10 novembro 2010
Dia da Contabilidade
Teste #380
Esta "norma" diz respeito a qualidade de gestão dos sistemas de auditoria e foi desenvolvida pela International Organization for Standardization. Trata-se
Basileia 2
COSO 4
ISO 19011
Resposta: Explorer. Fonte: The car-loan interest rate lottery
Basileia 2
COSO 4
ISO 19011
Resposta: Explorer. Fonte: The car-loan interest rate lottery
Panamericano 6
Em meio a rumores de que estaria prestes a quebrar, o Banco PanAmericano informou ontem à noite que vai receber um socorro de R$2,5 bilhões. O dinheiro sairá de empréstimo que o Grupo Silvio Santos, seu principal acionista controlador, tomou do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), criado para proteger correntistas e poupadores de bancos em dificuldades, reembolsando até R$60 mil por CPF, e formado com contribuições compulsórias dos próprios bancos. Segundo fontes, o Banco Central (BC) teria considerado intervir no banco, o que foi descartado após pedidos do grupo controlador. Sócia do PanAmericano, com 49% do capital votante, a Caixa Econômica Federal começou ontem mesmo uma espécie de intervenção na instituição, ao indicar nova diretoria executiva para o banco. Também foi convocada reunião para decidir os novos integrantes do Conselho de Administração em 26 de novembro, ainda segundo comunicado divulgado pelo PanAmericano.
O banco atua apenas no segmento de financiamentos, sobretudo de automóveis, e não tem contas correntes, o que afasta a possibilidade de risco sistêmico. O PanAmericano é atualmente o 21º do ranking nacional, com ativos de R$12,5 bilhões ao fim de junho. O BC não quis se manifestar oficialmente sobre o assunto. Nos bastidores, acompanhou o processo, avalia que as normas foram todas cumpridas e que o PanAmericano já foi capitalizado e não vai quebrar. O empréstimo do FGC ao grupo prevê o pagamento em dez anos, com carência de três.
No comunicado, o PanAmericano já indica que foi alvo de fraude. Assinada pelo presidente do Conselho de Administração, Luiz Sebastião Sandoval, a nota informa que o aporte ocorre porque foram constatadas “inconsistências contábeis” que não permitiam aos controladores perceber “a real situação patrimonial” do banco.
Os primeiros indícios de fraude teriam sido encontrados há um mês pelo BC, que, depois da crise de 2008, apertou a fiscalização principalmente junto a bancos de pequeno e médio porte — os mais atingidos na época pela falta de crédito. Segundo fontes do BC, o valor do rombo pode ser um pouco menor que o aporte de R$2,5 bilhões. O objetivo da injeção maior é ter uma margem de segurança para eventuais novos problemas. Há suspeitas de participação de executivos. A dúvida dos técnicos é se a fraude aconteceu antes ou depois da compra pela Caixa, em dezembro de 2009, por R$739,2 milhões. Uma parcela foi paga na ocasião e outra em julho último, quando o BC aprovou a operação.
Depois de descoberto o rombo, foi feita ainda uma tentativa junto a outros bancos (inclusive a própria Caixa) para adquirir o controle da instituição, mas não houve interessados. Sem alternativas, o BC cogitou intervir na instituição, mas o grupo conseguiu costurar o empréstimo junto ao FGC. O montante de R$2,5 bilhões corresponde a 10% do atual patrimônio do fundo, de R$25,9 bilhões.
Ação teve 8ª maior queda da Bolsa
Já o tamanho do rombo supera o atual patrimônio líquido do PanAmericano, de R$1,37 bilhão (segundo o balanço de junho, o último disponível). Fontes disseram que o Grupo Silvio Santos teria dado todos os seus bens — incluindo o canal de TV — como garantia para o empréstimo, que recebeu aval do BC.
Conforme a nota divulgada ontem, o PanAmericano informa que a nova diretoria executiva passa a ser comandada por Celso Antunes da Costa, que foi diretor de Gestão da Integração da Nossa Caixa. Ele substitui Rafael Palladino no cargo de diretor-superintendente da instituição financeira.
