Translate

22 fevereiro 2011

Poluição faz mal para os negócios

um novo estudo sugere que a poluição fere um negócio onde mais importante: o mercado de ações. Analisando o retorno do índice diário de várias bolsas de valores ao longo de um período de 10 anos, os autores do estudo descobriram que os retornos das ações foram em geral menores nos dias com índices de qualidade do ar ruim nas proximidades da Bolsa de Valores. O efeito é significativo
Fonte: Boston Globe - The stock market hates dirty air - Kevin Lewis - Via Financeprofessor

Comparando Maçã com Banana

O diploma superior é imprescindível, mas torna-se insuficiente num mercado de trabalho competitivo. Uma das saídas é fazer um MBA (Master in Business Administration), que aumenta o nível de competitividade e empregabilidade do graduado. Ninguém deve se iludir, no entanto, de que o profissional vai decolar rapidamente na carreira depois de concluir esse tipo de curso.

Em muitos casos, a empresa subsidia o MBA para o profissional, mas isso não é garantia de que o profissional será promovido após o curso. A promoção pode demorar até três anos.

Muitos profissionais chegam a investir em MBAs nos Estados Unidos na ilusão de que isso será o passaporte para a entrada no mercado de trabalho americano. A realidade é diferente. (...)

Tentar uma vaga nas universidades brasileiras é mais fácil. Mas sejamos honestos: o principal filtro para os aspirantes a um desses cursos no país é o custo, que pode variar de R$ 7 mil a R$ 48 mil, sem contar os gastos com os programas que possuem módulos fora do Brasil.

É claro que há cursos de qualidade onde os custos não são os únicos obstáculos. Na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, o rigor está na seleção dos candidatos para o concorrido MBA executivo internacional. (...)

Sem ilusões com MBAs - 21/02/11 - Brasil Econômico - Marcelo Mariaca

Nos Estados Unidos, MBA significa mestrado profissional. No Brasil, MBA é curso de especialização.

21 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

As propagandas do desodorante Axe, de tão exageradas, são interessantes. Aqui um exemplo:



Esta da Pepsi (Fim do mundo) também não fica atrás. Tudo por uma conquista:

O Horário de Verão representa uma economia de custo?

As agências de notícia http://veja.abril.com.br/noticia/economia/horario-de-verao-traz-economia-de-30-milhoes-de-reais-ao-sistema-eletrico divulgaram que o horário de verão de 2010/2011 possibilitou uma economia de 30 milhões de reais ao sistema elétrico. Esta estimativa é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Observe que o montante estimado de economia foi absorvido pelo sistema elétrico. Não se considerou, nesta estimativa, a externalidade do horário de verão. Antes de prosseguir, seria importante tecer considerações sobre este conceito. Segundo a Wikipedia, as externalidades:

referem-se ao impacto de uma decisão sobre aqueles que não participaram dessa decisão.
A externalidade pode ser negativa, quando gera custos para os demais agentes - a exemplo, de uma fábrica que polui o ar, afectando a comunidade próxima.


Assim, quando o governo decide instituir o horário de verão, não existe a preocupação sobre o efeito nas pessoas foram do sistema elétrico.

O horário de verão produz algumas externalidades negativas. Por exemplo, com o horário de verão tenho que acordar mais cedo; isto termina por afetar minha produtividade. Assim, a queda na produtividade das pessoas representa uma externalidade negativa. Acredito que os problemas de adaptação das pessoas ao horário de verão são minimizados quando se considera os benefícios do mesmo.

É bem verdade que seria muito difícil de mensurar o montante das externalidades decorrentes do horário de verão. Os cálculos seriam difíceis e sujeitos a questionamento. Entretanto, não podemos aceitar a estimativa divulgada pela imprensa, pois não reflete o efetivo benefício, se é que existe, do horário de verão.

Teste 434

O Barclays http://pt.wikipedia.org/wiki/Barclays é uma conhecida instituição financeira mundial. Em 2010 suas receitas foram de 31 bilhões de libras, com um lucro antes de impostos de 6 bilhões. Com este lucro, o banco pagou 3,4 bilhões de remuneração e bônus e 2,6 bilhões de libras de dividendos. Você arriscaria um valor aproximado de imposto pago pelo Barclays?

10 bilhões de libras
1 bilhão de libra
100 milhões de libras

Resposta do Anterior: 25 bilhões Fonte: aqui

O que deve ter uma "conclusão" de um trabalho científico? II

Uma leitora faz a seguinte pergunta sobre a conclusão:

Até que ponto podemos dar nossa opinião sincera sobre os achados? Como no Brasil eles prezam muito a impessoalidade, fico sem saber opinar e optava pela receita errada de colocar um resuminho + as sugestões para futuras pesquisas. Eu posso, por exemplo, escrever: "tal resultado ocorreu provavelmente em decorrência a isso e aquilo"? Posso incluir esse provavelmente, como nos textos estrangeiros?`Ou essa opinião é um meio termo entre isso e a impessoalidade?
Observe que não podemos confundir o tempo verbal com a opinião. No Brasil é costume empregar o impessoal (“utilizou-se”), ao contrário dos textos estrangeiros (“utilizamos”). A única regra, em minha opinião, é ser coerente: se começou usando o impessoal no texto, todo o texto deve estar no impessoal.

A opinião sobre os achados deve ser coerente com o que foi encontrado. Neste caso, é importante não deixar nenhuma possibilidade de lado. Como fazemos isto? Em lugar de afirmar que “tal resultado ocorreu em decorrência disto” usar sua sugestão: “tal resultado ocorreu provavelmente em decorrência disto”. A razão para usar o “provavelmente” é simples: o conjunto de limitação existente na sua pesquisa.

Auditoria

A auditoria é sempre lembrada quando ocorre algum escândalo contábil, como o recente caso do Panamericano. Nesta situação, as pessoas tendem a procurar pelo parecer para verificar se existia alguma ressalva. Caso negativo, a empresa é questionada sobre sua falha. Entretanto, as pessoas não observam os casos onde a auditoria apontou problemas existentes na contabilidade das entidades. Um trabalho recente (1) procurou estudar os pareceres com ressalvas ou com ênfase. A pesquisa encontrou que a limitação de escopo e a impossibilidade da formação de opinião são as principais causas das ressalvas. A ênfase ocorre em razão dos prejuízos contínuos, passivo a descoberto e deficiência de capital de giro.

Outro estudo procurou verificar as expectativas dos auditores e dos usuários quanto as normas de auditoria. Os resultados encontrados a partir da pesquisa com questionário mostrou que existe diferença de expectativa quanto à responsabilidade do auditor na descoberta e prevenção de fraudes. Isto talvez ajude a explicar a decepção quando ocorre um problema como o do Panamericano.


(1) Estudo sobre os pareceres de Auditoria: Análise dos parágrafos de ênfase e Ressalvas Constantes nas Demonstrações Contábeis das Companhias Listadas na Bovespa – Damascena, Firmino e Paulo, Anpcont, 2010
(2) Auditoria e Sociedade: um estudo empírico no Brasil sobre as Expectantion Gap – Albuquerque, Dias Filho e Bruni, Anpcont, 2010