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12 novembro 2010

Mais sobre o Panamericano

Tropa de choque

Desejo de Silvio Santos: quer a Polícia Federal no caso.

Para entender
Na crise da Lehman Brothers, boa parte dos bancos que operam com crédito consignado usaram sistema de contabilidade parecido com o que acabou gerando buraco de R$ 2,5 bilhões no Panamericano. Isto é, vendiam suas carteiras de crédito e não registravam o fato corretamente.

Simplesmente porque não sabiam como fazê-lo.

Para entender 2

Um deles, cujas contas eram auditadas pela KPMG, corrigiu o erro rapidamente, depois de quatro meses.

Dúvida cruel. Pode não ter sido a mesma equipe da consultoria a responsável pela auditoria no Panamericano. Mas será que a empresa não absorve aprendizados? Isto, no mínimo, é negligência.

Origem

Foi em reunião do conselho fiscal do Panamericano, não se sabe exatamente quando, que os conselheiros tomaram conhecimento do buraco. Ao questionarem o contador-chefe, ele desabafou: “Graças a Deus alguém fez a pergunta certa”. E despejou tudo que fez e sabia.

Origem 2

Corre forte pelo mercado que José Dirceu estaria por trás da costura da compra de parte do Panamericano pela CEF.

Cruzes

Quem é Rafael Palladino, ex-presidente do Panamericano, além de primo da mulher de Silvio Santos?

Um ex-boxeador que até hoje luta de maneira amadora. Inclusive com SS.

Mangalô...

O Citibank fez uma oferta de R$ 1,5 bilhão, em 2007, pela compra da totalidade das ações do Panamericano. Silvio Santos recusou. Fonte da coluna afirma que o apresentador não quis vender porque envolveria demissão de boa parte dos 5 mil funcionários. Outra fonte, porém, dá outro motivo: garante que o apresentador justificou sua decisão dizendo que o banco era o ativo mais lucrativo entre todos que possuía. Portanto, não via razão para se desfazer dele.

Qualquer que tenha sido a razão, o Citi teve sorte desta vez. É que o banco americano tenta, tenta, tenta há anos comprar instituição financeira brasileira e não consegue.


Direto da Fonte - Sonia Racy - 12 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Auditoria do Panamericano

Valor devido este ano pelo Panamericano à auditoria é 23% maior que o de 2009; empresa tem sido criticada por não constatar fraude

A Deloitte, auditoria dos balanços do Banco Panamericano, deverá receber R$ 1,139 milhão este ano pelos serviços prestados à instituição. O valor representa um acréscimo de 23% em relação aos R$ 925 mil pagos no exercício 2009. As informações constam de um documento enviado pelo Panamericano à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início deste ano.

O chamado Formulário de Referência é uma exigência da autarquia para todas as companhias de capital aberto do País. O banco controlado pelo Grupo Silvio Santos lançou ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no fim de 2007. Ontem, os papéis recuperaram parte das perdas de quase 30% da quarta-feira. Subiram 4,61%, para R$ 4,99. No ano, acumulam desvalorização de 51,9%.

A Deloitte tem sofrido pesadas críticas por não ter detectado as fraudes contábeis que provocaram o rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano. Pelo segundo dia seguido, a auditoria preferiu comentar o caso por meio de uma nota.

À disposição. “Com relação ao noticiado até o momento e dada a relevância das alegações e suas implicações, consideramos prematuro e inconsequente nos manifestar antes que se possa chegar a conclusões que sejam baseadas em fatos”, diz um trecho do texto. “Estamos à disposição e colaborando com as autoridades constituídas para a devida apuração e esclarecimento dos fatos.”

O Panamericano também conta com um comitê interno de auditoria, composto, na ocasião em que o Formulário de Referência foi enviado à CVM, por três pessoas: o advogado Carlos Corrêa Assi e os técnicos em contabilidade Jayr Viegas Gavaldão e José Roberto Skupien. O comitê foi criado em agosto de 2008 e, segundo o documento, cada integrante tem mandato de dois anos.

