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30 março 2011

Contabilidade e Machado de Assis

Por Pedro Correia


Durante a leitura de um conto de Machado de Assis, intitulado Conto de escola, me deparei com o seguinte trecho:


" As sovas de meu pai doíam por muito tempo.Era um velho empregado do Arsenal de Guerra, ríspido e intolerante. Sonhava para mim uma grande posição comercial, e tinha ânsia de me ver com elementos mercantis, ler, escrever e contar para me meter de caixeiro. Citava-me nomes de capitalistas que tinham começado ao balcão. Ora, foi a lembrança do último castigo que me levou naquela manha para o colégio. Não era um menino de virtudes."


Acredito que pela descrição o caixeiro no século XIX, provavelmente, representava a figura do contador ou auxiliar da contabilidade.

Equação contábil

Nós sabemos que a equação contábil é dada por:

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

 Podemos detalhar o Patrimônio Líquido na equação:

 Ativo = Passivo + Capital Social + Reservas + Receita – Despesas – Dividendos

 Ativo + Despesa + Dividendos = Passivo + Capital Social + Reservas + Receita

 Com isto podemos explicar o efeito do débito e crédito através da equação contábil:
Assim, quando uma empresa deseja registrar uma despesa utilizamos a conta débito. Quando registramos uma receita, creditamos.

 Adaptado de Accounting Demystified, Jeffry R Haber

Índice de Responsabilidade Fiscal

Por Pedro Correia

O Freegman Spogli Institute for International Studies, de Stanford, montou um índice para tentar mensurar o grau de responsabilidade fiscal dos páises.A Austrália lidera o ranking e o Brasil ficou em 10º.

Clique na imagem para ampliar Pelo visto, o estudo não conseguiu identificar a irresponsabilidade fical no Brasil.

Situação fiscal preocupa e nota do Brasil pode ser rebaixada

Por Pedro Correia


A diretora da Standard & Poor's Milena Zaniboni afirmou nesta terça-feira, em seminário promovido em São Paulo, que a situação fiscal[1] do Brasil preocupa mais do que a inflação e acenou com a possibilidade de alterar a perspectiva ou a nota atribuídas ao Brasil. Em 2008, a agência de classificação de risco concedeu ao país o "rating" BBB- (o primeiro patamar de grau de investimento), com perspectiva estável. -


O principal ponto de preocupação é a parte fiscal, a rigidez do orçamento e a dificuldade do governo para fazer um superávit primário maior (que é a economia para o pagamento dos juros da dívida pública) - afirmou Milena. Ela acrescentou que o governo "está no caminho certo", ao perseguir um superávit superior a 3% do PIB. Mas disse que podem ocorrer "pressões negativas" que levem à uma revisão do rating.


Caso a meta seja cumprida, a tendência seria manter a perspectiva estável (sinalizando que a nota não será alterada num período de 12 meses). Outro fator de eventual desequílibrio, na avaliação da Standard & Poor's, seria um novo repique da inflação. - O Banco Central tem um histórico, não tem por que acreditar que ele vai ser diferente agora e passar a ser leniente com a inflação - afirmou ela, para acresentar: -Não quer dizer que a gente não possa mudar de opinião.


Fonte: O Globo


[1] Se o Brasil não conseguir realizar o ajuste fiscal a nota será rebaixada. Pois, o futuro econômico do país estará comprometido no médio e longo prazo. Uma boa sugestão de leitura é o artigo de Alexandre Schwartsman que saiu na Folha de hoje.

Mercado de ações após desastres

Por Pedro Correia

O gráfico a seguir mostra o impacto nas bolsas devido grandes desastres como: 11 de setembro, o terremoto em Kobe, o furacão Katrina, os ataques aéreos em Pearl Harbor e o recente desastre no Japão. Desse modo, mostra o impacto desses eventos nas bolsas de valores após 6 dias. No caso do Japão, a bolsa Nikkei caiu 17,5% ,em 3 dias, "retirando" 487 bilhões de valor.

Fonte: The Economist

Petrobras

O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobrás [sic], Almir Barbassa, afirmou nesta terça-feira, 29, que a estatal tem em caixa US$ 35 bilhões.
Apesar do verbo estar no presente, acredita-se que a afirmação refere-se ao valor em 31 de dezembro. Afinal, a empresa divulgou hoje seu balanço. Se isto for verdade, isto representa algo próximo a 60 bilhões de reais. Mas analisando o balanço da Petrobras nos encontramos o seguinte: Caixa e Equivalentes = 30,3 bilhões Títulos e Valores Mobiliários = 26, bilhões Na verdade o executivo quase dobrou o valor do caixa da empresa. A reportagem continua:
Segundo ele, este é o valor próximo à média anual de US$ 31 bilhões relativos à geração de caixa nos últimos cinco anos.
Este é aproximadamente o valor do caixa das operações. Entretanto, o caixa das atividades de investimento atingiu, em 2010, 106 bilhões de reais. A diferença é coberta com os financiamentos.
Barbassa afirmou ainda que, dos US$ 55 bilhões projetados para investimentos em 2011, de 10 a 15% não devem ser executados.
É interessante notar que este montante corresponde a um pouco mais de 90 bilhões. Em 2011 foram investidos 106 bilhões. Ou seja, a empresa irá investir menos.
De acordo com ele, esta é uma prática normal adotada pela estatal na gestão anual de seus investimentos.
Ou seja, é prática normal ter um orçamento superestimado. Será que isto é uma boa prática gerencial.
No ano passado, a Petrobrás [sic] investiu cerca de US$ 45 bilhões.
Isto corresponde a 75 bilhões de reais. Na DFC isto corresponde ao item “demais investimentos”. Os outros itens são liquidação da cessão onerosa dos direitos adquiridos (7 bilhões) e títulos e valores mobiliários (25 bilhões). Outra questão: qual a razão para a empresa ter investido tanto em TVM?

Petrobrás [sic] tem US$ 35 bi em caixa e estuda captação - Ricardo Leopoldo, da Agência Estado

Leia mais aqui, também.