31 março 2011
Priceless
O autor aproveita a propaganda do Mastecard (“não tem preço”) para, em 57 capítulos ou 336 páginas apresentar algumas pesquisas interessantes sobre o preço.
Apesar de ter gostado de várias passagens, a impressão final é que a obra poderia ter metade do número de páginas sem perder conteúdo. Os capítulos da parte quatro da obra, do 24º. Capítulo até o 57º e último capítulo, são curtos demais, e sem um fio condutor. Talvez por isto eu levei muito tempo para finalizar a obra.
Para aqueles que gostam de finanças comportamentais, é uma obra interessante. Mas não recomendaria com ênfase.
Escolhas racionais? Nem tanto
Até aqui está Ok.
Agora no caminho da bilheteria para a entrada do cinema, alguém lhe dá o ingresso de X e vai embora. Você vai ver X (que você não pagou nada) ou Y (que você pagou do seu dinheirinho para ver)?
A grande maioria vai ver Y, mesmo sendo X o filme que originalmente queria ver e mesmo que ECONOMICAMENTE a compra do ticket de Y equivale a compra do ticket de X. E o mais interessante é que irão surgir literalmente dezenas de explicações para este comportamento aparentemente irracional: a mais comum é "Ah, já comprei este aqui. Depois eu vejo o outro".
É este tipo de comportamento que estimula o crescimento de bolhas econômicas e outras tragédias mais ou menos comuns do dia-a-dia (um exemplo é manter uma decisão ruim só para não se retratar). Isto é intrínseco à nós mesmos. E temos de reconhecer isto e quando possível consertar.
O quam cito trânsito gloria mundi
Uma das colunas mais antigas do Financial Times, a Lex Collumn, fez uma proposta sarcástica para a solução de um dos problemas dos PIGS : transformar Portugal numa província brasileira, que seria equivalente a 5% da população e 10% da economia do Brasil. É o retrato do passado e o futuro dos territórios ultramarinos.
"Here is an out-of-the-box way to deal with the situation: annexation by Portuguese-speaking Brazil (a decade of 4 per cent annual GDP growth, much higher recently). Portugal would be a big province, but far from dominant: 5 per cent of the population and 10 per cent of GDP."
Como diria Tomás de Kempis:"O quam cito trânsito gloria mundi"("O quão rapidamente passa a glória do mundo").
Vale
Crescendo geometricamente, a Vale e a saída de Roger Agnelli têm sido centro do noticiário das últimas semanas. Mas apesar dos quilômetros de análises, matérias e ponderações, não há explicação clara e objetiva para a forma pela qual está sendo feita a mudança de liderança na ex-estatal.
É direito, sim, dos acionistas, trocar o comando de qualquer empresa. Entretanto, forçar a saída de um executivo, que só fez a empresa crescer e se fortalecer, “pela porta dos fundos”, é fato que merece maior transparência. Tanto assim, que foram sondados pelo menos três executivos, ao longo desses dois anos de fritura de Agnelli, sem sucesso. Eles sutilmente se esquivaram de um “problema” que significa salário de R$ 20 milhões por ano.
Ontem, Alcides Tápias, ex-Bradesco e ex-colega de Agnelli, perguntou: “Será que ele está saindo porque foi eficiente, fez coisas boas demais para a Vale e seus acionistas?”.
E mais. Se a solução encontrada for mesmo a opção por um executivo que já trabalhe na empresa, é possivel que boa parte da diretoria saia, dependendo da escolha.Me dê motivo - Sonia Racy
30 março 2011
Links
Felix Salmon: Mercado brasileiro de private equity
Caixa das grandes empresas ao longo do tempo
O sítio para testar o que é real e o que é aleatório
O caso Wal Mart
O que o jatinho pode dizer sobre a empresa
Um novo filme: Too big to fail, baseado no livro de Sorkin
Estados Unidos, Fasb, Iasb e o Reconhecimento da Receita
Vida de Elizabeth Taylor foi resenhada por alguém que já morreu há seis anos
Coréia do Sul quer um software contra zumbi
Cerco tributário aos clubes ingleses de futebol
Carlos Brito (Inbev) entre os 30 melhores CEOs (ou aqui)