Natal
25 dezembro 2010
Hou Yifan
Terminou a disputa do título mundial de xadrez feminino. A chinesa Hou Yifan derrotou sua compatriota, Ruan Lufei, na disputa de desempate, por 3 a 1.
Yifan tornou-se a 13ª. Campeã mundial. O torneio começou com 64 jogadoras que, por eliminação nos confrontos diretos.
Mesmo sendo a segunda jogadora com maior pontuação entre as participantes, com um rating de 2591, a vitória de Yifan não deixa de ser uma surpresa: ela possui 16 anos de idade. Com 14 anos e 6 meses já era Grande Mestre, um título que somente 22 jogadoras de xadrez possuem (e poucos jogadores brasileiros).
A melhor jogadora de todos os tempos, a húngara Judit Polgar, não participa dos torneios femininos. Judith, a mais forte das irmãs Polgar, que inclui uma ex-campeã do mundo, só joga entre os homens, que geralmente são jogadores mais fortes que as mulheres. Ela já chegou a estar entre os dez jogadores de maior rating do mundo.
As campeãs anteriores foram:
1. Vera Menchik (1927–1944),
2. Lyudmila Rudenko (1950–1953),
3. Elisabeth Bykova (1953–1956 e 1958–1962),
4. Olga Rubtsova (1956–1958),
5. Nona Gaprindashvili (1962–1978),
6. Maya Chiburdanidze (1978–1991),
7. Xie Jun (1991–1996 e 1999–2001),
8. Susan Polgar (1996–1999),
9. Zhu Chen (2001–2004),
10. Antoaneta Stefanova (2004–2006),
11. Xu Yuhua (2006–2008)
12. Alexandra Kosteniuk (2008–2010)
24 dezembro 2010
Rir é o melhor remédio
No clima do Natal, um comercial da Heineken, com direito a música Let Is Snow, comemoração e as lembranças dos últimos dias da Andersen. Fonte: Funny place
Panamericano
Auditores, economistas e advogados que remexem na contabilidade do PanAmericano em busca de explicações para o rombo de R$ 2,5 bilhões não detectaram até agora desfalques dentro do banco de Silvio Santos.
A hipótese mais provável, compartilhada por auditores e delegados da Polícia Federal, é que os diretores do banco tenham desviado dinheiro das empresas não financeiras de Silvio Santos.
Essa hipótese baseia-se na constatação de que pelo menos três ex-diretores do banco têm um patrimônio incompatível com os salários de R$ 50 mil, sem bônus, baixos para o setor.
A escolha das empresas não financeiras tem um sentido estratégico, na visão dos investigadores: elas não são monitoradas pelo Banco Central, o que dificulta a descoberta de eventuais desvios.
Três dos diretores do PanAmericano também eram diretores de outras empresas de Silvio Santos. A PF vai concentrar sua investigação nessas empresas.
O trio seria composto por Rafael Paladino, ex-superintendente, Wilson Roberto de Aro, ex-diretor financeiro, e Adalberto Savioli, ex-diretor de crédito, segundo os investigadores.
Com notas aparentemente frias, eles retiraram cerca de R$ 70 milhões das empresas não financeiras de Silvio Santos, segundo um levantamento ainda não concluído ao qual a Folha teve acesso. Especialistas envolvidos na apuração acreditam que esse valor não deve ultrapassar a casa dos R$ 100 milhões.
Para quem olha só os dados contábeis, é quase um crime perfeito, define um advogado envolvido na apuração, já que os recursos retirados pelos diretores saíram de outras empresas.
SOFTWARE
Os auditores ficaram impressionados com a sofisticação do software usado para maquiar a contabilidade. O funcionamento foi revelado pelo chefe da contabilidade do PanAmericano, Marco Antonio Pereira da Silva, que decidiu colaborar com a PF.
O esquema de fraude é o mesmo descoberto pelo Banco Central em setembro: o PanAmericano vendia carteiras de crédito para outros bancos, mas não dava baixa, o que fazia crer que a instituição tinha mais recursos a receber do que o fluxo real.
O PanAmericano fatiava os crediários e os vendia para bancos diferentes. Imagine um cliente que comprou um carro usado em 48 prestações mensais. O PanAmericano dividia essas 48 prestações em quatro e vendia um pedaço desse crédito para quatro bancos diferentes.
Quando surgia um rombo, o software fazia uma busca aleatória nos créditos vendidos, arranjava os valores necessários e apresentava-os como se não estivessem em mãos de outro banco.
OUTRO LADO
Os advogados de Rafael Palladino, Wilson Roberto de Aro e Adalberto Savioli não quiseram se pronunciar sobre a hipótese de que recursos teriam sido desviados das empresas não financeiras de Silvio Santos, e não do Banco PanAmericano. Eles afirmam que não conhecem detalhes dessa investigação para opinar sobre ela.
ENTENDA O CASO
O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, precisou colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O dinheiro virá de empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.
A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.
DE PERTO
Para ficar mais perto do comando de seu grupo após a fraude no Banco PanAmericano, Silvio Santos anunciou no final de novembro que irá mudar a administração de suas empresas para o Complexo Anhanguera, sede do SBT.
Essa foi a primeira decisão importante depois que Luiz Sandoval pediu demissão, no mês passado, da presidência do Grupo Silvio Santos, que reúne 44 empresas. Sandoval foi substituído por Guilherme Stoliar, sobrinho e homem de confiança do apresentador.
A mudança de endereço da sede do grupo e a nomeação de Stoliar são vistos como sinal de que Silvio deverá priorizar o SBT na administração da crise.
Stoliar era diretor-executivo do SBT e um dos grandes defensores da concentração da holding no complexo.
PF investiga outras empresas de Sílvio Santos - Folha de S Paulo - Mário César Carvalho - 23 dez 2010
23 dezembro 2010
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