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14 novembro 2010

Maquiagem

A operação do PanAmericano, que quase foi à falência por conta de um rombo de R$2,5 bilhões, era deficitária, mas os executivos que comandavam o banco "maquiavam" o balanço, transformando lucro em prejuízo, para "garantir seus prêmios".

É isso que Silvio Santos, o dono do PanAmericano, acredita ter ocorrido com seu banco, segundo entrevista concedida à revista "Veja".

Silvio Santos fez, no entanto, a ressalva de que "não entende" o suficiente do negócio bancário para ter certeza sobre o que teria ocorrido com a instituição. "Só saberemos exatamente o que houve quando as investigações terminarem", disse.

Na entrevista, o empresário afirmou que, em 2005, o Citibank, gigante norte-americano do setor bancário, fez uma oferta de R$ 1,3 bilhão pelo PanAmericano.

Silvio Santos afirma que recusou a oferta do Citi porque o banco "deixou claro que demitiria um número muito grande de nossos 5.000 funcionários".

Diferentemente do que havia declarado em entrevista concedida à Folha na última quinta-feira, Silvio Santos disse à "Veja" que não pretende vender sua rede de televisão, o SBT. A rede valeria R$ 1 bilhão, segundo ele.

"Se tiver mesmo que vendê-la, isso vai acontecer daqui a oito ou dez anos", disse.

O empresário confirmou que as demais empresas do seu império de negócios (incluindo o próprio PanAmericano e indústrias de cosméticos) podem ser vendidas para cobrir o empréstimo.

Só o banco valeria R$ 1,2 bilhão e a empresa de cosmético, mais R$ 800 milhões.

Silvio Santos afirmou ainda que ficou sabendo que o Banco Central havia detectado problemas nas contas do PanAmericano no dia 11 de setembro e que o problema com o banco vai retardar sua aposentadoria, inicialmente planejada para 2011, quando terá 80 anos.


Silvio Santos diz que "maquiagem" ocultava deficit - 14 Nov 2010 - Folha de São Paulo

13 novembro 2010

Rir é o melhor remédio

O tenista McEnroe numa propaganda onde discute com o guarda de trânsito sobre o carro estar ou não na linha.

Fonte: Funnyvideo

Por que a Deloitte erra Tanto


O economista aposentado Enrique Garcia tomou um empréstimo consignado, garantido por sua aposentadoria, no Banco PanAmericano, que já foi pago. Pouco mais de um ano depois, o microempresário Fábio Casagrande financiou a compra de seu Ford Ka com a ajuda do banco.

Eles não se conhecem, mas têm uma coisa em comum: os pagamentos de Garcia foram usados para quitar as dívidas de Casagrande. Os empréstimos concedidos pelo PanAmericano eram empacotados em grandes carteiras, posteriormente vendidas várias vezes para bancos diferentes. O dinheiro dos novos créditos pagava os juros dos antigos.

O objetivo da fraude era engordar os ativos e os lucros do banco, e turbinar a remuneração dos executivos. Foi essa pirâmide financeira fraudulenta que gerou o rombo de R$ 2,5 bilhões no banco de Silvio Santos, em um processo construído pelo menos há quatro anos – e, por incrível que pareça, a Deloitte, responsável pela auditoria dos balanços, não enxergou nada.

“As auditorias, a interna e a externa, não perceberam o que estava acontecendo”, diz Celso Antunes da Costa, novo diretor-superintendente do Panamericano que tomou posse na terça-feira 9. Em teoria, as empresas de auditoria são pagas para garantir a confiabilidade das informações publicadas pelas empresas.

Na prática, a Deloitte chancelou o balanço do PanAmericano referente ao segundo semestre de 2010 sem ressalvas, o que certamente prejudicou clientes, aconistas e colocou em risco a própria economia. Como um rombo desse tamanho passou despercebido? “Pode ser que alguém do banco ou da auditoria tenha indicado que havia diferenças de valores, mas, se isso ocorreu, a apuração não avançou”, diz Costa, que já colocou na agenda a busca de outra auditoria. “Não há clima para continuarmos com a Deloitte.”

O erro de R$ 2,5 bilhões da auditoria no PanAmericano é mais uma derrapada em uma lista de casos parecidos. A Deloitte estava encarregada de auditar as contas da Parmalat, que quebrou em 2003 deixando um buraco de US$ 1,8 bilhão. Também era a responsável pelas contas da empresa de lentes de contato Bausch & Lomb, cujos executivos da subsidiária brasileira desviaram US$ 25 milhões (na época, a Deloitte negou que auditava as contas da empresa).

Mais recentemente, a Deloitte também olhava os números da Aracruz, empresa de celulose que perdeu R$ 1,95 bilhão em operações com derivativos cambiais em 2008. A Deloitte tinha de garantir que as informações prestadas pelo banco fossem consistentes, mas não foi a única empresa a esquadrinhar os números do PanAmericano.

