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15 março 2011

Indicadores Antecedentes

Postado por Pedro Correia




Há alguns dias eu estava ‘passeando’ no site da OCDE e me deparei com a notícia de que os CLIs de dezembro tinham sido divulgados. Mas foi aí que surgiu a pergunta: “Que diabos são esses Leading Indicators? “. Foi então que eu resolvi pesquisar um pouco mais sobre esses indicadores. Os Leading Indicators conhecidos como ‘Indicadores Antecedentes’ em português, são basicamente índices que, geralmente, apontam, em antecedência (daí o nome), o curso da economia. Esses indicadores antecipam os pontos de viragem da economia, com alguns períodos de antecedência. Um bom exemplo disso é retorno das Bolsas de Valores, que geralmente, começa a cair antes que a economia como um todo caia. Em especial, os CLIs (Composite Leading Indicators), indicadores compostos antecedentes, são o resultado da agregação de diversas variáveis que manifestam ter um comportamento avançado face ao ciclo econômico. Ou melhor face ao ciclo da produção industrial, que é a Proxy usada pela OECD para avaliar a atividade econômica. O ciclo, usando a definição da OCDE , refere-se a desvios em relação a tendência de longo prazo.

Para os que querem mais informações sobre esses indicadores da OCDE, aqui tem a descrição completa dos índices e a metodologia utilizada para seu cálculo.


Fonte:CLI (COMPOSITE LEADING INDICATORS) in NEPOM

14 março 2011

Rir é o melhor remédio





Fonte: aqui

Links



Danos por terremoto no Japão:

Teste 445

Entre os crimes que ocorrem nas fronteiras nos países em desenvolvimento foi estimado em 650 bilhões. Entre os crimes, os três mais importantes, em termos de fluxo de caixa, são: drogas, fauna e tráfico de pessoas. Qual a ordem de importância destes crimes?

Resposta do anterior: De cima, 1954, Leica. De baixo, 2011, Fuji

 

Esportes e Cartel

Com a possível exceção dos membros da OPEP, os donos da NFL tem praticamente o negócio fantástico: eles são efetivamente membros de um cartel capaz de limitar a concorrência, aumentar o poder de barganha e manter os custos baixos. Em vez de competir uns contra os outros pelo dinheiro da TV, os donos dividem, reduzindo o risco e garantindo uma receita estável, independentemente de quão bem estão suas equipes. O resultado de tudo isso foi muito bem resumido por Richard Walden, chefe de finanças esportivas do JPMorgan Chase, que afirmou: "Eu nunca vi um time da NFL perder dinheiro."
Então porque é que os proprietários infelizes? Bem, a crise tornou mais difícil aumentar os preços dos ingressos e obter dos estados e dos municípios subsídios para os novos estádios. E os jogadores são as maiores despesas que as equipes possui: eles ficam sessenta por cento de tudo o que a liga obtém acima de um bilhão de dólar. Os proprietários acham que é muito alto e querem que os jogadores aceitem sessenta por cento de todas as receitas acima dois bilhões
As economias modernas têm um mecanismo muito eficaz para decidir se os salários são realmente altos demais: ele é chamado de mercado livre. É assim que os salários da maioria das pessoas estão definidos (...) Mas os donos da NFL nunca gostaram da idéia de um mercado de trabalho livre, que pode custar-lhes mais e também ameaçam o equilíbrio competitivo da liga.
Scrimmage - James Surowiecki - New Yoker - 21 mar 2011

Ética nas universidades brasileiras

Postado por Pedro Correia
A discussão de Glaeser diz respeito à American Economic Association que, argumenta-se, deveria impor limites éticos à profissão. No entanto, ele conclui - a meu ver corretamente - que:

Universities have the resources to develop ethical guidelines and the power to enforce them. They are the employers of academic economists, and ethical lapses damage them, too. They are the natural institutional guardians of their employees’ professional behavior.

A conclusão aplica-se também às universidades brasileiras. Elas pecam, em sua grande maioria, por não estabelecer diretrizes claras quanto ao comportamento esperado dos alunos no que diz respeito a plágio, cola e comportamento admissível de forma geral. Da mesma forma, poucas têm um código de ética para seus docentes e pesquisadores. É certo que códigos de ética representam apenas um incentivo soft para limitar o comportamento, porém são importantes à medida que sinalizam o que não é apropriado e podem ser complementados por medidas disciplinares.

Texto de Ronald Hilbrecht

Jogo dos erros: Egito

Jogo dos erros: Egito - Postado por Pedro Correia

Egito é um país pobre de recursos naturais, localizado em uma região estratégica, com alto desemprego e grande desigualdade. Correto?

Não! Apesar de ser um país de renda per capita mais baixa que o Brasil, o Egito tem índices de desigualdade significativamente mais baixos do que os nossos. O índice de GINI, que mede desigualdade e vai de 0 (total igualdade) a 1 (total desigualdade), era 0.55 para o Brasil em 2007 e 0.32 para o Egito em 2005 (Fonte: World Bank/WDI).

Mas o Egito padece de uma economia com falta de dinamismo, estagnada, diferente da economia brasileira! Correto?

Não! Vide o gráfico abaixo para o crescimento acumulado do PIB de 1979 a 2010 para o Egito e o Brasil. Não há duvida alguma que nos últimos 30 anos o PIB do Egito cresceu mais rápido que o brasileiro (Fonte: IMF/WEO de outubro de 2010).


Mais que isso: Enquanto o Brasil cresceu aproximadamente 4% ao ano nos últimos 8 anos, o Egito cresceu 5.3% no mesmo período (Fonte: IMF/WEO de outubro de 2010, dados preliminares para 2010).

Além disso, os dados per capita nao mudam a mensagem
:




Em 1980 a renda per capita do Egito era pouco mais que um terço da renda per capita brasileira (Fonte: WEO/IMF). Esta é uma diferença nada desprezível e pode explicar uma parte significativa da diferença em desempenho. Ainda assim, acho que vale a pena ser um pouco cético com relação às explicações enlatadas da crise egípcia como conseqüência de mau desempenho econômico. O Egito não é uma estrela do crescimento econômico, mas também não é um meteoro. Em relação ao comércio exterior, o Egito exporta também gás natural, algodão e manufaturas, em particular têxteis (que se valem da mão-de-obra ainda barata), e insumos intermediários como aço, cerâmica e cimento.


Texto de Irineu de Carvalho