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10 janeiro 2011

Seminário sobre Normas Internacionais

Será realizado em Brasília, no dia 3 de fevereiro de 2011, o Seminário Adoção de IFRS: Avanços e Desafios. Este seminário irá contar com a participação do atual presidente do Iasb, David Tweedie, além do representante brasileiro naquela entidade, Amaro Gomes, e o diretor da CVM, Alexsandro Broedel.

A programação resumida é a seguinte:

PALESTRA DE ABERTURA: ADOÇÃO DAS IFRS NO MUNDO: 10 ANOS EM PERSPECTIVA - David Tweedie

PAINEL I: IMPLEMENTAÇÃO DE IFRSS NO BRASIL - ALEXSANDRO BROEDEL (CVM), SERGIO ODILON (BACEN) e VANIA BORGHERT (BNDES)

PAINEL II: ADOTANDO IFRS – EXPERIÊNCIA LATINO-AMERICANA - MARIO MUNOZ (Chile), JORGE GIL (Argentina), FELIPE PEREZ CERVANTES (México) e RAFAEL A. RODRIGUES RAMOS (Venezuela)

PAINEL III: EXPERIÊNCIA PRATICA NA IMPLEMENTAÇÃO DE IFRS - DOMINGOS ABREU (Banco Bradesco), MARCOS MENEZES (Petrobras), EDUARDO GUARDIA (BMF Bovespa) e GERALDO TOFFANELLO (Gerdau)

PALESTRA DE ENCERRAMENTO: O PLANO DE TRABALHO DO IASB E O BRASIL - Amaro Gomes

P.S. Para os interessados, entrar em contato com o CFC

Teste 408

No início de janeiro deste ano a CVM anunciou o cancelamento do registro de companhia aberta de uma ex-grande empresa brasileira. Esta empresa tem o nome de:

Lojas Arapuã
Mesbla
Varig

Resposta do anterior: Bruxaria. Uma bruxa, ao saber da notícia, disse que iria lançar um feitiço contra o governo romeno. Fonte: aqui

Normas internacionais para Pequenas Empresas

Claudia Cruz discute a questão da legalidade ou não das normas contábeis. O pontapé inicial é um texto de Carlos Lopes, no Jornal do Comercio, onde o autor afirma que

Independentemente da questão da inconstitucionalidade, pois as Medidas Provisórias somente podem abrigar situações urgentes e relevantes, a lei não obrigou as empresas a adotarem as normas emitidas pelo CFC, introduziu o artigo 6º da Lei 9.295 de 1946: “art, 6º: São atribuições do Conselho Federal de Contabilidade:... f) regular acerca dos princípios contábeis... E editar normas de Contabilidade de natureza técnica e profissional”. Em nenhum momento a lei nova mencionou ter o CFC poder para dizer tais ou quais empresas devem compulsoriamente seguir tais normas. Isso está contido na lei que, pela hierarquia, está muito acima de resoluções e circulares do CFC. As empresas que são obrigadas a seguir as normas específicas são aquelas que são mencionadas nas leis 11.638 e 11.941. As pequenas e médias empresas não estão obrigadas e tampouco proibidas de seguir os normativos, mesmo aqueles expedidos agora pelo CFC.


A argumentação de Cruz baseia-se no profissional:

O Conselho Federal de Contabilidade não pode obrigar as empresas, mas fiscaliza o exercício dos profissionais contábeis que trabalham nas empresas! Esses sim são fiscalizados pelos conselhos regionais e estão sujeitos à sansões caso não observem os normativos emitidos pelo sistema CFC/CRC's.


Como a discussão está nas pequenas e médias empresas, temos que considerar que a contabilidade destas empresas é geralmente terceirizada. Os escritórios são contratados para fazer o seu trabalho e provavelmente o proprietário não está interessado na discussão sobre a legalidade da adoção das IFRS. Eles querem que a contabilidade não seja um problema e que seu custo seja o menor possível. A pergunta que interessa seria: os escritórios adotarão as IFRS?

A resposta possível está na própria experiência. Considere para isto a questão do regime de competência. Os escritórios de contabilidade adotam efetivamente o regime de competência? Provavelmente uma análise crítica mostraria que existe uma prevalência mais por um regime de caixa, adaptado em certas situações para parecer um regime de competência.

Se o sistema CFC realmente fiscalizar e punir os escritórios na adoção da IFRS, certamente teremos algo próximo à adoção das IFRS para pequenas e médias empresas. Mas será que o sistema CFC/CRC optará por este desgaste político? Acredito que não.

Campo de Lavanda

Fotos de um campo de Lavanda (ou alfazemas)





Fisco e normas internacionais

Caso o "Diário Oficial da União" desta semana não venha recheado de novidades, as companhias abertas vão completar o terceiro ano sem que haja um esclarecimento formal por parte da Receita Federal sobre como proceder em relação a pelo menos dois pontos relevantes que foram alterados com a adoção das novas normas de contabilidade, que entram em vigor plenamente a partir do exercício social de 2010. Um dos temas polêmicos tem relação com as taxas de depreciação dos bens do ativo imobilizado, como imóveis, máquinas e equipamentos, e o outro está ligado ao cálculo do valor do ágio em aquisições.

Omissão do Fisco causa incerteza sobre ágio - Fernando Torres - Valor Econômico

De certa forma, parece que a forma como as normas internacionais serão adotadas no Brasil ainda depende do Fisco e de sua posição sobre o assunto.

Risco País

Relatório recente do CMA mostra, entre 61 países, aqueles com maior nível de risco:


1. Grécia
2. Venezuela
3. Irlanda
4. Portugal
5. Argentina
6. Espannha
7. Dubai
8. Hungria
9. Iraque
10. Vietnam
11. Itália
12. Islândia

Entre os BRICs a Índia seria o 18o. país mais arricado, seguido da Rússia (21o.), Brasil (37o.) e China (48o.). Na América Latina, o menor risco continua sendo o Chile, na 49a. posição. Os países com menor risco são:


54. Austrália
55. Dinamarca
56. Hong Kong
57. Estados Unidos
58. Suíça
59. Suécia
60. Finlândia
61. Noruega

A posição do risco do Brasil tem melhorado no tempo. Motivos para comemorar? Muita calma, pois um relatório da Nomura considerou o Brasil o grande perdedor na guerra cambial.

Facebook

O Facebook está gerando lucro em ritmo mais rápido que o esperado, e provavelmente atrairá tantos investidores novos este ano que terá de começar a divulgar dados financeiros a partir de abril de 2012, de acordo com documento distribuído pelo Goldman Sachs.

Essa situação pode preparar o terreno para a bastante aguardada oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) do Facebook, em 2012, ainda que não exista garantia de que a companhia optará por vender ações simplesmente por se sentir obrigada a revelar publicamente seus números.

O Facebook, maior serviço mundial de rede social, teve lucro líquido de US$ 355 milhõesnos primeiros nove meses de 2010, com receita de US$ 1,2 bilhão, segundo uma fonte que recebeu os documentos que o Goldman Sachs forneceu a seus clientes.


Documentos do Facebook revelam fortes ganhos em 2010 - Reuters, via Folha de São Paulo

Em geral os empreendimentos iniciais não geram lucros. O Facebook parece ser uma exceção e talvez por isto o interesse da imprensa especializada e dos investidores.