A venda de 36% do seu capital total e 49,99% das suas ações ordinárias para a Caixa Econômica Federal teve a assessoria do banco Fator e da auditoria KPMG, que também não perceberam nada de errado nos números. Durante a negociação, o Fator encontrou divergências em dívidas trabalhistas e tributárias, que reduziram a avaliação do PanAmericano em R$ 100 milhões, mas essas diferenças são normais em vendas de empresas, diz Venilton Tadini, diretor de banco de investimentos do Fator.

Ele afirma que seria impossível encontrar o rombo nos ativos “Não tivemos acesso completo aos dados, não podíamos ver quem eram os compradores das carteiras de crédito.” O executivo diz que nem o Fator nem a KPMG puderam ir fundo na pesquisa. “Não fomos autorizados a consultar a Deloitte, pois o banco temia ter de divulgar ao mercado que estava procurando um sócio”, diz ele. “Se o negócio não fechasse, o PanAmericano quebrava, pois a confiança do mercado ficaria arranhada.”

Isso já ocorreu. A recepcionista Janaína dos Santos tomou um empréstimo no Panamericano há dois meses para financiar a compra de um carro. “Não dá para confiar em um banco que tem fraude”, diz. Procurada, a Deloitte divulgou uma nota em que diz ser “uma empresa presente no Brasil desde 1911, que atende a cinco mil clientes e com quatro mil profisionais pautados pela mais estrita ética, transparência e profissionalismo”. Ah, bom.

Por que a Deloitte erra tanto - Por Cláudio Gradilone

Desvio de dinheiro no Panamericano

Além da fraude contábil para esconder prejuízos, funcionários fizeram operações suspeitas na área de cartões de crédito

A investigação do rombo no Panamericano aponta para o desvio de recursos por funcionários do banco. O foco está na área de cartões de crédito. Durante a investigação, diretores já demitidos admitiram que financiavam o saldo de devedores dos cartões em valores superiores à dívida real.

Assim, o dinheiro que saía do caixa do banco era superior ao que os clientes financiavam. Do rombo total de R$ 2,5 bilhões do Panamericano, R$ 400 milhões tiveram origem nos cartões.

Se a suspeita for confirmada, como acreditam pessoas envolvidas na investigação, serão ao menos duas as causas do rombo: desvio, provavelmente para o bolso de funcionários, e maquiagem dos balanços para esconder os maus resultados do banco.

Ao contrário do que ocorreu na venda de carteiras de crédito para outros bancos, nos cartões houve efetiva saída de dinheiro. “Os recursos saíram do banco. O trabalho agora é descobrir onde foram parar”, afirma uma fonte a par do assunto. “Ainda está tudo muito nebuloso.”

Para fazer financiamentos a mais, os executivos usavam as procurações que os clientes no Brasil concedem à administradora quando aderem ao cartão. Com elas, a administradora ia ao banco para contratar financiamento em nome do cliente quando este parcelava o saldo devedor.

Ontem, o Ministério Público Federal em São Paulo recebeu a notificação do Banco Central (BC) para investigar o caso. Também ontem, a Polícia Federal (PF) informou que abriu investigação.

Internamente, as irregularidades serão apuradas pela nova diretoria e pela PriceWaterhouseCoopers, auditoria indicada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que emprestou R$ 2,5 bilhões para Silvio Santos salvar o Panamericano.

Um dos obstáculos que os investigadores vão encontrar é que o setor de cartões de crédito no Brasil vive uma espécie de ‘limbo jurídico’. Nenhum órgão de governo é responsável pela fiscalização da área. Além disso, a administradora de cartões do Panamericano não está subordinada ao banco.

A hipótese de que os antigos diretores forjaram os balanços para engordar os bônus perdeu força porque o Panamericano não tinha essa política de remuneração. Segundo um documento enviado pelo banco à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os diretores ganhariam este ano R$ 4,542 milhões entre salários e benefícios diretos ou indiretos. Não havia previsão para remuneração variável.

Crivos. A contabilidade do Panamericano passou por vários crivos ao longo dos últimos anos. Nenhum deles detectou as fraudes. Segundo o BC, a maquiagem dos números começou em 2006. Em novembro do ano seguinte, o Panamericano emitiu ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Com a operação, arrecadou quase R$ 777 milhões. “Abrir capital na bolsa é muito chato”, afirma um banqueiro. “Envolve advogados, auditores, investidores. Como é que ninguém viu?”

No fim do ano passado, os auditores e negociadores da Caixa Econômica Federal também mergulharam nas contas do Panamericano quando o banco estatal comprou 49% do capital votante do banco de Silvio Santos por R$ 739 milhões. Mais uma vez, ninguém viu.


