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27 outubro 2010

Contabilidade da Berkshire

O bilionário Buffett é admirado por suas atitudes. Raramente está envolvido em escândalos ou controvérsias. Mas agora aparece um questionamento na contabilidade da sua empresa:

El regulador de los mercados de EE UU está cuestionando la contabilidad de Berkshire Hathaway, el holding inversor de Warren Buffett. En concreto, la SEC no entiende por qué no ha tenido en cuenta las pérdidas registradas en dos empresas de su cartera.

La contabilidad del famoso inversor ha levantado las sospechas de la SEC, que en abril se dirigió a su empresa, Berkshire Hathaway, para preguntar por qué no había contabilizado las pérdidas conjuntas de unos 1.900 millones de dólares en los valores en Bolsa de dos compañías en su cartera. Se trata de Kraft y el banco US Bancorp.

La comunicación entre supervisor y supervisado se hizo pública el lunes y en ella se reflejan las dudas sobre cómo se ha contabilizado un valor que ha registrado pérdidas por más de un año. Dada la duración de esas pérdidas, la SEC considera que deberían haber sido contabilizadas debido a que no se trata de un problema pasajero. El holding de Buffett adquirió estas acciones entre 2006 y 2007. El director financiero de Berkshire, Marc Hamburg, respondió en una sorprendente misiva, hecha pública ayer, que en diciembre el holding llegó a la conclusión de que el potencial de beneficios de ambas empresas era suficiente como para que sus precios se recuperaran en Bolsa y terminaran por revaluarse por encima del coste que supuso para la compra. Hamburg precisó en esta curiosa argumentación que Berkshire tiene la capacidad y la intención de mantener las acciones durante un largo tiempo, tanto del fabricante de las galletas Oreo como de la entidad bancaria. Sus previsiones asumen que es razonable que los precios de mercado para Kraft y US Bancorp "se recuperen sobre nuestro coste en uno o dos años, asumiendo que no haya ningún evento material adverso que afecte a estas empresas o el sector en el que operan". Desde Berkshire se insistía en que ambos valores incrementaron su valor en el primer trimestre. La compañía de Buffett es el mayor inversor en Kraft y el tercero en US Bancorp, que está en un sector que no ha terminado de estabilizarse. En los últimos seis meses sus acciones han caído un 13%. La correspondencia entre empresa y regulador no se hace pública hasta pasados 45 días y todavía se desconoce la respuesta de la SEC a esta defensa.



El regulador de EE UU cuestiona la contabilidad de Warren Buffett - Reuters Nueva York - 26 Out 2010 - Cinco Días

Imposto

A carga tributária precisará ser discutida pelo próximo governo, segundo avaliação de especialistas. Ontem, o Impostômetro, painel eletrônico instalado em frente da Associação Comercial de São Paulo, ultrapassou R$ 1 trilhão de tributos arrecados pelos governos - o valor é suficiente para a compra de 40 milhões de carros populares. Em 2009, essa marca só foi atingida em 14 de dezembro. A expectativa é de que, até o fim do ano, o total pago em impostos alcance a cifra de R$ 1,2 trilhão.

Na opinião dos analistas, o próximo governo terá de ao menos promover alguns pontos da reforma e a consequente redução de impostos. “Independente de quem ganhar (a eleição), espero que o futuro governo tenha vontade política para fazer essa reforma tão necessária para o País”, afirma João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), órgão responsável pelo cálculo do Impostômetro.

Pela projeção do instituto, o peso da carga tributária em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá encerrar o ano em 35,57%, alta de 0,7 ponto porcentual na comparação com 2009. “O cálculo foi realizado com base em um PIB projetado de R$ 3,587 trilhões”, diz Olenike.

Um dos grandes erros apontados pelo executivo é que a tributação está concentrada, principalmente, na produção, faturamento e salário. “Essa base precisa mudar”, afirma Olenike.

Para Vagner Jaime Rodrigues, sócio da Trevisan Outsourcing, falta “vontade política” dos governantes para a aprovação de uma reforma tributária. “Uma reforma séria deixará o Brasil mais competitivo no exterior e poderá promover uma distribuição de renda no País”, diz.

Rodrigues lamenta que os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) não tenham discutido com profundidade a questão tributária. “Nenhum deles apresentou uma proposta real. O assunto só foi discutido de forma superficial.”


Brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em impostos no ano - Luiz Guilherme Gerbelli - 27 Out 2010 - O Estado de São Paulo

KPMG + BDO

Seguindo o movimento de consolidação no setor de empresas de auditoria e consultoria, a KPMG está em negociações para a aquisição da BDO no Brasil. As duas partes, que conversam há quase dois meses, estão em processo de auditoria para concretizar o negócio. Segundo EXAME apurou, o valor da operação ainda não está fechado, mas deve variar entre 130 e 150 milhões de reais.

A KPMG deverá comprar a parte que era da antiga Trevisan, que tem parceria com a BDO desde 2004. Se tudo correr como o esperado pelos dois lados, o anúncio ao mercado deverá ser feito até o fim deste ano.

