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24 março 2011

Rir é o melhor remédio

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Valor adicionado contábil e econômico: o cálculo do PIB

Por Pedro Correia

As diferenças de conceituação de valor adicionado dentro dos critérios econômicos e contábeis são intuitivamente muito grandes, por vezes não conciliáveis. Um dos contrários a esta informação é Larraz. Ele afirma que é possível a reconciliação do valor adicionado econômico ao contábil (ou vice-versa).

Dado que o cálculo do valor adicionado “contábil” é feito a partir das vendas e que o “econômico” é derivado da produção, dependendo da forma pela qual é feita a avaliação, fica difícil fazer a reconciliação.

Larraz em seu trabalho demonstra que é possível a confecção de tal tarefa.

A maneira que isso acontece é simples. As diferenças entre o “contábil” e o “econômico” serão cada vez menores quanto menor for a diferença entre os estoques iniciais (Ei) e os finais (Ef) no ano estudado. Assim deduzimos que, se Ei = 0 e Ef = 0, os conceitos/ valores dos valores adicionados econômico e contábil convergirão.

Larraz argumenta que o termo valor adicionado produzido é igual a produção (“econômico”) mais a variação do estoque (“contábil”) do período.

O critério mais robusto para o cálculo do valor adicionado é o “contábil”, pois utiliza-se de práticas consistentes (GAAP) e da utilização de valores reais. Há um pequeno problema quanto ao uso de estimativas e julgamentos, tais como em provisões e marcação a valores de mercado; porém este problema é diminuído, pois em algum momento eles serão ajustados aos valores reais (realização). Além disso, outra vantagem do valor adicionado contábil é a confiabilidade por serem auditados por parte independente.

Evolução da Contabilidade à Controladoria

Por Pedro Correia

Alguns trechos do excelente artigo de Nilton Cano Martin :Da Contabilidade à Controladoria: A Evolução Necessária

No Brasil, esta situação de irrelevância da contabilidade para o apoio da administração é ainda pior.Como mais de 80% dos contadores se dedicam tão somente à contabilidade financeira ou externa, é natural que uma grande parte dos administradores acabe por vê-los quase como agentes do Fisco e, como tais, “elementos estranhos à atividade propriamente empresarial” (palavras do diretor financeiro de uma grande construtora brasileira). E é também bastante natural que, vendo a contabilidade tão somente como base de lançamento de impostos, tais administradores procurem aliviar a pesadíssima carga fiscal que atinge as empresas brasileiras (Neves & Fagundes,1999; Tinoco, 2001), buscando alterar, por meios nem sempre legítimos, os demonstrativos financeiros produzidos.

De um modo geral, para um executivo brasileiro uma boa contabilidade é tão somente aquela que minimiza o grau de exposição tributária de sua empresa. Este estado de coisas, além de praticamente eliminar a escassa relevância que poderiam ter para a gestão os informativos contábeis5, tem sido responsável pela projeção de uma imagem social extremamente desfavorável da figura do contador e de seu trabalho.

...Deve a contabilidade aceitar pacificamente esse destino? No âmbito empresarial, deve apenas ficar limitada ao seu uso externo, principalmente fiscal, e apenas lutar legalmente pela manutenção das prerrogativas legais dos contadores como os únicos autorizados a preparar um gênero de demonstrativos contábeis, que, de antemão já se sabe, teriam pouca ou nenhuma serventia para a gestão? Ou deve reformular-se, como sempre o fez no decorrer de sua evolução?

...Com a formação adequada e livre da “mentalidade típica do contador fiscal”, um contador moderno deve considerar que o status legal atual da profissão contábil no Brasil, que lhe confere exclusividade na preparação dos demonstrativos contábeis-financeiros é, na verdade, uma grande oportunidade e uma importante “vantagem competitiva” para se promover a Controller.

Por que Cometemos Erros?

O livro Por que Cometemos Erros, de Joseph Hallinan (Globo, 2010) é um achado. O autor tenta responder a pergunta do título ao longo de treze capítulos. A leitura é rápida, pois Hallinan tem um estilo agradável de expor os assuntos.

Apesar de não ser um livro de Finanças Comportamentais, o texto utiliza muitas pesquisas realizadas na área. O capítulo 3, por exemplo, começa com o conceito de prêmio pela beleza. Pesquisas recentes constataram que as pessoas levam em consideração, nas suas escolhas, a aparência. Assim, numa pesquisa realizada em 2004, pesquisadores descobriram que as escolhas políticas são afetadas pelas fotografias dos políticos, mas não por suas idéias.

A popularidade dos softwares de análise de dados

Por Pedro Correia


Qual é o software de análise de dados com maior popularidade? Robert A. Muenchen nos apresenta a resposta num interessante artigo. A metodologia consistiu na análise das vendas, popularidade na internet, números de downloads, entre outros fatores para determinar qual software é o mais popular. Segue o resumo:


This page presents various ways of measuring the popularity or market share of BMDP, JMP, Minitab, R, R-PLUS, Revolution R, S-PLUS, SAS, SPSS, Stata, Statistica, and Systat, as well as two implementations of the SAS Lanugage, Carolina and WPS. I plan to update this paper twice a year at http://r4stats.com/popularity to provide an ongoing view of the software. The most recent update was on March 20, 2011 when I added updated most the data overall and added coverage of Statistica, WPS and Carolina.

Após a análise de diversos fatores o autor concluiu que o R é o software mais popular. Segue a conclusão:

By most of the measures discussed here, R is competing well with the commercial software vendors. However, I advise not over generalizing from this data. SAS and SPSS continue to dominate the corporate world and Stata is doing quite well in the scholarly arena. Each of these packages is dominant in one market or another. I'm interested in other ways to measure software popularity

Concentração

A empresa de auditoria KPMG deve anunciar nos próximos dias a compra da empresa Trevisan, hoje associada à rede BDO. Eduardo Becher, Diretor Sênior Regional da BDO na América Latina, diz que a transação deverá ser concluída no fim de março. Para manter suas operações no Brasil, a BDO anunciou nesta quarta-feira (23/03) uma parceria com a auditoria RCS, formando a BDO RCS Auditores Independentes. "A associação à BDO representa um importante passo em nossa estratégia de expansão”, diz Raul Correa da Silva, fundador da RCS, uma auditoria especializada em empresas de médio porte."Hoje atuamos principalmente nos setores de construção civil e esportes, além de termos 70 clientes no mercado financeiro, principalmente corretoras e distribuidoras de valores", diz ele. Silva diz que a associação vai criar uma empresa com 350 funcionários e 650 clientes. "A estrutura da BDO vai permitir que nós entremos no mercado de companhias abertas", diz. Ele afirma que a transação fará a empresa avançar da oitava para a quinta posição no ranking das auditorias. Procuradas, a assessoria da KPMG informou que a notícia não existe e a assessoria da Trevisan não respondeu às solicitações de entrevista. KPMG está comprando a Trevisan - Cláudio Gradilone Segundo informações do jornal Valor (Denise Carvalho, KPMG anuncia compra da operação brasileira da BDO) o valor da negociação deverá ser acima de R$150 milhões. Recentemente a E&Y comprou a Terco. A transação deverá ser analisada pelo CADE.

Custo dos desastres naturais

Por Pedro Correia

Este gráfico mostra a perda econômica, devido a desastres naturais, em relação ao PIB de cada país no ano do evento. De acordo, com expectativas do Banco Mundial o marremoto no Japão vai ocasionar a maior perda econômica da história. A estimativa é de 235 bilhões de dólares de perda, que corresponde a 4% do PIB japonês.



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Fonte: The Economist