Investigação indica desvio de dinheiro no Panamericano - David Friedlander e Leandro Modé - 13 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Caixa, Panamericano e Consultorias

A Caixa Econômica Federal deve interpelar a KPMG e o Banco Fator para prestarem esclarecimento sobre a auditoria que fizeram nas contas do Banco Panamericano. A interpelação extrajudicial tem como objetivo saber por que as empresas não identificaram a fraude que resultou no rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano. A partir daí, a Caixa decidirá se entrará ou não com alguma medida judicial.

No momento, a avaliação da estatal é de que não há motivos para acionar judicialmente as companhias, pois não houve prejuízos financeiros. Toda a “inconsistência patrimonial” detectada pelo Banco Central foi coberta com um aporte do acionista controlador, no caso, o Grupo Silvio Santos.

“Não cabe nesse primeiro momento uma ação judicial. Por isso, estamos estudando interpelar as empresas extrajudicialmente para questionar o trabalho realizado. Se não formos convencidos (das respostas aos questionamentos), entraremos com ação na Justiça”, explicou uma fonte ao Estado. “Os representantes da Caixa já estão no banco e agora será possível verificar mais de perto o que aconteceu”, acrescentou.

No final do ano passado, após as auditorias internas e externas não identificarem problemas nos balanços patrimoniais do Panamericano, a Caixa adquiriu 49% das ações da instituição do Grupo Silvio para ampliar a atuação em setores em que não tem muita presença como, por exemplo, financiamento de carros usados.

Na ocasião, o governo federal estimulou a compra de carteiras de crédito de bancos pequenos e de médio porte devido à falta de liquidez provocada pela crise econômica mundial. O objetivo era impedir que essas instituições quebrassem.

O que a Caixa considera inaceitável e está apurando é o motivo pelo qual as empresas de auditoria KPMG, Banco Fator e Delloite não identificaram indícios de irregularidades nos balanços do Panamericano.

Neste primeiro momento, segundo a fonte, serão interpeladas extrajudicialmente a KPMG e Banco Fator.

Fantasma do Nacional. No BC, o clima entre os técnicos da fiscalização não é dos mais tranquilos. A avaliação é que um caso como esse não deveria passar, principalmente em área de crédito onde as instituições financeiras têm intensificado as operações. Desde o caso do Banco Nacional (que teve a liquidação decretada em novembro de 1995 por incluir em seus balanços créditos fictícios), houve aumento no quadro de funcionários na área de fiscalização, assim como os investimentos em sistema de monitoramento.

Oficialmente, no entanto, o BC informa que “agiu na hora certa, pois, a autoridade reguladora e fiscalizadora age a tempo e a hora quando: detecta o problema, determina a solução do problema, a solução é implementada antes que haja qualquer prejuízo ao poder público, a credores e a terceiros”.

O problema, segundo algumas fontes, é que a fraude no Panamericano estaria acontecendo há três ou quatro anos e nada foi constatado nas fiscalizações do BC.

Na terça-feira à noite, o Panamericano divulgou fato relevante informando o aporte de R$ 2,5 bilhões do Grupo Silvio Santos para cobrir “inconsistências patrimoniais” encontradas pelo Banco Central.


Caixa decide interpelar consultorias - Edna Simão - 13 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Efeitos sobre o SBT

Agências de publicidade pedem descontos nos anúncios veiculados em emissoras de televisão que enfrentam crise ou estão à venda

Se a especulação sobre a venda da rede SBT persistir, segundo diretores de planejamento de mídia das principais agências de publicidade consultadas pelo ‘Estado’, a emissora ficará vulnerável. “O SBT pode começar a perder entre 20% e 30% da sua receita já no começo do ano”, diz um deles. “Todos vão querer negociar a compra de mídia na emissora com pesados descontos. Nessa hora, não há solidariedade. Há negócio”, diz outro.

A situação, lembram eles, não será diferente do que viveu a Rede Globo por volta de 2003, quando passou pela reestruturação de sua dívida tendo de vender participação em várias afiliadas. “No momento da negociação do comprometimento anual de pagamento antecipado, houve descontos de compra de mídia de até 80% do valor do volume contratado no ano”, relembram.

É prática do mercado de propaganda o uso do “comprometimento anual”, um recurso para compra antecipada de espaços de veiculação de anúncios com descontos proporcionais ao volume contratado. É uma forma de a emissora fazer caixa. É feito no começo do ano, à medida que as grandes empresas definem suas verbas de marketing. Fora isso, nessa mesma época, as emissoras também negociam os patrocínios para os pacotes de programação anual, como grade de esportes, séries e reality shows, entre outros.

