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14 novembro 2010

Panamericano e Jequiti

Negócio de venda direta de cosméticos é cortejado por concorrentes e fundos de investimento, diz Carmo Jr., presidente da empresa

A Jequiti Cosméticos, uma das 44 empresas do Grupo Silvio Santos, é considerada pelo presidente da companhia, Lásaro do Carmo Jr, a “joia da coroa” do conglomerado e deve ter papel preponderante na operação de salvamento do Banco Panamericano.

Segundo o Estado apurou, ela é avaliada em R$ 800 milhões pelo mercado. A outra empresa mais valiosa do Grupo é o próprio Panamericano, cujo valor do controle é estimado em R$ 1 bilhão. O patrimônio do Grupo é calculado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em R$ 2,7 bilhões, mas somente a venda dessas duas empresas pode render quase R$ 2 bilhões.

Além de mais valiosas, as empresas do grupo ligadas ao varejo - além do banco e da empresa de cosméticos, inclui o Hotel Jequitimar e outros empreendimentos imobiliários - têm mais liquidez e, portanto, são as mais fáceis de serem passadas para frente. O mesmo não acontece com a Liderança Capitalização (Tele sena) e o Baú da Felicidade. E a situação fica ainda mais difícil no negócio das emissoras de TV. Além de se tratar de concessão a pessoa física, há restrições à participação de estrangeiros nos meios de comunicação.

“Todo mundo está de olho na Jequiti: fundos de investimento e empresas concorrentes. No momento, a empresa ainda não está à venda. Temos solidez e queremos alçar voos maiores”, diz Carmo Jr. Ele não revela se a empresa, especializada em venda direta de cosméticos e que concorre com gigantes do setor, como Avon e a Natura, tem lucro. Mas ressalta que a geração de caixa é positiva. Isto é, a companhia se sustenta operacionalmente e não precisa recorrer com regularidade a bancos.

Salto. Outro fator que faz da empresa a “joia da coroa” é a sua rápida evolução. Fundada em 2006, a Jequiti deve fechar este ano faturando entre R$ 380 e R$ 400 milhões, com crescimento de 80% em relação a 2009. Desde 2007, a receita foi multiplicada por 20. Hoje tem 160 mil revendedoras. Até dezembro serão 170 mil.

Se a projeção de vendas para este ano se confirmar, a Jequiti responderá por cerca de 10% da receita do grupo. A perspectiva é de que o faturamento atinja R$ 1 bilhão até 2013 e essa unidade se torne o pilar do conglomerado até 2015, ao lado do Banco Panamericano, prevê o executivo.

Apesar do revés sofrido na semana passada, com a descoberta de uma fraude no Panamericano, que levou Silvio Santos a ter de dar o conglomerado em garantia para obter um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do FGC, Carmo Jr. está otimista. Diz que os planos da Jequiti de ter a primeira fábrica e de construir novos centros de distribuição em Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Belém (PR) estão mantidos.

“Continuamos em voo de cruzeiro e vamos ter de trabalhar mais”, afirma o executivo. Ele conta que o projeto da fábrica está pronto. A meta é iniciar as obras em janeiro de 2011 e colocá-la em operação no início de 2013.

A indústria, que será erguida no complexo Anhanguera, onde fica o SBT, está orçada em R$ 80 milhões. A companhia vai buscar no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros agentes financiadores os recursos.

“Não ter uma fábrica é um fator limitador de crescimento”, diz Carmo Jr. Atualmente, a empresa vende 750 itens, dos quais 500 cosméticos e 250 não cosméticos. A formulação dos cosméticos é desenvolvida pela Jequiti e os produtos são fabricados por sete indústrias.

Segunda-feira passada, véspera do anúncio da operação de salvamento do Panamericano, a Jequiti ganhou o 18.º Prêmio Atualidade Cosmética, como melhor empresa do ano, à frente de Natura e Unilever, pelo crescimento de 153% no primeiro semestre.

O Brasil é o terceiro maior mercado de cosméticos do mundo, com vendas de R$ 12,9 bilhões em 2009. A venda direta é o canal que mais cresce depois das franquias. Procuradas pelo Estado, a Natura informa que não se interessa pela Jequiti e a Avon não fala sobre a concorrência.


Jequiti é a 'joia da coroa' do Grupo SS - Márcia De Chiara e Marcelo Rehder - 14 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Desvio de dinheiro no Panamericano II

O Banco Central encontrou o primeiro indício concreto de desvio de dinheiro no PanAmericano.

Um único cliente pessoa física recebia mais de R$ 120 milhões de rendimento por ano numa aplicação na instituição, a taxas muito superiores às de mercado.

Técnicos do BC suspeitam que os juros do investimento eram inflados artificialmente para camuflar a saída dos recursos. Não se sabe ainda se o cliente está envolvido no suposto esquema.

