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07 novembro 2010

Contador II

Confiar todo o controle tributário ao contador, sem fiscalizar, é muitas vezes pedir para ter dor de cabeça. Isso porque, apontam empresários, delegar sem controle pode levar o contador a não entregar os documentos ou comprovantes de quitação aos órgãos responsáveis nos prazos. Há riscos também de ele não inserir a empresa no regime adequado e, em vez de pagar os impostos, se apropriar dos valores que pertencem ao seu cliente. Alguns casos ocorrem por má-fé do profissional. Como relata a empresária Márcia Choinski, 41, que, em 2005, abriu uma agência de projetos de marketing e consultoria de negócios em Curitiba. Ao final de dois anos, recebeu uma notificação da Receita Federal que apontava irregularidades encontradas em sua microempresa. "O contador havia afirmado que minha empresa estava enquadrada no [regime tributário do] Simples Nacional, mas era mentira. Quando fui questioná-lo, ele nem sequer me respondeu, apenas suas assistentes me atenderam", conta a empresária. Choinski descobriu que deveria pagar uma carga tributária muito maior do que aquela que vinha pagando. "Antes de contratá-lo, pedi indicações. Mas não foi o bastante, ele não era um profissional confiável", ressalta a empresária, que preferiu não identificar o contador.

ESPECIALIZAÇÃO

Casos de má-fé, porém, são minoria e alguns cuidados podem minimizar a possibilidade de o empresário ter problemas com o contador, salientam especialistas (leia quadro na pág. 3). Um deles é exigir do contratado atualização constante no ramo de atuação, diz Márcio Borinelli, da USP. Acompanhar a complexidade do negócio é essencial para essa classe profissional -e, se não o fizer, o contador deverá ser trocado-, reitera Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas). Nem os 40 anos de trabalho conjunto com a empresa convenceram F.D., 39, que não autorizou sua identificação, do ramo de reciclagem, a permanecer com um contador amigo da família. "Ele é muito correto, mas não se atualizou. E isso prejudicou o crescimento da empresa. Identificamos erros em nossa contabilidade e sei que é porque ele já não acompanha [as mudanças na] legislação", explica.


Delegar sem controle é prejudicial à empresa - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo

Contador

Retenção de documentos, irregularidades na função e na escritura contábil e apropriação indevida de valores são as principais dores de cabeça dos empresários em relação aos contadores.

É o que aponta levantamento sobre as queixas registradas no CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo) desde 2007 e realizado a pedido da Folha.

A retenção soma 330 casos; as irregularidades no exercício profissional, 190; as relacionadas à escritura contábil, 177; e a apropriação de valores, 160 queixas.

De acordo com o órgão, foram cadastradas 292 denúncias de irregularidades de profissionais em 2009, ante 305 em 2008. Até outubro deste ano, foram 244.

Empresários afirmam que muitos deles não denunciam porque temem represálias, já que o contador conhece toda sua estrutura fiscal.

"Com 18 mil profissionais no Estado, o índice de denúncia é pequeno", pondera Márcio Bonarelli, vice-coordenador do curso de ciências contábeis e atuárias da USP (Universidade de São Paulo).

Dono de uma empresa há 25 anos no ramo de treinamento, O.S., 59, que pediu para não se identificar, afirma ter descoberto há alguns meses que seu contador não pagou parte dos impostos nos últimos sete anos.

Com faturamento que varia entre R$ 150 mil e R$ 300 mil ao mês, a empresa acumula uma dívida de R$ 2 milhões com a Receita Federal.

"Quando eu analisava os pagamentos e o questionava, a resposta sempre era que estava tudo certo. Percebi os problemas muito tarde. [Ele] forjava recibos e até minha conta bancária violou", conta o empreendedor.

É a segunda vez que o empresário tem problemas com contador. Na primeira ocasião, denunciou o profissional, que foi obrigado a prestar serviços à sociedade.

"Foi frustrante a denúncia, pois o ônus financeiro cai sobre os donos da empresa. E, dessa vez, não poderei pagar toda a dívida. Estou vendendo meu único imóvel, minha casa", afirma.


Contabilidade fora de foco - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo - BRUNA BORGES

06 novembro 2010

Rir é o melhor remédio



Aqui, o ator John Travolta. Aqui, Cage. Fonte: aqui

Horóscopo

CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.)

Quando Mercúrio e Netuno estão como hoje no céu, a fantasia, a poesia e as quimeras ganham vida na cabeça de todo mundo. Pensamento pragmático e contabilidade saem prejudicados. Especialmente para você, em relação aos amigos.


(Folha de São Paulo, 6 de novembro de 2010)

Lucro, Ebitda e Receita

Um leitor, Marlon, manda a seguinte notícia:

Lucro da Fras-le recua 16% com alta de preços do aço

A Fras-le, fabricante de autopeças, informou nesta quarta-feira (3/11) que obteve lucro líquido de R$ 9,8 milhões no terceiro trimestre, queda de 16,4% ante o mesmo período do ano passado.

A receita líquida avançou 11,7% na mesma base de comparação, para R$ 174,2 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 4,1%, para R$ 15,2 milhões.

Segundo a Fras-le, apesar do aumento das vendas, a queda no lucro refletiu a alta nos preços do aço e mão de obra. A empresa afirmou que também aumentou a provisão para impostos e dívidas judiciais.

De acordo com a empresa, o resultado foi sustentado pelo desempenho das exportações. No trimestre, a empresa obteve exportações de US$ 26 milhões, avanço de 17,6% ante o mesmo período de 2009.

O maior mercado da empresa são os países do Nafta (Canadá, EUA e México), representando 64,2% das exportações.

No ano, a receita acumula alta de 21,2%, com R$ 376,7 milhões, enquanto o lucro tem avanço de 42,4%, em R$ 39,3 milhões.


A questão é: é possível que o aumento da receita líquida em 11,7% e em 4,1% no Ebtida, a queda de 16,4% no lucro líquido, se deva ao aumento dos insumos?

O aumento dos insumos pode justificar parte do crescimento menor do Ebitda em relação a receita líquida. Pela teoria de custo, um crescimento de 11,7% deveria conduzir a um crescimento mais que proporcional no Ebitda em razão da alavancagem operacional. Entretanto, isto não ocorreu pois, segundo a notícia, os insumos aumentaram. Entretanto, a queda no lucro líquido, em relação ao aumento do Ebitda, não pode ser justificado pelo insumo, mas talvez pelo aumento na provisão para imposto de renda.

05 novembro 2010

Teste #377

Dia 10 de novembro é considerado, em alguns países, como o Dia da Contabilidade. Esta data corresponde:

ao dia em que foi publicado o segundo volume do Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita, de Luca Pacioli
ao dia que nasceu Luca Pacioli, o pai da contabilidade
ao dia que foi criado o Iasb

Resposta do anterior: Taxi mais barato está em Deli; o mais caro em Zurique. Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

A seguir, um manual de etiquetas para as mulheres: sente-se direito, não converse enquanto dance, não use o espelho do carro, não seja familiar, não seja sentimental, não beba muito ...