Os rumores sobre a quebra do PanAmericano derrubaram ontem as ações do setor bancário na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) do banco despencaram 6,74%, oitava maior queda da Bolsa (os papéis não fazem parte do Ibovespa, o principal índice do mercado brasileiro). Desde 1º de outubro, a queda acumulada é de 20,73%. Ontem, os boatos arrastaram as ações dos bancos Santander (6,65%), Itaú Unibanco (2,69%, as preferenciais) e Bradesco (2,96%). Os papéis ordinários (ONs, com voto) do Banco do Brasil recuaram 2,39%.
Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora, o aporte foi uma surpresa e afastou a possibilidade de uma falência do banco. Ele afirma que a informação vazou e que por isso o banco antecipou a divulgação do empréstimo, para evitar uma forte queda da Bolsa hoje.
— A notícia caiu como uma bomba no mercado — afirma Velho.
No ano passado, a instituição informou ter registrado um lucro líquido de R$171,5 milhões em 2009, queda de 27,3% em relação ao ano anterior.
O PanAmericano adotou recentemente uma estratégia agressiva para atrair clientes. Aposentados e pensionistas do INSS que fechassem um contrato de empréstimo de qualquer valor ganhavam um vale-compras de R$50. O banco do Grupo Silvio Santos comercializa ainda os títulos da Tele Sena. Foram 54 milhões deles vendidos apenas no ano passado, quando desativou as vendas do Carnê do Baú e expandiu sua presença em redes de varejo.
Ontem, o Ibovespa encerrou em queda de 1,35%, aos 71.679 pontos, puxado pelo recuo das ações da Petrobras. Os papéis preferenciais da estatal caíram 1,48%, e os ordinários, 1,28%. Para o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, o recuo pode ser explicado por um movimento de venda de ações para embolsar lucros, aproveitando a alta recente. Já o dólar fechou estável, a R$1,699, após dois leilões do BC.
Fraude no PanAmericano - 10 Nov 2010 - O Globo
Bruno Villas Bôas, Aguinaldo Novoe Patrícia Duarte
Panamericano 5
O Grupo Silvio Santos foi obrigado a fazer uma injeção de capital para cobrir um rombo de R$ 2,5 bilhões no banco PanAmericano, instituição que enfrentou problemas de caixa em 2008 e que teve 35,54% de seu capital vendido para a Caixa Econômica Federal por R$ 739,2 milhões no final de 2009.
O aporte será feito com dinheiro emprestado do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), um colchão de recursos administrados pelo conjunto de bancos para cobrir perdas dos correntistas em caso de quebra de instituições. Para obter o dinheiro, o grupo deu bens seus como garantia.
Sem essa capitalização, o PanAmericano ficaria com patrimônio líquido negativo e teria de ser liquidado pelo Banco Central. Para evitar esse desfecho, a solução encontrada foi um duplo socorro: do governo e dos bancos.
Toda a diretoria antiga caiu. Na prática, o banco sofreu uma "intervenção branca" e será agora administrado por executivos indicados pela Caixa e pelo BC.
O grupo Silvio Santos admitiu "inconsistência contábil" nas contas do banco, mas informou que a instituição não terá perda patrimonial. E informou que o dinheiro servirá para restabelecer o "pleno equilíbrio", ampliar a liquidez e preservar o atual nível de capitalização.
Desde meados de outubro, as ações caíram 25% na Bolsa -só ontem, recuaram 6,75%.
SUSPEITA DE FRAUDE
A intervenção deve-se a uma reavaliação de risco da carteira de crédito do banco, que tem forte exposição no financiamento de carro usado.
O PanAmericano teria classificado seu crédito de maior risco de forma otimista, reduzindo a necessidade de fazer provisionamento alto para cobrir eventual calote. No segundo trimestre, o Banco Central havia pedido provisões adicionais de R$ 120 milhões.
Se esse otimismo for considerado intencional, pode configurar fraude contábil.
A fraude teria passado pelo crivo de auditores internos e externos e do próprio BC -que aprovou em julho o negócio com a Caixa.
Segundo a Folha apurou, Silvio Santos tratou das dificuldades enfrentadas pelo PanAmericano durante encontro com Lula em Brasília em setembro. Na ocasião, Lula não mostrou simpatia pela ideia de oferecer ajuda oficial. Em ao menos mais uma oportunidade, Silvio voltou a procurar Lula para abordar o tema, mas não foi atendido.
