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28 janeiro 2011

Executivo brasileiro e remuneração


Os presidentes de empresa em São Paulo têm uma remuneração média de mais de US$ 600 mil por ano (sem contar bônus), valor acima do de seus pares de Nova York, Londres, Cingapura e Hong Kong. Os números são da Dasein Executive Research.

Na capital paulista, diretores de empresas tiram mais de US$ 200 mil por ano na forma de salário; em Londres, a média fica abaixo desse patamar.

Há que se considerar um fator importante: "A comparação embute o custo de contratação no Brasil: suas taxas trabalhistas estão entre as mais altas do mundo", afirma a revista. (Altos executivos ganham mais em São Paulo do que em NY – Estado de São Paulo – 27 jan de 2011 - Sílvio Guedes Crespo)

Os dados são da revista The Economist (Top Whack, 27 jan 2011), fonte do gráfico. Parte da questão da remuneração é o reflexo da elevada demanda.

Prejuízo da Exxon

Depois de perfurar três caros poços em águas profundas na costa brasileira, a Exxon Mobil Corp. não conseguiu encontrar petróleo, confirmou ela ontem.

É um grande revés para a petrolífera americana, numa parte do mundo em que outras empresas, especialmente a Petróleo Brasileiro SA, conseguiram algumas das maiores descobertas petrolíferas das últimas décadas.

Um porta-voz disse que a Exxon planeja "continuar analisando os dados dos três poços" e ainda não desistiu totalmente de encontrar petróleo na região.

A Exxon informou que deu baixa contábil no custo dos poços no quarto trimestre de 2010, que totalizaram centenas de milhões de dólares. A empresa ainda não divulgou seus resultados do quarto trimestre. (...) A Hess Corp., dona de 40% da concessão da Exxon na costa brasileira, contabilizou ontem despesa extraordinária de US$ 111 milhões (US$ 72 milhões depois de impostos) para dois dos três poços. Com base na sua fatia, é possível inferir que o custo de perfurar esses dois poços passou de US$ 250 milhões.(Exxon perde dinheiro com poços secos no pré-sal, Wall Street Journal Americas, 26 jan 2011)

27 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Por que o crescimento econômico é difícil de ser medido?

Se você pesquisar o endereço do Banco Central, no Focus, irá encontrar uma estimativa do crescimento econômico previsto para economia brasileira. Pesquisando mais ainda, é possível achar a taxa de crescimento do país dos últimos anos. Mesmo com tanta precisão no cálculo do crescimento, os técnicos (estatísticos, economistas e outros) ainda não estão satisfeitos com a medida.

A principal razão é que as estatísticas são falhas e não conseguem refletir a economia real. Ou como os economistas gostam de falar: a taxa de crescimento do produto interno bruto é apenas uma proxy do crescimento verdadeiro. Num país onde a presença da economia informal é expressiva, como é o caso do Brasil, estimar o tamanho da economia é mais difícil ainda. Não sabemos, por exemplo, a qual a importância do trabalho manual feito pela artesã, que é vendido sem nota fiscal. De igual modo, só conseguimos mensurar o trabalho doméstico se o mesmo for feito por um empregado com carteira assinada. O trabalho doméstico feito por nós, sem a participação de um empregado fichado, não entra no cálculo.

As situações são as mais diversas e isto faz com que regularmente o processo de cálculo seja revisto, na tentativa de chegar a um valor próximo ao valor real.

Alguns técnicos estão tentando procurar medidas alternativas. Uma das mais criativas é olhar as imagens do mundo do espaço, durante o período noturno. Comparando um período com outro podemos encontrar diferenças que podem confirmar as medidas falhas dos economistas ou negá-las.

Veja a seguinte figura abaixo. Ela foi tirada das Coréias, entre os anos de 1992 e 2008. Observe que enquanto a parte norte permanece praticamente constante, o sul apresentou um aumento substancial na iluminação (pontos brancos, azuis, amarelos e vermelhos, sendo quanto mais próximo do vermelho maior a presença da luz). Isto significa que no período a Coréia do Sul apresentou um crescimento econômico muito maior que a Coréia do Norte.


Observe agora a outra figura. Na parte superior a esquerda temos Ruanda, em 1993. Na parte superior a direita, o mesmo país, um ano depois. Observe que a luminosidade diminuiu. Ou seja o país reduziu sua economia. A causa foi o massacre ocorrido naquele país em 1994. Dois anos depois, na parte inferior a direita, o país parece que recuperou dos problemas políticos.


