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16 dezembro 2010

Sobre a contabilidade

Veja o seguinte texto e os comentários:


Criar e manter valor na Contabilidade [1] é um desafio que envolve a partilha e troca de ideias sobre as mais recentes tendências comerciais e econômicas globais. Além disso, a discussão das atualizações sobre as novas normas internacionais, o desenvolvimento de novos conhecimentos e o reforço da competitividade nas questões relacionadas ao crescimento [2] são itens de relevância para os rumos da profissão contábil. Os temas foram debatidos no Congresso Mundial de Contabilidade (WCOA), que aconteceu em novembro no centro de Convenções de Kuala Lumpur, na Malásia. O contador Paulo Ricardo Pinto Alaniz, sócio-diretor de auditoria da BDO de Porto Alegre, esteve lá e compartilha com os leitores do JC Contabilidade alguns aspectos debatidos no evento.

JC Contabilidade - Quais as principais reflexões que ficaram a partir dos debates do Congresso Mundial de Contabilidade?

Paulo Ricardo Pinto Alaniz - A crise financeira mundial ocorrida em 2008/2009 criou novas e antigas [3] preocupações em relação à importância e ao papel de informações financeiras para análise de negócios. Na análise dos fatos ocorridos na última crise financeira mundial, destacam-se os aspectos de que não foi possível “parar” a crise [4] e não foi feito “alerta” [5] sobre o que poderia acontecer. Em decorrência desses fatos a consequência foi a perda de confiabilidade nas informações financeiras divulgadas. O tema central dos assuntos tratados no congresso é a sustentabilidade como imperativo global. Nesse sentido, foi estabelecida ênfase em relação à veracidade das informações divulgadas. A discussão foi centrada no fato de que a verdade produz demonstrações financeiras de qualidade. [6]

Contabilidade – Que desafios foram comentados como unanimidade no cenário contábil mundial?

Alaniz – Ficaram evidentes as dificuldades de criar indicadores de bases financeiras que possam ser comuns a todas as empresas [7]. A principal preocupação é de que não sejam criadas fantasias e sim demonstrada a realidade dos negócios.


Encontro na Malásia define novos rumos para a contabilidade mundial

O texto continua e pode ser lido no link acima.

[1] A contabilidade não cria valor. Ajudar a mensurar.
[2] Não sei se este item é relevante para profissão contábil.
[3] Como é criar “antigas preocupações”
[4] se tivesse sido possível parar a crise, não seria uma crise, correto?
[5] alerta foi feito (vide Taleb e o livro Cisne Negro)
[6] Não necessariamente. Não adiante relatar a verdade se você não tem instrumentos para isto. As características da informação contábil, existente no Pronunciamento Conceitual do CPC, pode ajudar a esclarecer isto.
[7] Este é um problema antigo.

15 dezembro 2010

Enquete

Do lado esquerdo do blog, uma enquete: qual o fato do ano na área contábil? As opções são:

a) as auditorias da Deloitte, que inclui o Panamericano
b) a implantação do sistema de custo na contabilidade pública
c) a escolha do novo presidente do Iasb e a saída inesperada do presidente do Fasb
d) as divergências na convergência contábil: Iasb e Fasb e Bacen (que não adotou plenamente as normas do CPC) e CPC.

Votem até o dia 22.

Rir é o melhor remédio


Fuga da prisão e o Wikileaks

Teste #395

A revista Time fez uma listagem dos dez grandes negócios de 2010. Juntamente com fatos mundiais, um dos itens está relacionado com o Brasil. Este evento seria:

a compra da Burger King por um fundo de investimento do Brasil
a oferta de ações da Petrobras
a presença de um brasileiro entre os mais ricos do mundo

Resposta do Anterior: 41,3 bilhões de dólares. Fonte: aqui

Homem Aranha na Brodway

Um interessante exercício de custo e lucratividade foi realizado por Rampell Catherine para o New York Times (Spider-Man Economics: recouping that initial investment).

Trata-se do musical sobre o Homem Aranha, que deverá estrear na Broadway. Este musical terá um investimento de 65 milhões de dólares, que é um recorde em termos de musicais. Para se ter uma idéia, o musical de Shrek teve um orçamento de 50% deste valor. Mas será que o dinheiro gasto vale a pena?

O exercício sobre a viabilidade financeira do negócio é interessante. Semanalmente serão apresentadas oito vezes o musical, num teatro com capacidade de 1932 lugares. O valor do ingresso varia conforme a sessão, a peça e uma série de outras variáveis. Usando dados passados de outras peças, poderia considerar um ingresso médio de 111 dólares e uma ocupação de 96% do teatro (que só deverá ocorrer se a peça for um sucesso). Com estes dados é possível calcular a receita bruta da peça em cada semana:

Receita = Valor do Ingresso x Quantidade de Assentos do Teatro x Ocupação média x número de apresentações por semana
Receita Bruta = 111 x 1932 x 96% x 8 = 1 646 991

Deste valor é necessário retirar descontos diversos, como as tarifas pagas para administradoras de cartão de crédito. Estima-se que estes descontos cheguem a 10% do valor da receita bruta:

Receita Líquida = Receita Bruta (1 – Descontos)
Receita Líquida = 1 646 991 x 90% = 1 482 292

O custo semanal de manutenção, que inclui salários de atores, aluguel e eletricidade, deve estar em torno de um milhão de dólar. O valor após este custo é:

Resultado após Custos de Manutenção = 1 482 292 – 1 000 000 = 482 292

Sobre o valor acima é necessário considerar os royalties e outras despesas, que geralmente são despesas variáveis. Uma estimativa é que estas despesas representem 35% do valor:

Resultado após Despesas Variáveis = 482 292 x 65% = 313 489

Este é o valor que irá sobrar por semana. Como o investimento realizado foi de 65 milhões de dólares, pode-se obter em quantas semanas o investimento será retornado:

Retorno do Investimento em semanas = 65 000 000 / 313 489 = 207 semanas

Ou quase quatro anos. A peça deve permanecer em cartaz em até quatro anos para que o investimento se pague. É viável? Algumas peças ficaram em cartaz menos que isto: A pequena sereia ficou um pouco mais de um ano.

Wikileaks

Entre as informações divulgadas pelo Wikileaks, alguns poucos tópicos sobre a contabilidade. Destaque para a pressão do governo de Moscou contra a PwC em razão da empresa de auditoria na Yukos. Esta informação, por sinal, engrandece a PwC.

Custo de um ataque de vírus na internet

Diante dos ataques de hackers nos sítios da PayPal, Visa e MasterCard uma pergunta: quanto custa?

Baseado em situações ocorridas no passado com o Google, um texto do New York Times (F.B.I. Memos Reveal Cost of a Hacking Attack, Verne Kopytoff, 14 dez 2010) os valores são elevados.

Em 2005, a Google usou uma equipe de engenheiros para combater um vírus. A estimativa foram custos, em termos de homens hora e perda de receita, acima de 500 mil dólares.