Translate

10 novembro 2010

Panamericano 2

SÃO PAULO - O banco Panamericano faz parte de um grupo que faturou R$ 4,7 bilhões no ano passado e que projetava para este ano um crescimento de 26%, que levaria essa receita para R$ 5,8 bilhões. Além do banco, o Grupo Silvio Santos também é dono de empresas como a rede de lojas Baú da Felicidade Crediário, a fabricante de cosméticos Jequiti, a Liderança Capitalização e, a mais visível de todas, a rede de televisão SBT, entre várias outras - no total, são 30 empresas.

Em entrevista recente ao Estado, Luiz Sandoval, presidente do grupo há 26 anos, disse que, para atingir esse crescimento, as apostas seriam nas áreas cosmética e imobiliária, mas que o foco seria mesmo o setor financeiro, com o Panamericano, que responde pela metade das receitas do grupo.

Sandoval mostrava-se entusiasmado com o setor financeiro depois do acordo fechado com a Caixa Econômica Federal, que comprou 35% do Panamericano por R$ 740 milhões no final do ano passado. Para o executivo, esse acordo representava um passo estratégico para o banco, pois permitiu equacionar uma dívida de cerca de R$ 450 milhões.

Além disso, segundo o executivo, o acordo permitiu à instituição acesso a linhas de crédito mais baratas e a entrada em novas modalidades de financiamento, como o crédito a automóveis novos. Antes, o banco financiava apenas carros usados.

O Grupo Silvio Santos fechou o ano passado com um prejuízo líquido de R$ 7,9 milhões, depois de um lucro de R$ 73,6 milhões em 2008. Para este ano, o grupo projetava um lucro de R$ 100 milhões. A perda do ano passado foi atribuída, em grande parte, ao processo de maturação de unidades como a Sisan, de investimento imobiliário, e na própria Jequiti, empresas consideradas, no início do ano, ainda grandes demandadoras de investimentos.

O grupo também fez investimentos no ano passado na expansão da rede de lojas Baú da Felicidade Crediário. Comprou a endividada rede Dudony, do Paraná, com 110 lojas - sendo 99 no Paraná e 11 em São Paulo -, por R$ 33 milhões. Com a aquisição, a rede saltou, de uma só vez, para 130 lojas. Os planos do grupo eram de chegar a 150 lojas até dezembro e a 250 até o final do ano que vem. No ano passado, o grupo havia desativado as operações do Carnê do Baú, um sucesso de vendas criado há 50 anos, mas que vinha perdendo espaço.

No caso da Jequiti, criada em 2006, a aposta do grupo era de quase dobrar as vendas este anos, chegando a R$ 380 milhões, e com um exército de 160 mil vendedoras. Os planos para essa área incluem o investimento em duas fábricas próprias, uma em Osasco (SP) e outra em lugar ainda a ser definido - até agora, a produção é terceirizada - e em dois novos centros de distribuição, um em Porto Alegre e outro no Nordeste.


Setor financeiro era maior aposta do Grupo Silvio Santos

Panamericano

SÃO PAULO - A descoberta de uma fraude contábil bilionária levou o Grupo Silvio Santos a fazer um aporte de R$ 2,5 bilhões no Banco Panamericano, que tem como sócia minoritária a Caixa Econômica Federal. O dinheiro foi obtido por meio de um empréstimo ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), criado em 1995 com objetivo de proteger os depósitos dos clientes do sistema financeiro no País.

Segundo o Estado apurou, o rombo é resultado de ativos e créditos fictícios registrados por diretores do Panamericano supostamente para inflar os resultados da instituição e, suspeita-se, melhorar os bônus dos executivos. Até agora, não foram encontrados indícios de desvio, mas o Banco Central (BC) vai encaminhar representações à Polícia Federal e ao Ministério Público para investigar as suspeitas.

Segundo apurou a reportagem, o rombo foi descoberto há cerca de um mês pelo Banco Central. Tinha passado despercebido pelos controles internos do Panamericano, seus auditores independentes e pelo pente-fino feito pela Caixa quando comprou uma participação de 49% do capital votante do banco, no fim de 2009. O patrimônio do empresário Silvio Santos foi colocado como garantia para o empréstimo concedido pelo FGC.

O Panamericano abre as portas nesta quarta-feira com nova diretoria, nomeada em conjunto pelo Grupo Silvio Santos e pela Caixa. Os antigos executivos foram demitidos ontem. O diretor superintendente passa a ser Celso Antunes da Costa, ex-diretor de Integração do Banco Nossa Caixa.

O Conselho de Administração será escolhido na próxima semana, também por meio de acordo entre os acionistas.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o próprio Panamericano afirma que "inconsistências contábeis não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade".

Durante esta terça-feira, circularam rumores no mercado, dando conta de que o Banco Central interviria em alguma instituição financeira após o encerramento dos negócios, como antecipou a colunista do Estado Sonia Racy.

Nas mesas de operação, o principal "candidato" era o Panamericano. Por isso, os papéis preferenciais (PN) do banco desabaram. Caíram 6,75% e, no ano, já acumulam perdas de 35%. No chamado pós-mercado, as ações recuaram ainda mais: 8,54%.

