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06 janeiro 2011

Ativo monetário e ativo não monetário

Argentinos como Hernan Valdez estão comprando carros para guardar as suas poupanças. Com a inflação atingindo 30 por cento no próximo ano [2011], para as pessoas é melhor comprar um carro do que ver seu dinheiro desaparecer.

"Quem pode compra um imóvel, mas quem não pode compra carros", disse Valdez.

(...) Nos Estados Unidos, um carro novo desvaloriza cerca de 20 por cento do seu valor logo que sai da concessionária, mas não na Argentina.


Why Argentines invest in cars – The World

Os brasileiros conheceram este problema no período de hiperinflação. Comprar um automóvel significa trocar um ativo monetário (dinheiro ou aplicação financeira) por um ativo não monetário, que não sofre perda ou ganho monetário com a inflação.

IFRS

Após três anos da promulgação da lei 11.638/2007, que estabeleceu as IFRS (International Financial Reporting Standards, ou normas internacionais de contabilidade) como novo padrão contábil para as instituições financeiras, empresas de capital aberto ou de grande porte brasileiras, 2011 tem início com a adoção efetiva e compulsória dessa sistemática de análise das contas empresariais para aquelas corporações.

As demonstrações financeiras de 2010 das chamadas sociedades anônimas, instituições financeiras e empresas que tiveram faturamento bruto de mais de R$ 300 milhões no ano ou que dispõem de ativos totais acima dos R$ 240 milhões (mesmo que não obrigadas a publicar seus números) já deverão ser totalmente expressas de acordo com o padrões internacionais adaptados pelos pronunciamentos técnicos publicados pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), entidade criada no país para adequar as IAS (International Acounting Standards, normas do padrão IFRS) à realidade brasileira.

Assim, é coroado o esforço e trabalho conjunto de anos das classes contábil e de auditores e de entidades, órgãos e instituições como Apimec Nacional, BM&FBovespa, Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi, Ibracon, BCB e CVM para modernizar e adequar os padrões contábeis nacionais às melhores práticas adotadas internacionalmente.

Além de colocar as demonstrações financeiras das empresas brasileiras na mesma "linguagem" adotada por mais de cem países de todo o mundo, o padrão IFRS oferece mais confiabilidade aos sistemas de divulgação de dados empresariais.

Com o novo padrão, abrem-se também novas oportunidades de acesso a crédito às companhias nacionais, a partir da facilitação de relacionamento com as instituições financeiras estrangeiras que, em geral, exigem demonstrações adequadas às normas internacionais de contabilidade para conceder recursos.

Vale destacar que, a partir de agora, o padrão em IFRS torna-se uma referência não só para as empresas que já são obrigadas nesse primeiro momento a adotar o sistema.

A tendência é que o mercado passe a exigir que as demonstrações financeiras de todas as empresas do país passem a ter as IFRS como referência. Esse tipo de exigência deve ser especialmente imposta pelas instituições financeiras na hora de avaliar a capacidade de contratação de crédito das corporações, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes empresas.

Para nós e para nossos colegas contadores e auditores, fica o desafio da constante atualização profissional a partir das exigências que o mercado vier a impor ao longo dos próximos anos em relação à adoção generalizada de demonstrações financeiras seguindo as IFRS.

As normas internacionais de contabilidade vêm trazer às empresas brasileiras mais modernidade, confiabilidade, correção e alinhamento com aquilo que é considerado adequado em todo o mundo quando falamos de demonstrações financeiras.

E, em razão do trabalho árduo e produtivo de profissionais dedicados ao longo dos últimos anos, a adoção das IFRS no Brasil já é um sucesso que reforça o destaque que nosso país tem adquirido no cenário global.