As despesas com esse comitê não estão explicitadas no texto. O Conselho Fiscal, ao qual se subordina o Comitê de Auditoria, tem quatro integrantes e despesa prevista para 2010 de R$ 190,8 mil, praticamente o dobro dos R$ 99 mil do exercício 2009.

Retrato verdadeiro. No primeiro item do documento que chegou à CVM, o então diretor superintendente do Panamericano, Rafael Palladino, e o diretor financeiro e de relações com investidores, Wilson Roberto de Aro, declaram que “o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômico-financeira da companhia e dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ela emitidos”.

O texto define o Panamericano como “um dos principais bancos no Brasil focados no financiamento ao consumo para pessoas físicas das classes baixa e média (normalmente referidas no Brasil como classes B, C, D e E)”. O banco diz “possuir forte capacidade de geração de ativos, com uma média de 54.353 novos contratos gerados a cada mês (ou uma média de R$ 618,2 milhões ao mês em novos financiamentos) no exercício 2009.”
O banco informa, ainda, que apresentou lucro líquido de R$ 200,9 milhões no exercício 2007, R$ 236 milhões em 2008 e R$ 174 milhões em 2009.


Deloitte receberá R$ 1 milhão do banco - Leandro Modé - 12 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Banco Central e o Panamericano

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o governo não pode se responsabilizar pelas informações prestadas pelos bancos em seus balanços, o que é responsabilidade de controladores e auditores.

Segundo ele, um órgão regulador não pode assumir a responsabilidade pelos números divulgados por instituições privadas. Isso obrigaria o governo a arcar com perdas por fraudes, como a descoberta no PanAmericano.

"O governo não pode dar garantia. O BC cumpre o seu papel de supervisão. Os depositantes e investidores têm de estar conscientes de que eles têm de fazer o seu trabalho. O BC não pode substituir o auditor", afirmou.

Apesar de o BC só ter descoberto recentemente um problema que pode ter começado há quatro anos, Meirelles disse que a instituição agiu a tempo.

"É muito raro uma situação na qual o Banco Central determina um problema a tempo, de maneira que possa ser resolvido dentro dos parâmetros fixados pela lei e das possibilidades do FGC (Fundo Garantidor de Crédito)."

Segundo ele, o rombo de R$ 2,5 bilhões no banco foi coberto sem o uso de "um centavo público", sem perdas para a Caixa Econômica Federal (sócia do banco) e para depositantes, em sua maioria bancos e fundos de investimento e de pensão.

Ontem, o BC informou que uma parte do rombo na contabilidade do banco envolve operações com cartões de crédito, no valor de R$ 400 milhões.

Os outros R$ 2,1 bilhões se referem a operações de crédito do banco. Em ambos os casos, o PanAmericano vendeu esses créditos para outras instituições, mas continuou contabilizando os valores nos seus balanços.

A instituição informou também que comunicou ao Ministério Público Federal que foram detectados indícios de crime no PanAmericano, entretanto, afirmou que não poderia dar detalhes por questões de sigilo.


BC diz que não pode responder por balanços - 12 Nov 2010 - Folha de São Paulo
EDUARDO CUCOLO

Custo da capitalização

O custo da capitalização de R$ 124 bilhões realizado pelo Petrobras foi de R$ 357 milhões, não incluídos os R$ 90 milhões gastos com os incentivos para que os funcionários adquirissem papéis na operação.

"Os funcionários são obrigados a ficar um ano com as ações", lembrou o diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Almir Barbassa.

Questionado sobre os aumentos de produção estimados para o quarto trimestre, Barbassa lembrou da entrada da plataforma P-57, no dia 30 de novembro, em Jubarte, no litoral capixaba da bacia de Campos e do teste de longa duração (TLD) de Guará, na bacia de Santos.


