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26 dezembro 2010

Nova liderança no Fasb

F. Leslie Seidman, um ex-auditora e contadora do JPMorgan , foi nomeada nesta quinta-feira como presidente do Financial Accounting Standards Board , que define as regras contábeis para as empresas americanas.

Seidman, 48, é um membro do conselho desde 2003 e atuando presidente desde o final de setembro, quando Robert H. Herz aposentou inesperadamente. Sua nomeação é para um prazo que termina em 2013, embora ela posssa ser reconduzida.

Ela assume num momento de incerteza para o conselho, cujo papel pode mudar se a Securities and Exchange Commission decidir permitir que as companhias americanas usem as regras promulgadas pelo International Accounting Standards Board.

A nomeação foi anunciada pela Financial Accounting Foundation, que administra a conselho.

(...) Seidman, como membro do conselho de administração, se opôs a uma proposta [de adoção do valor justo], e parece provável que o resultado final será a menor utilização dos valores de mercado do que o Sr. Herz tinha desejado.


Accounting Board Puts Interim Head in Lead Spot - Floyd Norris – 23 dez 2010 – New York Times

25 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio

Natal

Hou Yifan




Terminou a disputa do título mundial de xadrez feminino. A chinesa Hou Yifan derrotou sua compatriota, Ruan Lufei, na disputa de desempate, por 3 a 1.

Yifan tornou-se a 13ª. Campeã mundial. O torneio começou com 64 jogadoras que, por eliminação nos confrontos diretos.

Mesmo sendo a segunda jogadora com maior pontuação entre as participantes, com um rating de 2591, a vitória de Yifan não deixa de ser uma surpresa: ela possui 16 anos de idade. Com 14 anos e 6 meses já era Grande Mestre, um título que somente 22 jogadoras de xadrez possuem (e poucos jogadores brasileiros).

A melhor jogadora de todos os tempos, a húngara Judit Polgar, não participa dos torneios femininos. Judith, a mais forte das irmãs Polgar, que inclui uma ex-campeã do mundo, só joga entre os homens, que geralmente são jogadores mais fortes que as mulheres. Ela já chegou a estar entre os dez jogadores de maior rating do mundo.

As campeãs anteriores foram:

1. Vera Menchik (1927–1944),
2. Lyudmila Rudenko (1950–1953),
3. Elisabeth Bykova (1953–1956 e 1958–1962),
4. Olga Rubtsova (1956–1958),
5. Nona Gaprindashvili (1962–1978),
6. Maya Chiburdanidze (1978–1991),
7. Xie Jun (1991–1996 e 1999–2001),
8. Susan Polgar (1996–1999),
9. Zhu Chen (2001–2004),
10. Antoaneta Stefanova (2004–2006),
11. Xu Yuhua (2006–2008)
12. Alexandra Kosteniuk (2008–2010)

24 dezembro 2010

Feliz Natal



Feliz Natal aos nossos leitores

(Fonte da imagem, aqui)

Rir é o melhor remédio

O que Papai Noel faz enquanto você está dormindo







Rir é o melhor remédio

No clima do Natal, um comercial da Heineken, com direito a música Let Is Snow, comemoração e as lembranças dos últimos dias da Andersen. Fonte: Funny place

Panamericano

Auditores, economistas e advogados que remexem na contabilidade do PanAmericano em busca de explicações para o rombo de R$ 2,5 bilhões não detectaram até agora desfalques dentro do banco de Silvio Santos.

A hipótese mais provável, compartilhada por auditores e delegados da Polícia Federal, é que os diretores do banco tenham desviado dinheiro das empresas não financeiras de Silvio Santos.

Essa hipótese baseia-se na constatação de que pelo menos três ex-diretores do banco têm um patrimônio incompatível com os salários de R$ 50 mil, sem bônus, baixos para o setor.

A escolha das empresas não financeiras tem um sentido estratégico, na visão dos investigadores: elas não são monitoradas pelo Banco Central, o que dificulta a descoberta de eventuais desvios.

Três dos diretores do PanAmericano também eram diretores de outras empresas de Silvio Santos. A PF vai concentrar sua investigação nessas empresas.

O trio seria composto por Rafael Paladino, ex-superintendente, Wilson Roberto de Aro, ex-diretor financeiro, e Adalberto Savioli, ex-diretor de crédito, segundo os investigadores.

Com notas aparentemente frias, eles retiraram cerca de R$ 70 milhões das empresas não financeiras de Silvio Santos, segundo um levantamento ainda não concluído ao qual a Folha teve acesso. Especialistas envolvidos na apuração acreditam que esse valor não deve ultrapassar a casa dos R$ 100 milhões.

Para quem olha só os dados contábeis, é quase um crime perfeito, define um advogado envolvido na apuração, já que os recursos retirados pelos diretores saíram de outras empresas.

SOFTWARE

Os auditores ficaram impressionados com a sofisticação do software usado para maquiar a contabilidade. O funcionamento foi revelado pelo chefe da contabilidade do PanAmericano, Marco Antonio Pereira da Silva, que decidiu colaborar com a PF.

O esquema de fraude é o mesmo descoberto pelo Banco Central em setembro: o PanAmericano vendia carteiras de crédito para outros bancos, mas não dava baixa, o que fazia crer que a instituição tinha mais recursos a receber do que o fluxo real.

O PanAmericano fatiava os crediários e os vendia para bancos diferentes. Imagine um cliente que comprou um carro usado em 48 prestações mensais. O PanAmericano dividia essas 48 prestações em quatro e vendia um pedaço desse crédito para quatro bancos diferentes.

Quando surgia um rombo, o software fazia uma busca aleatória nos créditos vendidos, arranjava os valores necessários e apresentava-os como se não estivessem em mãos de outro banco.

OUTRO LADO

Os advogados de Rafael Palladino, Wilson Roberto de Aro e Adalberto Savioli não quiseram se pronunciar sobre a hipótese de que recursos teriam sido desviados das empresas não financeiras de Silvio Santos, e não do Banco PanAmericano. Eles afirmam que não conhecem detalhes dessa investigação para opinar sobre ela.

ENTENDA O CASO

O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, precisou colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O dinheiro virá de empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.

DE PERTO

Para ficar mais perto do comando de seu grupo após a fraude no Banco PanAmericano, Silvio Santos anunciou no final de novembro que irá mudar a administração de suas empresas para o Complexo Anhanguera, sede do SBT.

Essa foi a primeira decisão importante depois que Luiz Sandoval pediu demissão, no mês passado, da presidência do Grupo Silvio Santos, que reúne 44 empresas. Sandoval foi substituído por Guilherme Stoliar, sobrinho e homem de confiança do apresentador.

A mudança de endereço da sede do grupo e a nomeação de Stoliar são vistos como sinal de que Silvio deverá priorizar o SBT na administração da crise.


Stoliar era diretor-executivo do SBT e um dos grandes defensores da concentração da holding no complexo.



PF investiga outras empresas de Sílvio Santos - Folha de S Paulo - Mário César Carvalho - 23 dez 2010