O titular da aplicação é o empresário Adalberto Salgado, de Juiz de Fora (MG). Ele mantinha R$ 400 milhões num CDB (Certificado de Depósito Bancário) do PanAmericano, que o remunerava a mais de 30% ao ano.

O BC já havia identificado problemas na contabilidade, mas não tinha indícios de desvio de dinheiro.

O CDB é um instrumento usado pelos bancos para captar recursos. O investidor empresta dinheiro ao banco e recebe juros baseados no CDI -taxa cobrada nas transações entre instituições financeiras. O CDI segue a taxa básica da economia (Selic), hoje em 10,75% ao ano.

Em sua aplicação, o empresário obteve 20% ao ano de retorno mais o total do CDI -cerca de 30,75%. O prazo da aplicação é de cinco anos.

Bancos menores e de médio porte, como o PanAmericano, costumam pagar taxas superiores ao CDI dependendo do valor investido e do prazo. Ainda assim, segundo executivos do mercado, uma taxa polpuda chegaria a, no máximo, em torno de 105% do CDI (cerca 11,3% ao ano). (...)


Cliente ganha R$ 120 mi em banco de Silvio - 14 Nov 2010 - Folha de São Paulo
LEONARDO SOUZA & MARIO CÉSAR CARVALHO

Maquiagem

A operação do PanAmericano, que quase foi à falência por conta de um rombo de R$2,5 bilhões, era deficitária, mas os executivos que comandavam o banco "maquiavam" o balanço, transformando lucro em prejuízo, para "garantir seus prêmios".

É isso que Silvio Santos, o dono do PanAmericano, acredita ter ocorrido com seu banco, segundo entrevista concedida à revista "Veja".

Silvio Santos fez, no entanto, a ressalva de que "não entende" o suficiente do negócio bancário para ter certeza sobre o que teria ocorrido com a instituição. "Só saberemos exatamente o que houve quando as investigações terminarem", disse.

Na entrevista, o empresário afirmou que, em 2005, o Citibank, gigante norte-americano do setor bancário, fez uma oferta de R$ 1,3 bilhão pelo PanAmericano.

Silvio Santos afirma que recusou a oferta do Citi porque o banco "deixou claro que demitiria um número muito grande de nossos 5.000 funcionários".

Diferentemente do que havia declarado em entrevista concedida à Folha na última quinta-feira, Silvio Santos disse à "Veja" que não pretende vender sua rede de televisão, o SBT. A rede valeria R$ 1 bilhão, segundo ele.

"Se tiver mesmo que vendê-la, isso vai acontecer daqui a oito ou dez anos", disse.

O empresário confirmou que as demais empresas do seu império de negócios (incluindo o próprio PanAmericano e indústrias de cosméticos) podem ser vendidas para cobrir o empréstimo.

Só o banco valeria R$ 1,2 bilhão e a empresa de cosmético, mais R$ 800 milhões.

Silvio Santos afirmou ainda que ficou sabendo que o Banco Central havia detectado problemas nas contas do PanAmericano no dia 11 de setembro e que o problema com o banco vai retardar sua aposentadoria, inicialmente planejada para 2011, quando terá 80 anos.


Silvio Santos diz que "maquiagem" ocultava deficit - 14 Nov 2010 - Folha de São Paulo

13 novembro 2010

Rir é o melhor remédio

O tenista McEnroe numa propaganda onde discute com o guarda de trânsito sobre o carro estar ou não na linha.

Fonte: Funnyvideo

Por que a Deloitte erra Tanto


O economista aposentado Enrique Garcia tomou um empréstimo consignado, garantido por sua aposentadoria, no Banco PanAmericano, que já foi pago. Pouco mais de um ano depois, o microempresário Fábio Casagrande financiou a compra de seu Ford Ka com a ajuda do banco.

Eles não se conhecem, mas têm uma coisa em comum: os pagamentos de Garcia foram usados para quitar as dívidas de Casagrande. Os empréstimos concedidos pelo PanAmericano eram empacotados em grandes carteiras, posteriormente vendidas várias vezes para bancos diferentes. O dinheiro dos novos créditos pagava os juros dos antigos.

O objetivo da fraude era engordar os ativos e os lucros do banco, e turbinar a remuneração dos executivos. Foi essa pirâmide financeira fraudulenta que gerou o rombo de R$ 2,5 bilhões no banco de Silvio Santos, em um processo construído pelo menos há quatro anos – e, por incrível que pareça, a Deloitte, responsável pela auditoria dos balanços, não enxergou nada.