Segundo o fato relevante, o dinheiro "destina-se a restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização".

Inédito. O crédito para o Panamericano equivale a cerca de 10% do patrimônio do FGC, que somava R$ 25,8 bilhões no fim de setembro. É uma saída inédita no País. Um especialista explicou que o banco provavelmente não encontrou no mercado um interessado (nem mesmo a Caixa) justamente por causa do rombo recém-descoberto.

Os R$ 2,5 bilhões que estão sendo aportados superam o atual patrimônio líquido da instituição, de R$ 1,6 bilhão. O Panamericano é o 21.º do ranking nacional, com ativos de R$ 11,9 bilhões ao fim de junho. Em dezembro de 2009, a Caixa comprou 35% do capital total do banco. Pagou R$ 740 milhões.

Um analista explicou que, caso o aporte não fosse feito, o Panamericano ficaria fora das regras do BC e teria de sofrer uma intervenção. Apesar do aporte, o BC, segundo apurou o jornal, não descarta intervir no banco.


Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, recebe R$ 2,5 bi para cobrir fraude - David Friedlander e Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo

Crédito de carbono

Os negócios de compra e venda de créditos do mercado de carbono estão em compasso de espera no País, e só vão decolar a partir da instauração de regras, nos âmbitos federal e estadual, sobre o funcionamento das transações neste mercado, principalmente nos aspectos jurídico, fiscal e contábil. A análise partiu do advogado Antonio Fernando Pinheiro Pedro, da Pinheiro Pedro Advogados, um dos consultores responsáveis pelo estudo "Organização do Mercado de Créditos de Carbono no Brasil", que faz parte do conjunto de cinco estudos sobre o tema feito pela BM&FBovespa, Banco Mundial e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

"Em nosso levantamento, a preocupação com a ausência do marco regulatório é unânime", afirmou Pinheiro Pedro. Hoje, as três organizações responsáveis pelos estudos realizaram seminário para apresentar propostas que possam desenvolver mais este mercado no País. Entre os destaques está a necessidade de uma regulamentação maior dos ativos ambientais no Brasil. "A demanda (por créditos de carbono) já existe. Mas há um desejo, entre os interessados, de uma maior segurança jurídica e regulatória para o mercado", afirmou Pinheiro Pedro.

No mesmo evento, o gerente de produtos ambientais da BM&FBovespa, Guilherme Fagundes, comentou que já foram realizados três leilões de crédito no mercado de carbono no País, mas o desempenho ainda não reflete um mercado maduro. "O mercado está se desenvolvendo. Precisamos trabalhar para desenvolver o mercado local, e os estudos são propostas para que trabalhemos neste sentido", afirmou Fagundes.

Os consultores contratados pelas instituições para a elaboração dos estudos fizeram uma análise do funcionamento dos mercados de carbono em outros países, e chegaram a conclusão que, no Brasil, é preciso regras próprias para as transações, além de desenvolvimento de instrumentos de negociação para os mercados à vista e derivativos. Um dos obstáculos para o pleno desenvolvimento do mercado no País também seria a ausência de um tratamento tributário e contábil voltado especificamente para as negociações de crédito de carbono.

Para o especialista em energia do Departamento de Desenvolvimento Sustentável para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial, Christophe de Gouvello, ainda é muito cedo para estimar, em números, o potencial do mercado de carbono no Brasil. Mas ele ressaltou que o mercado de carbono é apenas um instrumento para se alcançar um objetivo maior, que seria a redução de emissões de gases poluentes na atmosfera. E fez uma ressalva: é preciso destacar as metas deste mercado, que foi criado como uma alternativa aos países com dificuldades na redução de emissão de gás carbônico. "Não é possível existir um mercado de carbono sem um objetivo quantitativo obrigatório", resumiu.

Mercado de crédito de carbono ainda depende de regulação - Ter, 09 Nov 2010, Yahoo

Auditoria do Banco do Brasil

O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, que se encontra na Malásia, no Continente Asiático, participando do Congresso Mundial de Contabilidade, tomou conhecimento dos fatos referentes à licitação para auditoria externa das demonstrações financeiras para 2011 do Banco do Brasil, que teve repercussão no Brasil e no exterior, envolvendo grandes empresas de auditoria, como: KMPG, Ernest & Young Terco e PricewaterhouseCoopers.

Juarez solicitou ao Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC SP) que formalize um pedido de informações junto ao Banco do Brasil e às empresas de auditoria envolvidas no processo para a devida análise dos fatos e providências legais e cabíveis, se for o caso.


Presidente do Conselho Federal de Contabilidade Solicita Esclarecimentos sobre Licitação do Banco do Brasil, CFC via Alexandre Alcantara

Qual seria o papel do Conselho neste caso? Faz sentido o Conselho agir? Isto feriu alguma norma profissional?

Estátua


Na foto, a mais alta estátua de Jesus do mundo. Fica em Swiebodzin, Polônia, e possui 52 metros, sendo 33 metros - a idade de Cristo - o tamanho do corpo. O Cristo, do Rio de Janeiro, possui cerca de 40 metros de altura.