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14 fevereiro 2011

Caixa e Panamericano

Ao contrário do que previram inicialmente alguns otimistas, o problema do Panamericano irá afetar também a Caixa Econômica Federal (e, por conseqüência, o bolso do contribuinte). As estimativas falam agora entre 8 a 10 bilhões de reais (provavelmente será maior do que este valor). Este aporte será sob a forma de aquisição das carteiras de crédito, segundo informação da imprensa.

Ao mesmo, para justificar o erro cometido no passado, quando resolveu comprar ações da instituição financeira de Silvio Santos, a Caixa decidiu abrir um processo contra as empresas de auditoria. (Aqui uma notícia desencontrada da imprensa: o Brasil Econômico, além da Reuters, afirmou que seria a KPMG e a Deloitte; a Folha falou na KPMG e o Banco Fator;

Os resultados do Panamericano irão aparecer nas demonstrações contábeis da Caixa no primeiro trimestre.

Fonte: Aqui, aqui e aqui

Indexação

Mais de 40% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe são de produtos ou serviços que, de alguma forma, levam em consideração aumentos da inflação passada em seus reajustes, formal ou informalmente. No caso do IPCA, o peso desses itens é de 46% e no IPC-Fipe é de 44%, apontam estudos da Tendências.

"A indexação da economia já foi muito maior", afirma o sócio da consultoria, Juan Jensen, destacando que, em períodos de escalada inflacionária, o ímpeto dos agentes econômicos de indexar preços é retomado.

Bráulio Borges, economista chefe da LCA Consultores, ressalta também que, neste ano, os preços carregam uma "herança maldita de 2010" num momento ruim como o atual, em que as commodities estão em alta. Isto é, a referência para os reajustes neste ano é o IPCA do ano passado, que atingiu 5,91%. Esse parâmetro é bem superior ao de 2010, que havia sido de 4,3%: a inflação acumulada em 2009.

Nas contas de Borges, para um IPCA estimado em 5,2% para este ano, os preços dos serviços livres devem subir 7,7%, praticamente a mesma variação registrada em 2010 (7,6%) por causa da "herança maldita". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Peso da indexação na inflação passa de 40% - 13 de fevereiro de 2011 Estado de São Paulo

13 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio




Dilbert, 18 de maio de 2005

A expansão da tecnologia

A série de gráficos abaixo mostra a expansão da imprensa, desde a sua invenção (aprox 1440, por Gutemberg) até 1500. Lembrando que o primeiro livro de contabilidade impresso foi publicado em 1494, em Veneza, na Itália. A imprensa já existia na Itália na década de 1460. Ou seja, levou mais de 30 anos para que a primeira obra de contabilidade fosse publicada.










Maior empresa de auditoria

Um leitor pergunta qual a maior empresa de auditoria.

Esta é uma resposta difícil, (1) já que existem diversos critérios para determinar o que seria "maior"; (2) não foi especificado se no Brasil ou no mundo.

No Brasil a resposta é mais difícil, já que não temos a receita das empresas, variável que tradicionalmente mede a "maior" empresa. Por este motivo, a listagem no Brasil costuma destacar as empresas que auditam as companhias de capital aberto.

Além disto, as empresas de auditoria não consideram as suas filiais como parte da empresa matriz, principalmente quando a filial apresenta problemas. (Vide o caso da Índia, da empresa Santyam e a Price)

Usando como aproximação o número de empregados as maiores empresas de auditoria seriam: Deloitte, Price e Ernst & Young, nesta ordem.

12 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Pecados na Produção Científica

Pecados na Produção Científica - por Isabel Sales

Você sabia que se você formular um problema de pesquisa o qual eu possa responder com um simples “não” diminui a qualidade do seu trabalho? Você sabia também que nas conclusões de sua pesquisa você não pode, na tentativa de valorizá-la, acrescentar informações que não foram trabalhadas ao longo do trabalho?

Ano passado recebi uma indicação de leitura do professor Cláudio Santana que vale a pena ser repassada: Produção Científica em Contabilidade no Brasil: Dez “Pecados” Mais Frequentes.

Os professores Martins e Theóphilo ressaltaram a importância de um artigo bem escrito, bem como os erros que podem prejudicar seriamente sua qualidade:

1. Não atendimento de quesitos fundamentais do assunto-tema-problema: o tema de estudo deve ser importante, original e viável. Não se norteie apenas por um trabalho que seja “publicável”.

2. Inadequação na elaboração do problema de pesquisa: um exemplo de problema de pesquisa mal formulado é aquele que pode simplesmente ser respondido por um “sim” ou “não”; ou que acrescentam algum juízo de valor a pergunta (isso é melhor que aquilo?).

3. Trabalhos sem passado: trabalhos que não apresentam as discussões relevantes sobre o tema ou como o debate se encontra no estágio atual.

4. Trabalhos nem abrangentes, nem aprofundados: uma pesquisa tem que privilegiar um ou outro. Um levantamento, por exemplo, será abrangente. Já de um estudo de caso espera-se aprofundamento.

5. Inadequação na sustentação teórica do estudo: um trabalho precisa de um referencial teórico robusto.

6. Inadequação na utilização das fontes que dão apoio ao estudo: uma pesquisa científica deve utilizar fontes diversas. (Não utilize apenas livros ou leis. Baseie-se em dissertações e teses, assim como artigos científicos publicados em bons periódicos. Se você utilizar a internet da sua Universidade provavelmente terá acesso, por meio do portal de periódicos da Capes, aos journals internacionais que a princípio cobram por seu conteúdo).

7. Pouca atenção para com aspectos de confiabilidade e validade dos estudos.

8. Crença na auto-explicação dos testes estatísticos.

9. Deficiências na enunciação das conclusões dos estudos: muitas vezes são acrescentadas às conclusões análises que ultrapassam o que foi observado no desenvolvimento da pesquisa.

10. Pecado coletivo: é necessário que os pesquisadores não sigam tanto um modelo predeterminado e ousem um pouco mais.

O artigo mencionado foi publicado pela Editora Atlas no livro “Educação Contábil: Tópicos de Ensino e Pesquisa”, organizado por Jorge Lopes, José Ribeiro Filho e Marcleide Pederneiras.