo vigor. Em outras palavras, livros que tenho inveja de não ter escrito. Considerei nesta lista somente livros em língua portuguesa. Afinal, um bom livro é bom o suficiente para interessar uma editora comercial. A ordem é meramente alfabética.

1. A Meta – Goldratt e Cox – Através de um romance, Goldratt e Cox apresentam a teoria das restrições. Um executivo precisa salvar uma fábrica em poucos meses e para isto lança mão de conceitos novos. A crítica à contabilidade de custos é pertinente.

2. Desafio aos deuses – Peter Bernstein – O falecido Bernstein traça uma história do risco, de maneira muito didática e interessante. Assuntos como seguros, probabilidades e modelos de precificação de ativos são discutidos de maneira acessível

3. Fora de Série – Malcolm Gladwell – A lista tinha que contar com pelo menos um livro de Gladwell. Poderia ser Blink ou O Ponto da Virada (mas não Que se Passa na Cabeça dos Cachorros). Qualquer um desses seria interessante o suficiente para constar na lista.

4. Freakonomics – Dubner e Levitt – É um livro que consegue fazer qualquer pessoa gostar de economia. A aplicação da economia nas decisões cotidianas é uma tendência moderna.

5. Mais sexo é sexo mais seguro – Steven Landsburg – Este talvez seja o livro da lista que teria mais receio de indicar. As pessoas deveriam ler duas ou três páginas, parar dois dias para pensar no assunto, e depois retomar a leitura. Ou talvez voltar a ler novamente. A lógica econômica nunca foi tão lógica. E polêmica. ]

6. O mito dos mercados Racionais – Justin Fox – É a história moderna de finanças, e o confronto entre as finanças tradicionais e as finanças comportamentais.

7. Previsivelmente irracional – Dan Ariely – Geralmente indico este livro dizendo que meu filho de 15 anos leu, entendeu e gostou. Diversas experiências de finanças comportamentais apresentadas de maneira elegante e simples.

Ao terminar a lista, fiquei com a impressão que esqueci algum livro. Qual foi?