Imagem. Não é à toa que Sílvio Santos se preocupa em preservar sua boa imagem. Ele tomou para si a tarefa de escrever do próprio punho o anúncio que pôs no ar desde ontem. Nenhuma agência de propaganda, como seria usual, foi convocada para a tarefa. No comunicado, ele destaca que as empresas do Grupo Sílvio Santos valem mais do que o empréstimo que se viu obrigado a contrair para cobrir o rombo no Banco Panamericano, que pertence ao grupo.

Preservar a imagem trata-se de - mais do que uma vaidade natural para um ídolo popular - uma forma de evitar prejuízos para o SBT. A comercialização dos espaços publicitários em qualquer emissora leva em consideração dois aspectos: audiência e credibilidade. A audiência do SBT tem se mantido estável, em torno dos 6 pontos de média por dia no último ano. Mas a credibilidade pode ficar abalada com o risco de venda e isso provocar perda de receita a médio prazo.

“Ninguém vai patrocinar uma novela com duração de oito ou dez meses sabendo que a emissora pode ser vendida a qualquer momento”, explica Angelo Frazão, consultor de mídia com mais de 30 anos de experiência. “O veículo só perde relevância para o anunciante quando perde audiência ou quando a credibilidade é afetada.”

A emissora é muito próxima da imagem de Sílvio. Tão próxima que, como avalia Fernando Mazzarolo, presidente da agência de propaganda WMcCann, só não foi atingida ainda porque Sílvio foi ágil na adoção de uma postura pública, com o empenho do próprio patrimônio. Uma atitude rara nessas situações, o que repercutiu positivamente tanto nas redes sociais como entre os profissionais do meio. “Todo o processo vem sendo bem conduzido”, diz Mazzarolo.


Escândalo ameaça receita do SBT - Marili Ribeiro - 13 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Processos do Panamericano

O Grupo Silvio Santos vai processar, nas esferas cível e criminal, os ex-diretores executivos do banco Panamericano e a auditoria externa contratada para revisar as demonstrações financeiras do banco (Deloitte). A informação consta de um comunicado divulgado pelo grupo. O ‘Estado’ apurou que o empresário Silvio Santos tem dito a pessoas próximas que está “imbuído em pôr os envolvidos na fraude do Panamericano na cadeia”.

A diretoria do banco era presidida por Rafael Palladino. Também integravam o primeiro time Wilson Roberto de Aro (diretor financeiro e de relações com investidores), Adalberto Savioli (crédito), Luiz Carvalho Bruno (jurídico), Carlos Roberto Vilani (comercial), Eduardo de Ávila Pinto (tecnologia da informação), Elinton Bobrik (novos negócios) e Mario Tadami Seó (investimentos).

Os dois principais executivos eram Palladino e de Aro. Foram eles, por exemplo, que comandaram o processo de IPO (abertura de capital na bolsa) em 2007. Visitaram investidores no Brasil e no exterior para vender o banco. Segundo uma pessoa que acompanhou o processo, eram duros de negócio. Não falavam inglês e “não eram sofisticados”.

Formado em educação física e ex-personal trainer, Palladino é primo de Íris Abravanel. Roberto de Aro é administrador de empresas e começou a trabalhar no Grupo Silvio Santos em 1974. Praticante de tênis, mora em um luxuoso apartamento nos Jardins, bairro nobre de São Paulo.

Dificuldades. No fim de 2008, quando o Brasil sofria os efeitos mais intensos da crise mundial, o banco Panamericano chegou a suspender resgates de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de grandes clientes. A atitude, claro, irritou os detentores dos títulos, que queriam ver seu dinheiro na mão e não conseguiram. Por isso, o banco deixou de ser opção de investimento para várias entidades do mercado, como fundos de pensão.

Ainda que o problema tenha ocorrido em meio à pior crise global desde 1930, evidencia que as dificuldades do Panamericano começaram lá atrás - e independem das fraudes contábeis descobertas pelo Banco Central (BC).

Por trás dessas dificuldades, explica um analista que pede para não ser identificado, está a opção do banco em se especializar numa área com altíssimos índices de calote: financiamento de automóveis usados.

No segundo trimestre, o BC pediu para o Panamericano reforçar as provisões contra calotes duvidosos em R$ 120 milhões (o total acabou subindo para R$ 577 milhões, o equivalente a pouco mais de 6% da carteira de crédito, porcentual pequeno se comparado ao de instituições de grande porte).

A estratégia concentrada nos carros usados, somada às fraudes contábeis, derrubou o banco, a despeito de dois aportes relevantes realizados nos últimos anos - R$ 777 milhões do IPO e mais R$ 739 milhões obtidos na venda de 49% do capital votante para a Caixa Econômica Federal, em novembro do ano passado./


Grupo Silvio Santos processa ex-diretores - Leandro Modé - 13 Nov 2010 - O Estado de São Paulo - COLABOROU MARILI RIBEIRO