Atualmente, o setor está nas mãos de quatro grandes empresas estrangeiras, conhecidas no exterior como “Big Four”. Na liderança do mercado brasileiro, que movimenta cerca de 3 bilhões de reais anualmente, está a britânica PricewaterhouseCoopers, com faturamento de 770 milhões de reais registrado no ano passado.

A inglesa Deloitte segue em segundo, com 677 milhões de reais no ano fiscal de 2009. A americana Ernst & Young, que adquiriu a Terco no começo de agosto deste ano, está em terceira, com 593 milhões de reais. Se o negócio com a BDO de fato for concretizado, a holandesa KPMG voltaria a ocupar a terceira posição no segmento, com 595 milhões de reais.

Segundo o ranking de junho elaborado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que considera apenas os serviços prestados às companhias brasileiras listadas na Bolsa de Valores, a KPMG é líder no país com 95 clientes. Com a aquisição da BDO, passaria a ter 144. A Ernst & Young com a Terco ficam na segunda colocação com 94 clientes.

Procuradas, a KPMG e a BDO negam que estejam em negociações.

KPMG negocia compra da BDO - Consultoria deve comprar a parte que era da antiga Trevisan por até R$ 150 milhões - Thiago Bronzatto, da EXAME

Dica de Valmir Macedo, grato

Aviação

Em 2011, passageiros de voos domésticos terão à disposição uma nova ferramenta para calcular o preço das viagens aéreas no País [1]. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou ontem portaria que determina as regras para que as companhias enviem todo mês os dados das passagens vendidas no território nacional. A intenção da agência é divulgar mensalmente o valor médio [2] por km de voo em todas as rotas.

Pelas novas regras, as empresas aéreas terão até o dia 10 de cada mês para passar à Anac a quantidade de assentos vendidos e o valor pago por passageiro em todas as vendas no País. Depois disso, a agência vai analisar os dados e publicar os valores por quilômetro referente a cada mês, separando os voos domésticos dos internacionais.

O objetivo da medida é fornecer a passageiros e investidores uma base confiável para comparar a variação entre o preço médio das passagens em meses e anos diferentes. O relatório mensal, chamado “Yield Tarifas”, já é publicado desde o início do ano no site da agência (www.anac.gov.br [http://www.anac.gov.br]), mas relaciona os dados de apenas 67 linhas nacionais. O novo modelo, com os dados de todos os voos, deverá começar a ser divulgado em abril.

Para o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Claudio Candiota, as estatísticas podem ser interessantes para a tomada de decisão dos passageiros [3] e como ponto de referência para o mercado, mas o efeito prático da medida será limitado. “No Brasil, o passageiro tem pouquíssima escolha. Temos poucas empresas controlando todo o mercado e por isso há poucas opções na hora de comprar uma passagem”, afirmou. [4]


Em 2011, Anac vai publicar custo médio de voo em todas as rotas - Rodrigo Burgarelli - 27 Out 2010 - O Estado de São Paulo

[1] O texto fala claramente em preço médio das passagens. Entretanto, o título infeliz usa o termo "custo". Observe que não se comenta os "custos indiretos" para o passageiro, como as tarifas elevadas de embarque.
[2] Uma discussão poderia ser feita aqui pois estariam usando a média, que possui problemas que todo bom estatístico conhece.
[3] Como o setor é um oligopólio, será que a medida irá realmente ajudar o consumidor? Em lugar disto, não seria melhor aumentar a concorrência?
[4] A medida não resolve este problema

26 outubro 2010

Rir é o melhor remédio

No mediterrâneo, a saúde é perfeita. Como arrumar desculpa para ir ver o médico local? Fonte: Funnyplace

Auditoria: educação continuada, custo e qualidade

A área de auditoria tem sido objeto de exigências de educação profissional continuada em diversos países. A idéia é que horas em sala de aula melhoraria a qualidade dos trabalhos realizados pelo profissional, reduzindo os erros.

Mas ao retirar o profissional do trabalho, isto apresenta um custo elevado para as empresas. De duas formas: o custo do processo de qualificação profissional, ou seja pagar professores responsáveis pelo processo da educação continuada; e o custo decorrente das horas que não serão trabalhadas na atividade fim.

A expectativa dos órgãos reguladores é que a redução dos erros e a melhoria da qualidade do trabalho do auditor compensem os custos do processo. Uma pesquisa recente, publicada num periódico da American Accounting Association, mostra isto talvez não seja verdade.

Inicialmente constatou-se o óbvio: as exigências de educação continuada na profissão aumentam os custos (4,8% a mais em certos casos). O mais importante é que a exigências de horas em sala de aula para o profissional não produziu uma melhoria na qualidade do trabalho do auditor. Ou seja, a grande vantagem do processo de educação continuada na verdade não existiria.

Para ler mais: Education Requirements, audit fees, and audit quality. Arthur Allen & Angela Woodland. Auditing, vol. 29, n. 2, nov. 2010, p. 1-25,

Links

Cardeal foi professor da UnB (e meu professor de Metodologia Científica)

Comentários sobre a convergência nos EUA

Não pague desempenho com caixa para empresas com problemas

Qualidade dos filmes mudou: os melhores deixaram o cinema e estão na TV paga - a razão econômica

As normas internacionais já estão nos Estados Unidos