Translate

23 fevereiro 2011

Regime de Competência no Setor Público

O grande desafio da contabilidade pública brasileira é a implantação do regime de competência. Um estudo recente (1) analisou as experiências internacionais e as dificuldades encontradas. O principal fator é a vontade política. Apesar de amplamente divulgado na imprensa que a contabilidade da União estaria num processo de adoção do regime de competência, ainda persistem dúvidas exatamente sobre esta vontade política.

Um outro estudo (2) analisou o impacto num município de Santa Catarina. A pesquisa concluiu que a mudança do regime contábil provocaria impacto na estrutura patrimonial.

Um terceiro estudo (3) analisou o alinhamento do plano de contas do Brasil com o da Espanha. A falta de rigidez da norma internacional faz com que existem diferenças nas estruturas dos dois países.


(1) Fabrício Herbest REGIME DE COMPETÊNCIA NO SETOR PÚBLICO

(2) Ari Sothe e Jorge Scarpin. IMPLEMENTAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA NO SETOR PÚBLICO

(3) Poliana Moura; Diana Lima; Lucas Ferreira. PLANO DE CONTAS E CONVERGÊNCIA AOS PADRÕES INTERNACIONAIS

22 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Você é muito possessivo. Mais aqui

Links

Brasil poderá ter uma crise de subprime?

Exercito, custo de transação, contratos incompletos, Líbia e Egito

Peixe evolui para sobreviver nas toxinas

Em quem os investidores ricos confiam ao investirem? Não nos seus pares

Price alerta para fraudes na área ambiental

Portugal pretende aplicar o Plano Oficial na Contabilidade Pública

Teste 435

Faturamento de 310 milhões de dólares em filme, discos, merchandising e outros produtos. Este grande astro obteve este valor em menos de dois anos. No início de 2009 ele devia 400 milhões de dólares. Você saberia dizer o nome dele?

Resposta: 113 milhões. Fonte: aqui

Enquanto isto, em 1921...


Aprendendo contabilidade em 16 de agosto de 1921 (Folha da Noite) (Clique na imagem para ver melhor)

Por que atuar no limite da capacidade pode ser ruim para uma empresa?

O presidente da Petrobrás afirmou que a empresa está operando no limite da capacidade de refino. E por esta razão deveria fazer elevados investimentos para garantir o refino de petróleo.

Na contabilidade de custos aprendemos que existem dois custos: o custo variável, que é afetado pela quantidade produzida e vendida; e o fixo, que não sofre influência da quantidade. O custo fixo também recebe a denominação de custo da capacidade exatamente por permanecer inalterado com a quantidade produzida. O gráfico tradicional de custo seria o seguinte:

Observe que as linhas escuras representam os custos fixos. Ao atingir um determinado patamar de produção e venda, a empresa necessita expandir suas operações, já que a capacidade existente não é suficiente. Assim, a linha do custo fixo apresenta um salto, como se fosse uma escada. Já o custo variável permanece com crescimento constante.

Entretanto, a figura é uma simplificação da realidade. Quando uma empresa aproxima-se da capacidade plena existem alguns custos que começam a aparecer: são os custos decorrentes da deseconomia de escala. Assim, na realidade o custo fixo não é uma linha reta: aproximando-se da capacidade máxima, o custo “fixo” tem um aumento, como visualizado na figura a seguir.

Observe que a nova figura do custo fixo apresenta um aumento próximo da capacidade plena.

Voltando ao caso da empresa Petrobrás. Ao confessar que a empresa está no limite da capacidade de refino o presidente está informando ao mercado que o custo deverá aumentar nos próximos meses. Além disto, diante da necessidade de novos investimentos, isto provocará um efeito sobre as despesas e dividendos para os acionistas. Ou seja, a projeção seria resultados menores para os próximos períodos.

Caixa, entidade, capitalização: tudo no bate boca

Acabou em discussão a polêmica que ainda envolve o processo de capitalização da Petrobras, realizado no ano passado. Mais cedo, em palestra no seminário Cenários da Economia Brasileira e Mundial em 2011, o economista-chefe do Santander Brasil e ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, chamou de "contabilidade criativa" a cessão onerosa de 5 bilhões de barris da União para a Petrobras.

Ao ter a palavra no evento, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, defendeu o processo e disse que Schwartsman tinha chamado "indiretamente" o processo de contabilidade criativa.

- Não foi indireto não - retrucou Schwartsman, que ainda estava na mesa principal do evento, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com o Valor.

- Porque é verdade - acrescentou Schwartsman.

Gabrielli voltou a responder ao economista, lembrando que a Petrobras recebeu R$ 132 bilhões pela capitalização e pagou R$ 74 bilhões pelos 5 bilhões de barris.

- Se isso não é caixa, eu não sei o que é caixa - questionou o executivo.

- Caixa é dinheiro, não é promessa - voltou a responder Schwartsman.

Irritado, Gabrielli voltou a questionar o economista do Santander.

- Não é promessa nenhuma. São fatos. Ele comprou ações por um determinado valor e recebeu dinheiro de outro - afirmou.

- Cadê o dinheiro? -, voltou a perguntar Schwartsman.

- Tá no Tesouro - afirmou Gabrielli.

-Só na cabeça dos contadores do Tesouro - encerrou o economista, recebendo os aplausos de parte da plateia. (...)

Fonte: Aqui
Um ótimo estudo de caso que deveria ser usado em sala de aula para explicar conceito de caixa, entidade e capitalização.