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07 fevereiro 2011

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Photoshop da revista Rolling Stones (Kate Perry)

Gasto com educação gera retorno no PIB do Brasil

JP Morgan sabia que Madoff era picareta e não fez nada

Shell não quer pagar indenização por derramento de petróleo na Nigéria para não incentivar a prática da sabotagem

Os problemas contábeis das empresas chinesas

Um vídeo interessante sobre coincidência e correlação: as pessoas não conhecem probabilidade

Computador e mercado II

Os corretores especialistas em computação, conhecidos como quants (analistas quantitativos), estão muito atentos. Segundo o Aite Group, uma empresa de consultoria de serviços financeiros, cerca de 35% das empresas de trading quantitativo já estudam a possibilidade de usar feeds de dados não estruturados. Há dois anos, cerca de 2% destas empresas os usavam.

Os quants usam frequentemente esses programas para administrar seus riscos, por exemplo, fechando automaticamente as negociações quando recebem más notícias.

Mas segundo especialistas do setor, os programas também estão agitando os mercados. Em maio, quando a crise financeira da Grécia se agravou, os computadores de Wall Street captaram uma notícia com a palavra "abismo" na manchete, e começaram a emitir ordens de venda, segundo especialistas do setor.

Alguns desses especialistas advertem que existe uma crescente divisão digital nos mercados. Corretores mais abonados, que podem se permitir uma tecnologia sofisticada, estão em posição de vantagem em relação a todos os outros.

Mesmo assim, os especialistas já falam do que virá em seguida - programas de computador para assimilar automaticamente as transmissões e os letreiros da televisão.

Tecnologia pode tornar o mercado mais instável - 24 de dezembro de 2010 | 0h 00
- O Estado de S.Paulo

Computador e mercado

Os analistas de Wall Street que vivem lidando com números, agora têm mais uma coisa para acrescentar ao seu arsenal: o noticiário. Os operadores amantes da matemática já estão usando computadores potentes capazes de ler com rapidez o noticiário, os editoriais, os sites das companhias, postagens de blogs e até mesmo mensagens do Twitter - e depois deixam que as máquinas decidam o que tudo isso pode significar para os mercados.

A novidade vai muito além do material digital comum, como as listas de mais lidos e enviados pelo correio eletrônico. Em alguns casos, os computadores na realidade analisam palavras, estrutura de sentenças e até mesmo emoções. Uma piscada e um sorriso, por exemplo, poderão significar que as coisas estão melhorando para os mercados. Depois, frequentemente sem a intervenção humana, os programas interpretam as notícias e as usam nas operações.

Dada a volatilidade dos mercados e a preocupação de que as negociações computadorizadas possam exagerar os altos e baixos, a ideia de que Wall Street esteja montando agregadores de notícias pode soar como um pesadelo para o investidor.

Mas a inovação, que começou há alguns anos, faz parte da revolução tecnológica que está reformulando Wall Street. Em uma atividade em que a informação é a mercadoria mais valiosa, os traders com os computadores mais inteligentes e mais rápidos podem superar em inteligência e esperteza os concorrentes.

"É uma corrida às armas", comentou Roger Ehrenberg, sócio gerente da IA Ventures, empresa de investimentos especializada em companhias jovens, falando de algumas das novas tecnologias que ajudam os corretores a identificar os acontecimentos e a interpretá-los.

Muitos dos leitores-robôs vão além dos números e tentam analisar o sentimento do mercado, a intuição que os investidores têm a respeito dos mercados. Assim como os dados econômicos mais recentes, as notícias e os boatos da mídia social - os "dados não estruturados", como são conhecidos - podem mudar os sentimentos da exuberância para o abatimento.

Os corretores conhecedores da tecnologia há anos extraem os dados do noticiário, dos press releases e dos sites das empresas na internet.

Mas um software novo, baseado em linguística, vai muito além disso. As agências de notícias, como Bloomberg, Dow Jones e Thomson Reuters, adotaram a ideia, oferecendo serviços que supostamente ajudarão seus clientes de Wall Street a avaliar automaticamente as notícias.

