Translate

19 janeiro 2011

UBS

O banco suíço UBS acredita que a primeira impressão é a que fica. Para seus funcionários, o UBS fez um código de 43 páginas sobre como se comportar. Isto inclui como seus funcionários devem vestir, preferindo roupas cinza escuro, azul, preto ou azul marinho. Para as mulheres, as saias devem chegar no joelho. Os homens devem guardar o terno de forma adequada para preservar o vinco e cortar regularmente o cabelo.

Além do que se deve fazer, o código inclui o que não fazer: comer alho e cebola, fumar, vestir camisas de manga curta, meias curtas que mostram a pele quando sentado, pintar o cabelo entre outras coisas.

Leia mais em Dress to Impress, UBS Tells Staff – Wall Street Journal – 14 dez 2010 – Elena Berton

Deloitte, CVM, Aracruz e o acordo

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu levar a julgamento a empresa de auditoria Deloitte Touche Tohmatsu e seu sócio e responsável técnico José Carlos Monteiro no caso ligado à perda de cerca de R$ 2 bilhões sofrida pela Aracruz Celulose em 2008, por causa de operações com derivativos cambiais.

O caso discute a responsabilidade dos envolvidos sobre o negócio que pôs em risco a própria sobrevivência da empresa e gerou prejuízo a seus acionistas. As operações escolhidas pela empresa eram mais baratas do que outras opções no mercado, mas dependia de estabilidade cambial. Com a crise de 2008 e a valorização súbita do dólar em relação ao real, a empresa teve perdas bilionárias.

Monteiro e a Deloitte, responsáveis pela auditoria das contas, tentaram um acordo com a autarquia para encerrar processo, sem presunção de culpa, mas tiveram sua proposta negada pelo comitê da CVM responsável por avaliar a questão. Ontem, a Deloitte esclareceu ter desistido da negociação por achar excessivo e desproporcional o valor sugerido pela autarquia. Disse ainda acreditar que seus procedimentos foram adequados e que levou em consideração exclusivamente o tempo e os custos advocatícios envolvidos na defesa para formular uma proposta. Monteiro e a Deloitte chegaram a oferecer R$ 150 mil e R$ 300 mil, respectivamente.

Mas o comitê inicialmente considerou os valores baixos, dado o "contexto em que se verificaram as infrações imputadas aos proponentes, a especial gravidade das condutas consideradas ilícitas e o histórico de ocorrências da empresa de auditoria". O comitê propôs então elevar os valores para R$ 800 mil a Monteiro e R$ 1,7 milhão à Deloitte. "A contraproposta financeira feita pela CVM foi considerada excessiva e desproporcional ao questionamento em si, razão pela qual decidimos não aceitá-la", disse a Deloitte em nota. A CVM então sorteou um relator para o caso, o que significa que a discussão segue para julgamento, ainda sem data marcada.

Deloitte vai a julgamento na CVM pelo caso Aracruz - Por Agência Estado

A CVM já sinalizou que irá endurecer com os problemas do mercado. A Deloitte, diante dos seguidos problemas, sabe que capitular agora poderá indicar que estaria disposta a aceitar multas maiores no outros casos que estava envolvida. Apesar da melhoria no papel da CVM, ainda é longo o tempo em que um processo leva para ser finalizado.

Fundo Partidário

O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque, foi aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Deste valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral.

Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha.

Evidentemente, R$ 300 milhões é um custo irrisório para a consolidação da democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo partidário é utilizado de forma pouco transparente e, algumas vezes, desviado dos propósitos originais de fortalecimento do partido.

Murillo Aragão – Brasil Econômico – 18 jan 2010

IFRS na Índia

Os jornais anunciaram que a Índia está pensando em não adotar as normas internacionais de contabilidade:

a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria Indianas, um dos lobbies empresariais mais poderosos no país, pediu recentemente que a data de efetivação seja adiada, argumentando que o momento era "extremamente inviável e injusto".

Patentes na Universidade

(...) a maior participação das universidades [no registro de patentes] indica uma nova postura das instituições de ensino. "As universidades perceberam que poderiam ganhar dinheiro com as patentes, que antes eram registradas individualmente pelos próprios pesquisadores", diz [Ricardo Camargo Mendes, sócio da Prospectiva Consultoria].

Por outro lado, a perda de participação da iniciativa privada reflete retração da cultura inovadora no país. "A aversão a risco leva ao baixo número de patentes. Há poucas empresas que apostam no modelo de negócios baseado na inovação pura" afirma Mendes.

Universidades superam empresas em patentes - Paulo Justus – Brasil Econômico – 18 jan 2011-01-18

Observe que o número de patentes registradas no Brasil é, proporcionalmente ao tamanho da nossa economia, reduzido. Assim, um aumento, mesmo que reduzido, tende a gerar um efeito expressivo no valor total. Mas acrescento o texto outra justificativa em decorrência do período de tempo analisado (1992 a 2000 versus 2001 a 2009): o crescimento de entidades vinculadas as instituições de ensino, como as fundações de apoio, que trouxe uma visão mais empresarial para universidade (apesar do mau humor dos órgãos de controle e do judiciário.

18 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Obituário: Novos Tempos

Por que o nome é “passivo”?

As obrigações de uma entidade são denominadas de "passivo". Mas na linguagem popular o termo "passivo" diz respeito a algo "sem ação". Certamente os credores da empresa estão longe de serem indiferentes ao que ocorre com o seu dinheiro. Outro significado do termo, derivado da filosofia, é "possuído pela paixão". Novamente é difícil imaginar uma instituição financeira ou um fornecedor apaixonado pela empresa.

Em gramática, o termo passivo aproxima-se da concepção original: refere-se de quem não pratica a ação do verbo. Observe que o termo já está mais próximo da concepção contábil: o governo não pratica a ação de gerir a empresa, mas as obrigações tributárias existem. Aqueles que emprestaram dinheiro para empresa, após aportarem os recursos, ficam pacientemente aguardando que a gestão da entidade faça bom uso do mesmo e possa, ao final do contrato, devolver os seus recursos. Agem assim de forma paciente, de maneira passiva, sem intrometer nos negócios da empresa.

A origem da palavra refere-se ao latim, conforme explica o dicionário Houaiss de "suscetível de paixão". Além disto, o verbo está associado ao "sofrer".