Procurados Caixa, BC e PanAmericano preferiram não comentar o caso.
Caixa intervém em banco de Silvio Santos - 10 Nov 2010 - Folha de São Paulo
LEONARDO SOUZA - FERNANDO RODRIGUES - EDUARDO CUCOLO - TONI SCIARRETTA
Panamericano 4
Dúvida pelo mercado financeiro depois que o Grupo Silvio Santos anunciou hoje o aporte de R$ 2,5 bilhões no seu Banco Panamericano.
O que aconteceu na due dillegence feita pela Caixa Econômica Federal antes de comprar parte minoritária do banco em 2009?
O exame das contas realizado pela CEF não detectou o buraco gigante?
Com a a palavra, a Caixa.
Estranha, a vida - 9 de novembro de 2010 | 22h05 - Direto da fonte
E a auditoria?
Panamericano 3
SÃO PAULO - O megadepósito de R$ 2,5 bilhões e a troca de toda a diretoria do Banco Panamericano anunciados na noite desta terça-feira, 9, foram a solução encontrada pelo Grupo Silvio Santos, Caixa Econômica Federal e Banco Central para que fossem resolvidos os problemas da financeira sem que o novo sócio, a estatal Caixa, tivesse de fazer aportes.
"O principal acionista resolveu todo o problema que apareceu", diz fonte ligada à instituição. Há pouco mais de um mês, houve um encontro surpresa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Silvio Santos no Palácio do Planalto e nesta terça circularam especulações de que o assunto poderia ter sido tratado entre eles.
Quando as inconsistências foram encontradas no balanço do Panamericano, foi decidido que o novo acionista, a Caixa, não teria responsabilidade inicial de realizar novos aportes porque os problemas foram criados em um período anterior à compra de 49% do capital da financeira pelo banco estatal. Dessa forma, o acionista majoritário teve de assumir toda a responsabilidade para cobrir o rombo aberto nos números.
Diante da responsabilidade integral do controlador, foi costurada uma solução ao longo das últimas semanas para que houvesse o megaempréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), sem que o Grupo Silvio Santos tivesse de tomar recursos no mercado, o que poderia chamar a atenção para o problema.
O FGC é uma entidade privada constituída por todos os bancos que operam no Brasil que garante depósitos de clientes nas instituições financeiras em caso de problema nos bancos. Por ter essa característica de "condomínio de depósitos", os principais cotistas do FGC tiveram de aprovar o empréstimo anunciado nesta terça à noite. Para os principais cotistas do Fundo, é melhor emprestar o grande volume de dinheiro agora a ver o problema se espalhar, o que poderia colocar todo o setor em risco.
Sem estatal. A hipótese de a Caixa aumentar a participação no Panamericano foi rapidamente descartada, já que o banco federal já tem 49% das ações do banco. Sendo assim, a maior fatia da Caixa poderia transformar a financeira do Grupo Silvio Santos em uma entidade estatal.
Agora, feito o mega-aporte, há expectativa de que não seja alterada a composição acionária da instituição - sendo mantida, portanto, a fatia de 51% do capital de posse do Grupo Silvio Santos e 49% da Caixa Econômica Federal.
Doação ao Teleton. O problema constatado no Panamericano teria sido anunciado diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo empresário Silvio Santos. Em 22 de setembro, o apresentador de TV teve reunião surpresa com Lula em um encontro não previsto na agenda do Palácio do Planalto.
Oficialmente, o objetivo da reunião foi pedir uma doação de Lula ao Teleton, programa de televisão que arrecada dinheiro de empresas e pessoas físicas para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).
Ao deixar o encontro, Silvio Santos disse que pedira doação de R$ 12 mil e que o presidente da República gravasse vídeo para ser exibido no programa. A edição de 2010 do Teleton foi realizada no último fim de semana.
Vale lembrar que a CaixaPar, braço de investimentos do banco estatal, fez uma longa e detalhada avaliação dos números do Panamericano antes de bater o martelo para a compra de 49% do capital do banco em dezembro de 2009. Na época, não havia sido encontrada nenhuma inconsistência nos balanços e relatórios.
Solução foi negociada com Caixa e BC- Estado de S Paulo
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