Sentimentos. Alguns desses programas se assemelham à ciência espacial. Trabalhando com acadêmicos da Columbia University e a Universidade Notre Dame, a Dow Jones compilou um dicionário de aproximadamente 3.700 palavras que podem indicar mudanças de sentimentos. Entre as palavras com uma conotação positiva estão "engenhosidade", "vigor" e "vencedor". Entre as de conotação negativa estão "litigioso", "conspira" e "risco".

O software identifica o tema de um artigo e depois examina as palavras. Os programas são escritos de forma a reconhecer o significado das palavras e das frases dentro de um contexto, como distinguir entre "terrivelmente", "bom" e "terrivelmente bom".

Vince Fioramonti, gerente de carteiras da Alpha Equity Management, um fundo de ações de US$ 185 milhões de Hartford, usa o software da Thomson Reuters para avaliar o sentimento durante semanas, e não apenas minutos ou horas, e transmite estas informações diretamente para os sistemas de operações do fundo. "É um efeito agregado", disse Fioramonti. "Essas coisas permitem assimilar mais informações".

A Bloomberg monitora artigos e feeds do Twitter e alerta seus clientes quando muitas pessoas de repente enviam mensagens de Twitter a respeito, por exemplo, da IBM.

A Lexalytic, uma companhia de análise de texto de Amhearst, Massachusetts, que trabalha com a Thomson Reuters, informa que desenvolveu algoritmos que entendem o sentido das mensagens do Twitter. O que inclui emoções como rosto feliz e rosto não tão feliz.

Apesar do ceticismo, os idealizadores do método insistem que este software consegue transmitir um tipo de comunicação com os corretores. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

Computador lê notícia em Wall Street - Software é capaz de identificar o sentimento do mercado ao analisar o noticiário e as mensagens nas mídias sociais, como o Twitter - 24 de dezembro de 2010 - Graham Bowley (The New York Times) - O Estado de S.Paulo

06 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Livremente adaptado daqui

O valor de uma companhia fechada

Uma das grandes dificuldades na área de avaliação é determinar o real valor de uma empresa fechada. Existem divergências nos critérios e nas opiniões que irão embasar o resultado final. No entanto temos alguns exemplos de como a avaliação pode conduzir a resultados distintos.

Recentemente o jornal The New York Times e no Herald Tribune (A Portfolio´s Price, Julie Creswell, 4 jan 2011) apresentou alguns exemplos de resultados distintos para estas empresas. O texto obteve a informação a partir de empresas que eram obrigadas a divulgar seus resultados e possuíam participação em empresas de capital fechado. E o resultado mostrou uma grande diferença. Eis dois exemplos:

 Freescale representou um investimento de 7 bilhões em 2006. Agora os donos afirmam que a empresa vale 3,15 bilhões, 2,45 bilhões ou 1,75 bilhões, de acordo com o fundo de investimento.
 Energy Future Holdings of Texas possui investimentos de dois fundos: KKR e TPG. O primeiro avalia a empresa a 20 centavos por dólar investido e a segunda a 40 centavos. A diferença é de 100%

Observe que a base para fazer a avaliação foi a mesma informação. No primeiro caso, Creswell afirma que um dos avaliadores tem sede em Londres e usa normas internacionais de contabilidade; o outro possui sede nos Estados Unidos, com uso das normas contábeis do Fasb (entidade que regula a contabilidade daquele país).

Mas isto não faz sentido, pois a forma de se fazer a contabilidade não deve influenciar na avaliação da empresa. Nunca é demais lembrar que o valor de uma empresa depende da riqueza futura e esta não é influenciada – a rigor – pela norma contábil adotada.

04 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

Ainda sobre Risco Moral (uma dica de Pedro Correa), o economista Greg Mankiw conta um fato que ocorreu com ele.

Diante da quantidade de neve e a necessidade de retirá-la com uma pá, sua esposa trava o seguinte diálogo

Esposa de Greg : Tenha cuidado.

Greg : Eu terei.

Esposa : Éstá escorregadio lá fora. Eu não quero que você caia.

Greg: Mas eu tenho um monte de seguro de vida.

Esposa : Ha. Ha.

Greg : Mas eu não tenho um seguro de invalidez.Então, se eu tiver um acidente, certifique-se que a queda me mate.