“As auditorias, a interna e a externa, não perceberam o que estava acontecendo”, diz Celso Antunes da Costa, novo diretor-superintendente do Panamericano que tomou posse na terça-feira 9. Em teoria, as empresas de auditoria são pagas para garantir a confiabilidade das informações publicadas pelas empresas.

Na prática, a Deloitte chancelou o balanço do PanAmericano referente ao segundo semestre de 2010 sem ressalvas, o que certamente prejudicou clientes, aconistas e colocou em risco a própria economia. Como um rombo desse tamanho passou despercebido? “Pode ser que alguém do banco ou da auditoria tenha indicado que havia diferenças de valores, mas, se isso ocorreu, a apuração não avançou”, diz Costa, que já colocou na agenda a busca de outra auditoria. “Não há clima para continuarmos com a Deloitte.”

O erro de R$ 2,5 bilhões da auditoria no PanAmericano é mais uma derrapada em uma lista de casos parecidos. A Deloitte estava encarregada de auditar as contas da Parmalat, que quebrou em 2003 deixando um buraco de US$ 1,8 bilhão. Também era a responsável pelas contas da empresa de lentes de contato Bausch & Lomb, cujos executivos da subsidiária brasileira desviaram US$ 25 milhões (na época, a Deloitte negou que auditava as contas da empresa).

Mais recentemente, a Deloitte também olhava os números da Aracruz, empresa de celulose que perdeu R$ 1,95 bilhão em operações com derivativos cambiais em 2008. A Deloitte tinha de garantir que as informações prestadas pelo banco fossem consistentes, mas não foi a única empresa a esquadrinhar os números do PanAmericano.

A venda de 36% do seu capital total e 49,99% das suas ações ordinárias para a Caixa Econômica Federal teve a assessoria do banco Fator e da auditoria KPMG, que também não perceberam nada de errado nos números. Durante a negociação, o Fator encontrou divergências em dívidas trabalhistas e tributárias, que reduziram a avaliação do PanAmericano em R$ 100 milhões, mas essas diferenças são normais em vendas de empresas, diz Venilton Tadini, diretor de banco de investimentos do Fator.

Ele afirma que seria impossível encontrar o rombo nos ativos “Não tivemos acesso completo aos dados, não podíamos ver quem eram os compradores das carteiras de crédito.” O executivo diz que nem o Fator nem a KPMG puderam ir fundo na pesquisa. “Não fomos autorizados a consultar a Deloitte, pois o banco temia ter de divulgar ao mercado que estava procurando um sócio”, diz ele. “Se o negócio não fechasse, o PanAmericano quebrava, pois a confiança do mercado ficaria arranhada.”

Isso já ocorreu. A recepcionista Janaína dos Santos tomou um empréstimo no Panamericano há dois meses para financiar a compra de um carro. “Não dá para confiar em um banco que tem fraude”, diz. Procurada, a Deloitte divulgou uma nota em que diz ser “uma empresa presente no Brasil desde 1911, que atende a cinco mil clientes e com quatro mil profisionais pautados pela mais estrita ética, transparência e profissionalismo”. Ah, bom.

Por que a Deloitte erra tanto - Por Cláudio Gradilone

Desvio de dinheiro no Panamericano

Além da fraude contábil para esconder prejuízos, funcionários fizeram operações suspeitas na área de cartões de crédito

A investigação do rombo no Panamericano aponta para o desvio de recursos por funcionários do banco. O foco está na área de cartões de crédito. Durante a investigação, diretores já demitidos admitiram que financiavam o saldo de devedores dos cartões em valores superiores à dívida real.

Assim, o dinheiro que saía do caixa do banco era superior ao que os clientes financiavam. Do rombo total de R$ 2,5 bilhões do Panamericano, R$ 400 milhões tiveram origem nos cartões.

Se a suspeita for confirmada, como acreditam pessoas envolvidas na investigação, serão ao menos duas as causas do rombo: desvio, provavelmente para o bolso de funcionários, e maquiagem dos balanços para esconder os maus resultados do banco.

Ao contrário do que ocorreu na venda de carteiras de crédito para outros bancos, nos cartões houve efetiva saída de dinheiro. “Os recursos saíram do banco. O trabalho agora é descobrir onde foram parar”, afirma uma fonte a par do assunto. “Ainda está tudo muito nebuloso.”

Para fazer financiamentos a mais, os executivos usavam as procurações que os clientes no Brasil concedem à administradora quando aderem ao cartão. Com elas, a administradora ia ao banco para contratar financiamento em nome do cliente quando este parcelava o saldo devedor.

Ontem, o Ministério Público Federal em São Paulo recebeu a notificação do Banco Central (BC) para investigar o caso. Também ontem, a Polícia Federal (PF) informou que abriu investigação.