Teste 418

A catapulta é uma conhecida arma de guerra, criada pelos gregos. Recentemente uma aplicação moderna da catapulta foi descoberta: ajudar a distribuição de produtos. Você saberia dizer como a criatividade humana encontrou um uso para este velho instrumento de guerra?

Resposta do Anterior: Trata-se de abreviaturas usadas pelos agricultores para economizar no telégrafo. Antigamente o telégrafo era um conhecido meio de comunicação, cuja tarifa era cobrada pelo número de letras transmitidas. Fonte: aqui

Panamericano 2

A nova administração do Panamericano descobriu que o rombo na instituição controlada pelo Grupo Silvio Santos é maior do que os R$ 2,5 bilhões estimados inicialmente pelo Banco Central (BC) no ano passado. Por isso, o banco precisará de uma nova injeção de dinheiro.

Uma das alternativas em estudo é um novo empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que já cobriu o buraco inicial. Ainda que não entre com todos os recursos necessários, o FGC deve oferecer ao menos um pedaço do novo aporte.

O FGC é uma entidade privada, mantida pelos bancos desde 1995, que tem como principal função proteger parte dos depósitos dos clientes dos bancos.

Procurado, o Panamericano preferiu não se pronunciar. O diretor executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, disse que desconhecia as informações.

Em setembro, o BC descobriu uma fraude contábil no Panamericano, então estimada em R$ 2,5 bilhões. O escândalo veio a público no início de novembro, quando toda a antiga diretoria foi demitida. Para receber o dinheiro do FGC, o empresário Silvio Santos entregou como garantia seu patrimônio pessoal.

A maior parte dos executivos que compõem a nova direção foi indicada pela Caixa Econômica Federal, que comprou 49% do capital votante do Panamericano no fim de 2009. Até ontem à noite, estava definido que o banco estatal não vai colocar dinheiro novo na instituição.

A solução para cobrir o novo rombo está sendo negociada pela nova direção do Panamericano, pelo FGC, pelo empresário Silvio Santos, pela Caixa Econômica Federal, e é acompanhada de perto pelo BC.

O tamanho exato do rombo e a saída para cobri-lo devem ser oficialmente apresentados na próxima segunda-feira, dia previsto para a divulgação do balanço do terceiro trimestre e dos meses de outubro e novembro de 2010. A divulgação desses resultados foi adiada duas vezes.

Nas últimas semanas, as ações do Panamericano valorizaram-se fortemente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em meio a especulações de que grandes instituições estariam travando uma disputa para comprá-lo. Do início do ano até ontem, o ganho acumulado das ações preferenciais (PN) beirava os 20%.

O Estado apurou que cinco bancos demonstraram interesse na participação que Silvio Santos possui no Panamericano desde que a fraude contábil veio a público. Nenhum deles, no entanto, fez proposta firme, justamente porque o balanço com o rombo definitivo ainda não foi divulgado.

Atraso

O objetivo inicial da nova administração era apresentar o balanço até meados de dezembro. Mas a complexidade do trabalho de reconstrução dos números, somada à demissão dos principais responsáveis pela contabilidade do banco, atrasou sucessivamente a divulgação.

Cerca de cem pessoas trabalham incessantemente nos números. Todas deram expediente até mesmo durante as festas de fim de ano. Folgaram apenas nos dias 31 de dezembro e 1.º de janeiro. Uma das principais dificuldades foi lidar com os sistemas de informática, que foram burlados para permitir a fraude.

Além da Deloitte, que audita as contas do Panamericano, o balanço está sendo checado pela PricewaterhouseCoopers (contratada pela Caixa) e por técnicos do Banco Central.

Panamericano tem rombo maior que R$ 2,5 bi e vai precisar de mais dinheiro - 26 de janeiro de 2011 | 23h 30 – Estado de São Paulo - David Friedlander e Leandro Modé

O Porco e o Cachorro

A revelação de que o Palmeiras contratou um cachorro por R$ 3 mil para tomar conta dos troféus do clube já provoca ciúme em funcionários que ganham menos no clube.

A informação é da coluna Painel FC, assinada por Bernardo Itri e Eduardo Ohata e publicada na edição desta quarta-feira na Folha.

Além de se tornar o principal assunto da última reunião do Conselho de Orientação Fiscal palmeirense, conselheiros querem saber como os gastos com o cão atingem tal valor. Os troféus foram levados para a Vila Madalena por causa das obras da Arena Palestra.

Depois do problema da contabilidade (aqui, aqui e aqui), novamente o Palmeiras é notícia. Comenta-se que um dos problemas da contratação está na frase "como os gastos com o cão atingem tal valor". Além de ganhar muito, o cachorro teria pouco trabalho.