Custo da capitalização da Petrobras foi de R$ 357 milhões - Qui, 11 Nov, 08h27
(Rafael Rosas e Juliana Ennes | Valor)

Banco Nacional

A Justiça Federal do Rio confirmou hoje a condenação de Eduardo e Fernando Magalhães Pinto - filhos do ex-controlador do Banco Nacional, Marcos Magalhães Pinto pelo crime de gestão fraudulenta. A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região absolveu outros 13 ex-diretores do banco condenados em 2002 a três anos e seis meses de reclusão na primeira instância e transformou a condenação dos Magalhães Pinto de gestão temerária em gestão fraudulenta.

O caso é mantido sob segredo de Justiça. Se o acórdão não for publicado até o próximo dia 25, a condenação estará prescrita. O advogado da família Magalhães Pinto, Nélio Machado, anunciou que vai recorrer da decisão.

O caso guarda semelhanças com o escândalo do Banco Panamericano por ter se iniciado com a identificação de um rombo contábil. O Banco Nacional foi a primeira instituição socorrida pelo Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional, o Proer.

O relator do caso foi o juiz federal convocado Aluísio Gonçalves de Castro Mendes e o revisor o desembargador federal Messod Azulay Neto. Em dezembro do ano passado, os mesmos magistrados haviam confirmado condenação em primeira instância do controlador Marcos Magalhães Pinto a 28 anos de prisão.

O caso envolveu gestão fraudulenta ou temerária (artigo 4º da Lei 7.492/86), sonegação ou prestação de informações incorretas a sócios, investidores ou órgãos públicos (artigo 6º) e omissão ou informação falsa inserida em demonstrativos contábeis da instituição (artigo 10º).

As suspeitas de fraudes cometidas pelos dirigentes do Banco Nacional resultaram na intervenção da instituição financeira pelo Banco Central em 1994. Posteriormente, o Ministério Público Federal apresentou denúncia, iniciando a ação penal na Justiça Federal.


Estado de São Paulo

IFRS no Chile

La Comisión de Principios y Normas de Contabilidad del Colegio de Contadores de Chile está ad portas de emitir dos nuevos Boletines Técnicos, los cuales considerarán obligatoria la adopción de las Normas Internacionales de Información Financiera (IFRS) para los estados financieros a partir del 1° de enero de 2013, de acuerdo al futuro Boletín N°81. Además, el Boletín N°82 emite la norma de información financiera para Pymes en Chile, quienes deberán "adoptar integral, explícita y sin reservas" las IFRS a partir de la misma fecha.

El Colegio de Contadores definió, además, qué se entenderá por entidades pequeñas y medianas, explicando que "son aquéllas que no tienen obligación pública de rendir cuentas y que, a su vez, publican estados financieros para propósitos de información general a usuarios externos".

Mauricio Cuevas, director IFRS de Deloitte, comentó que "finalmente el mercado tendrá la certeza de la fecha en que todas las compañías de nuestro país -reguladas y no reguladas- presentarán uniformemente sus estados financieros bajo IFRS".

Una vez que se emitan los dos Boletines Técnicos, estas normas también podrán aplicarse a las Pymes, en un formato más simple que el de las grandes empresas. Esta situación, según Mauricio Cuevas, "les reportará innumerables beneficios, principalmente en lo que se refiere a acceso a financiamiento, planes de expansión y su clasificación de riesgo".

Agregó que una de las principales preocupaciones para este sector empresarial es el costo de la transición, pero si se considera su tamaño "debiera ser muchísimo más económica que la transición en una empresa grande, tanto por la naturaleza de sus negocios, como por las simplificaciones de la normativa específica, ya que se estima que las exigencias representarán entre un 40% y un 60% de las IFRS completas", concluyó Cuevas.


Adopción de IFRS Será obligatoria Para Todas las Empresas en 2013 - 10 Nov 2010 - Estrategia