Internamente, as irregularidades serão apuradas pela nova diretoria e pela PriceWaterhouseCoopers, auditoria indicada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que emprestou R$ 2,5 bilhões para Silvio Santos salvar o Panamericano.

Um dos obstáculos que os investigadores vão encontrar é que o setor de cartões de crédito no Brasil vive uma espécie de ‘limbo jurídico’. Nenhum órgão de governo é responsável pela fiscalização da área. Além disso, a administradora de cartões do Panamericano não está subordinada ao banco.

A hipótese de que os antigos diretores forjaram os balanços para engordar os bônus perdeu força porque o Panamericano não tinha essa política de remuneração. Segundo um documento enviado pelo banco à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os diretores ganhariam este ano R$ 4,542 milhões entre salários e benefícios diretos ou indiretos. Não havia previsão para remuneração variável.

Crivos. A contabilidade do Panamericano passou por vários crivos ao longo dos últimos anos. Nenhum deles detectou as fraudes. Segundo o BC, a maquiagem dos números começou em 2006. Em novembro do ano seguinte, o Panamericano emitiu ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Com a operação, arrecadou quase R$ 777 milhões. “Abrir capital na bolsa é muito chato”, afirma um banqueiro. “Envolve advogados, auditores, investidores. Como é que ninguém viu?”

No fim do ano passado, os auditores e negociadores da Caixa Econômica Federal também mergulharam nas contas do Panamericano quando o banco estatal comprou 49% do capital votante do banco de Silvio Santos por R$ 739 milhões. Mais uma vez, ninguém viu.


Investigação indica desvio de dinheiro no Panamericano - David Friedlander e Leandro Modé - 13 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Caixa, Panamericano e Consultorias

A Caixa Econômica Federal deve interpelar a KPMG e o Banco Fator para prestarem esclarecimento sobre a auditoria que fizeram nas contas do Banco Panamericano. A interpelação extrajudicial tem como objetivo saber por que as empresas não identificaram a fraude que resultou no rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano. A partir daí, a Caixa decidirá se entrará ou não com alguma medida judicial.

No momento, a avaliação da estatal é de que não há motivos para acionar judicialmente as companhias, pois não houve prejuízos financeiros. Toda a “inconsistência patrimonial” detectada pelo Banco Central foi coberta com um aporte do acionista controlador, no caso, o Grupo Silvio Santos.

“Não cabe nesse primeiro momento uma ação judicial. Por isso, estamos estudando interpelar as empresas extrajudicialmente para questionar o trabalho realizado. Se não formos convencidos (das respostas aos questionamentos), entraremos com ação na Justiça”, explicou uma fonte ao Estado. “Os representantes da Caixa já estão no banco e agora será possível verificar mais de perto o que aconteceu”, acrescentou.

No final do ano passado, após as auditorias internas e externas não identificarem problemas nos balanços patrimoniais do Panamericano, a Caixa adquiriu 49% das ações da instituição do Grupo Silvio para ampliar a atuação em setores em que não tem muita presença como, por exemplo, financiamento de carros usados.

Na ocasião, o governo federal estimulou a compra de carteiras de crédito de bancos pequenos e de médio porte devido à falta de liquidez provocada pela crise econômica mundial. O objetivo era impedir que essas instituições quebrassem.

O que a Caixa considera inaceitável e está apurando é o motivo pelo qual as empresas de auditoria KPMG, Banco Fator e Delloite não identificaram indícios de irregularidades nos balanços do Panamericano.

Neste primeiro momento, segundo a fonte, serão interpeladas extrajudicialmente a KPMG e Banco Fator.

Fantasma do Nacional. No BC, o clima entre os técnicos da fiscalização não é dos mais tranquilos. A avaliação é que um caso como esse não deveria passar, principalmente em área de crédito onde as instituições financeiras têm intensificado as operações. Desde o caso do Banco Nacional (que teve a liquidação decretada em novembro de 1995 por incluir em seus balanços créditos fictícios), houve aumento no quadro de funcionários na área de fiscalização, assim como os investimentos em sistema de monitoramento.

Oficialmente, no entanto, o BC informa que “agiu na hora certa, pois, a autoridade reguladora e fiscalizadora age a tempo e a hora quando: detecta o problema, determina a solução do problema, a solução é implementada antes que haja qualquer prejuízo ao poder público, a credores e a terceiros”.

O problema, segundo algumas fontes, é que a fraude no Panamericano estaria acontecendo há três ou quatro anos e nada foi constatado nas fiscalizações do BC.

Na terça-feira à noite, o Panamericano divulgou fato relevante informando o aporte de R$ 2,5 bilhões do Grupo Silvio Santos para cobrir “inconsistências patrimoniais” encontradas pelo Banco Central.


Caixa decide interpelar consultorias - Edna Simão - 13 Nov 2010 - O Estado de São Paulo