É oficial: as IFRS estão valendo - 04/01/11 - Eduardo Pocetti - CEO da BDO no Brasil

A Genética na Administração


Em Homo Administrans, a revista The Economist (23 de setembro de 2010, dica de Pedro Correa, grato), discute a crescente influência da biologia na ciência administrativa. O gráfico mostra a diferença na escolha da profissão explicada pelos gens. Ou seja, a biologia pode explicar, parcialmente, por que escolhemos ser professor (mais de 50%), finanças (em torno de 35%) ou artes (quase 75%). Além disto, quase 40% da variação dos salários das pessoas é atribuída à genética.

É bem verdade que o ambiente também possui uma parcela importante na explicação destes fatores. Apesar disto, o estudo da genética torna-se cada vez relevante.

Um estudo citado no texto mostra que os genes explicam o grau de extroversão das mulheres, mas não dos homens. Ou seja, nos machos o ambiente é mais relevante.

Assim como a teoria de sistemas, que muito influenciou a administração no passado, a genética parece um campo promissor para os pesquisadores entenderem o que ocorre no ambiente de trabalho. Ou, nas palavras da The Economist,

Resultados como estes são preliminares. Mas eles oferecem a possibilidade de transformar aspectos da ciência da administração em uma verdadeira ciência e uma ciência aplicada

Capitalização do Mercado Acionário


Baseado nos dados de 31 de dezembro de 2010, o mercado acionário brasileiro possui uma capitalização de 1,5 trilhão, aproximadamente. Isto coloca o mercado brasileiro em 11o. lugar no mundo (considerando Hong Kong e China como mercados separados), com 2,8% do mercado. O gráfico mostra que os cinco principais mercados representam 56% da capitalização mundial.

05 janeiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Destaques na área Contábil no século XX

Segundo uma pesquisa realizada em 1998 por José Carlos Marion (O Brasil Contábil, Contabilidade Vista e Revista, v. 9, n. 4, dez 1998, p.46) autores que mais contribuíram para a Contabilidade do Brasil (em ordem alfabética):

Américo Matheus Florentino
Antonio Lopes de Sá
Carlos de Carvalho
Cibilis da Rocha Viana
Eliseu Martins
Francisco D´Auria
Frederico Herrmann Junior
George Sebastião Guerra Leone
Hilário Franco
Horácio Berlinck
José Carlos Marion
Sérgio de Iudícibus

No mesmo texto, autores que mais escreveram artigos:

Antonio Lopes de Sá = 222
Eliseu Martins = 198
João Passarelli = 138
Luiz Antonio Bonfim =138
Authos Pagano = 112

(inclui artigos do Boletim Informativo da IOB)

(Dica: Alexandre Alcantara, grato)

Relação Orientador-Orientando 2

Do livro: Guide to the successful thesis and dissertation: a handbook for students and faculty. Autores: James E. Mauch; e Namgi Park.
Por Isabel Sales

Frases que um orientador detesta ouvir:

“Apenas me fale o que tenho que fazer e o farei”.

“Seria muito mais fácil se você me passasse o tema do trabalho”.

“Eu sei que levei seis meses para revisar o meu levantamento, mas você poderia ler até amanhã?”.

“Vou estudar qualquer tema, desde que não requeira estatística”.

“Não espere que eu saiba o que estou fazendo. Nunca escrevi uma monografia/dissertação/tese antes”.

“Você tem que aceitar essa data, pois organizei para que a minha família voe do outro lado do mundo para a minha formatura”.

“Você não poderia fazer uma exceção?”.

A proteção do orientador é apropriada, mas tem que ser acompanhada pela responsabilidade do orientando em identificar o tema de pesquisa, conduzir pessoalmente o trabalho, estabelecer metas razoáveis e realistas (e alcançá-las), utilizar linguagem clara na escrita. Se o aluno falhar em qualquer um desses aspectos, sem motivo plausível, é hora de repensar e realizar uma avaliação difícil em relação a mudanças de comportamento apropriadas. O orientando tem o direito de saber o que dele é esperado para poder discutir e entender as exigências, assim como para saber as conseqüências ao falhar em cumpri-las.