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31 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio

O comercial da Cadbury mostra que a contabilidade de custos, na sua ânsia de rateios, pode não "agregar valor".

Teste 420

Veja o seguinte trecho de uma obra literária:

“- Todos na sua família são bruxos? - perguntou Henry, que achava Rony tão interessante quanto Rony o achava.
- Hum … são, acho que sim. Acho que mamãe tem um primo em segundo grau que é contador, mas ninguém nunca fala nele.”

Quem é o (a) autor(a) deste livro? Três dicas:

J K Rowling
Nicholas Sparks
William Young

Resposta do anterior: Escravidão

Por que os atletas ganham salários astronômicos?

Sabemos que os atletas são bem remunerados. Uma análise histórica mostra que os valores pagos para os melhores atletas aumentaram muito nos últimos anos. Um exemplo obtido num jornal (Salários de estrelas sufocam o mercado, New York Times, publicado no Estado de S Paulo de 27 de dezembro de 2011): em 1960 o maior jogador de futebol de todos os tempos recebia por ano US$150 mil dos Santos, que corresponde a US$1,1 milhão em dinheiro de hoje. Na temporada 2009-10, o jogador Cristiano Ronaldo recebeu US$17 milhões do seu clube.

Uma possível explicação deve-se ao aumento no consumo de bens vinculados ao mercado de diversão. Hoje as pessoas gastam muito mais dinheiro com futebol e produtos correlatos. Nos tempos idos, comprava-se o ingresso do jogo, que era relativamente barato; hoje, além do ingresso, o torcedor pode comprar camisas, bolas e até perfumes e calças vinculados ao jogador famoso. Como está entrando mais dinheiro, os maiores jogadores irão negociar melhor os seus ganhos.

Além disto, existem hoje muito mais patrocinadores do que no passado. E os patrocinadores querem associar sua imagem com a dos maiores jogadores existentes. Se tivermos um aumento nos patrocinadores potenciais, mas os astros do esporte são restritos, o valor pago aos atletas tende a crescer.

Outro aspecto diz respeito à globalização dos esportes. Antigamente, sem os meios de comunicação, um atleta tinha destaque local. Nos dias de hoje, as crianças do Brasil ou da China provavelmente estão acompanhando o futebol inglês. Assim, um atleta que se destaca no Manchester United será objeto de admiração em Parnamirim e em Hong Kong.

Links

Tenista Kim Clijsters faz entrevistador passar vergonha sobre sua gravidez (ela estaria muito irritada e com seios maiores)

Um periódico criado para os autores que tiveram seus trabalhos rejeitados em outros periódicos: Journal of Universal Rejection

Casa do ex-dono do Banco Santos: parece um museu

SMS inesperado da cia telefônica evitou outro atentado

lei contra as pessoas feias

TV Chinesa usa cena do filme Top Gun para mostra os exercícios das forças armadas

Panamericano

Trancados a sete chaves, representantes do Banco Panamericano e do BTG continuam em negociações. Segundo fonte que acompanha as conversas, o anúncio da compra pode ser postergado para amanhã [segunda]. A mesma fonte assegura que o que falta são só detalhes. (Sonia Racy)

Rateio e Alocação

Alocação – refere-se a distribuição de recursos. A origem da palavra está associada a locação, aluguel. Mas na contabilidade de custos o termo seria correspondente ao rateio dos custos, sem a conotação negativa do termo “rateio”.

Rateio – Diz respeito a uma divisão proporcional. É interessante notar que a raiz da palavra está associada a contar, calcular, pensar, estimar e julgar. Na contabilidade de custos adquiriu, nos últimos anos, uma conotação negativa, associada a um cálculo mal feito.

Passivo da União

O jornal Estado de São Paulo traz uma reportagem interessante sobre o passivo da União (Passivo Judicial da União ultrapassa R$390 bi e assombra gestão Dilma, Renato Andrade, 30 jan 2011). O texto fica restrito ao passivo judicial e o valor da manchete foi estimado pela AGU.

Mas este não seria o valor a ser registrado numa contabilidade de regime de competência realista, já que o valor refere-se “a soma das principais ações que tramitam na Justiça contra a União”. Representa pois um cenário pessimista.

É certo que em alguns casos a chance de perda é significativa. Mas em outros casos existem possibilidades de vitória da União ou o valor pedido poderá ser reduzido. É o caso da Varig, que pede R$2,5 bilhões, mas que também possui dívidas com o governo, num valor muito superior a este montante.

Os prejuízos potenciais que mais preocupam o governo, entretanto, são os provenientes de disputas sobre a cobrança de impostos. "Do ponto de vista econômico, as questões tributárias são as mais relevantes", reconheceu o ministro Luís Inácio Adams, da AGU.

O melhor do texto é o comentário de Renato Andrade, que mostra que a quitação da dívida é demorada (Nos casos perdidos, quitar a dívida é uma longa novela, Renato Andrade, Estado de São Paulo, p. A4).

Nem toda ação contra o governo é prejuízo certo para os cofres públicos. E mesmo nos casos de derrota, o pagamento da despesa é diluído ao longo do tempo, o que evita uma parada abrupta nos investimentos e gastos federais.

A sistemática de quitação das perdas judiciais favorece a administração dos passivos. Se a União sofrer uma derrota no início deste ano, por exemplo, o contribuinte favorecido terá ainda que apresentar um pedido de restituição, que pode ser feito diretamente na administração ou por via judicial. A discussão do valor a ser pago pode levar alguns anos para ser definida.

Os valores das ações que tramitam na Justiça contra a União também não são exatos. Em muitos casos, o governo registra como risco potencial o montante que está sendo solicitado pelo contribuinte. Ao contrário da iniciativa privada, no setor público não há projeções sobre o potencial efetivo de perdas e reserva desse dinheiro em caixa.