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02 fevereiro 2011

Por que se faz tanta pesquisa com o mercado acionário?

Sejamos honestos. A maioria das pessoas que conhecemos não sabe para que serve o mercado de ações. E a imagem que temos, de um bando de pessoas gritando, de maneira desesperada, não ajuda muito. É bem possível que o leitor seja investidor neste mercado, quando ele compra cotas de fundos de investimento, mas é provável que não queira saber muitos detalhes sobre o que ocorre lá.

Entretanto, os pesquisadores parecem que adoram estudar o mercado acionário. Qual a razão disto?

A principal explicação para a existência de inúmeras pesquisas com informações do mercado acionário diz respeito ao termo “mercado”. A comercialização de ações das empresas ocorre num local mais próximo de um “mercado ideal”. Com a vantagem de que as transações são registradas pela bolsa de valores e ficamos sabendo dos resultados.

Assim, se queremos saber como as pessoas reagem às notícias ruins da economia, procuramos verificar como o mercado acionário reagiu quando ocorreu a crise financeira. Se pretender estudar o efeito de uma aquisição de uma empresa, basta comparar os preços das ações antes e depois que a notícia circulou. Caso queira saber se o risco aumentou ou não, verificou se as negociações ocorridas mostram um “nervosismo” das pessoas que estão comprando e vendendo ações.

Para o pesquisador, usar o mercado acionário é a maneira mais fácil de responder muitas perguntas.

Tempestividade

O Banco Panamericano vai publicar seu balanço do 3º trimestre no dia 29 de dezembro, disse nesta terça-feira (21/12) a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho.

A divulgação do balanço foi suspensa após a descoberta de "inconsistências contábeis" na carteira de crédito do Panamericano pelo Banco Central. O banco teve de ser socorrido pelo controlador, o Grupo Silvio Santos, com um empréstimo de R$ 2,5 bilhões, obtidos com o Fundo Garantidor de Créditos.

Maria Fernanda, que preside o conselho de administração do Panamericano, disse que ainda não sabe como "o empréstimo será contabilizado, mas que será de maneira transparente".

Brasil Econômico

P.S. Até esta data (2 de fevereiro) o balanço não tinha sido publicado.

Eis o que diz a Estrutura Conceitual sobre o assunto:

Quando há demora indevida na divulgação de uma informação, é possível que ela perca a relevância. A Administração da entidade necessita ponderar os méritos relativos entre a tempestividade da divulgação e a confiabilidade da informação fornecida. Para fornecer uma informação na época oportuna pode ser necessário divulgá-la antes que todos os aspectos de uma transação ou evento sejam conhecidos, prejudicando assim a sua confiabilidade. Por outro lado, se para divulgar a informação a entidade aguardar até que todos os aspectos se tornem conhecidos, a informação pode ser altamente confiável, porém de pouca utilidade para os usuários que tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim. Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do processo de decisão econômica dos usuários.

Panamericano

As repercussões da venda do Panamericano para o BTG Pactual por R$450 milhões continuam.

As ações preferenciais do banco aumentaram 20% (Panamericano sobe mais de 20% e supera preço da OPA, Valor Econômico, Beatriz Cutait)

Sabemos que a Caixa continuará com a participação adquirida no final de 2009 (37% do capital social) e o BTG terá 51% das ordinárias e 22% das preferenciais. Aos minoritários será ofertado um preço de 4,89 reais por ação, o mesmo valor pago ao controlador. Entretanto, a valorização indicaria que os minoritários provavelmente não irão vender suas ações. O principal motivo é o fato dos novos gestores serem do ramo.

"A leitura é de que o mercado está uma dando indicação de que a adesão à OPA pode não ocorrer. Aparentemente, os minoritários querem ficar na empresa", pontuou o analista da Ágora Corretora Aloisio Villeth Lemos. "Uma combinação de informações levou o mercado a ser mais otimista na precificação imediata da empresa, mesmo que os minoritários continuem sem o balanço." Mas não existe a pretensão de cancelar o registro de companhia aberta.

O balanço do terceiro trimestre, prometido anteriormente para o final de 2010, ainda não foi divulgado. Existe a promessa para os próximos dias. Esta questão foi objeto de reclamação da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) (Anefac critica falta de transparência no caso PanAmericano, Vanessa Dezem, Valor). A Anefac criticou o trabalho das auditorias:

O caso colocou luz sobre a capacidade de as auditorias em captarem fraudes. Vertamatti afirma que tem caído a qualidade dos trabalhos das auditorias no Brasil, diante da pressão sobre os custos dos serviços, que têm sido remunerados de forma insuficiente.

"Hoje a auditoria está muito mais voltada para cumprir procedimentos, do que fazer a função de auditar propriamente", acrescentou um executivo do setor, que preferiu não se identificar.

Outra conseqüência é a classificação de risco do banco. Moody´s informou que irá manter sua nota de rebaixamento, mesmo com o anúncio. O banco tem o rating D para solidez financeira (Rating do PanAmericano continua em revisão, diz Moody s, Paula Cleto | Valor)

Economistas influentes

A revista The Economist fez uma pesquisa para saber qual era o economista mais influente (Economics' most influential people, 1 fev 2011) na última década. Com sete votos, Ben Bernanke, presidente do Banco Central dos Estados Unidos e estudioso de crises econômicas. Keynes recebeu quatro votos. A seguir Jeff Sachs, Hyman Minsky e Paul Krugman com três e Adam Smith, Robert Lucas, Joseph Sitglitz, Friedrich Hayek e Alan Greenspan com dois votos. Outros 26 receberam um voto.

A questão seguinte era: qual economista teve a idéia mais importante no mundo após a crise? Com quatro votos, Raghuram Rajan. Robert Shiller e Kenneth Rogoff receberam três votos.

Contabilidade Pública

Uma reportagem do DCI (Nova Regra de Contabilidade cria Desafio ao Governo Dilma) sobre a contabilidade pública comenta a questão da implantação do regime de competência.

Faltam menos de um ano para adaptação e pouca coisa foi feita. O texto ouviu duas pessoas: um auditor e diretor da Crowe Horwath e o presidente do CRC-SP.

As novas normas serão encabeçadas pelo Sistema CFC/CRCs (formado pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos regionais de Contabilidade) e pela Secretaria de Tesouro Nacional, obedecendo ao disposto na Portaria do Ministério da Fazenda número 184, de 25 de agosto de 2008.

Dois aspectos são considerados pelo texto: os novos governantes ainda não entenderam as implicações das normas e não existe pessoal suficiente para fazer o processo acontecer. O texto comete alguns erros, como chamar as normas de IFRS ou acreditar que somente pela adoção haverá mais transparência. Particularmente acredito não a relação entre regime de competência de transparência não é tão simples assim. (Ou seja, adotar competência não significa mais transparência. Pode ocorre o contrário, mas isto seria um tema para uma postagem específica)

01 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio



Comercial de barra de chocolate

Teste 421

Entre os doutores que atuam na pós-graduação em Contabilidade a maioria concluiram seu doutorado em Contabilidade (USP, principalmente). Três outras áreas também são relevantes na sua contribuição para os cursos de pós-graduação na área contábil: administração, economia e engenharia de produção. Você saberia colocar em ordem de docentes que atuam na pós-graduação de contabilidade estas três áreas?

Resposta do Anterior: JK Rowling, Harry Potter e a Pedra Filosofal. Rio de Janeiro: Rocco, p.89, 2000. (Na primeira versão da postagem coloquei "a autora". Por exclusão seria JK Rowling.