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17 setembro 2010

Provisão

A TAM vai reverter no resultado do terceiro trimestre R$ 585,9 milhões referentes a provisões constituídas para o pagamento de um adicional tarifário equivalente a 1% das tarifas aéreas.

Em valores líquidos de impostos e contribuição social, a reversão será de R$ 386,7 milhões, montante que terá impacto positivo no resultado líquido das demonstrações financeiras de julho a setembro.

As provisões foram constituídas no período de junho de 2001 a agosto deste ano com a finalidade de bancar o subsidio à aviação regional previsto em uma portaria editada pelo Comando da Aeronáutica em fevereiro de 2000.

A companhia, no entanto, conseguiu suspender esses pagamentos por meio de liminar obtida em 2001. Neste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) desobrigou o pagamento do adicional em caráter definitivo, permitindo, inclusive, o não desembolso dos valores relativos ao período da liminar - o que explica a reversão das provisões.


TAM reverte provisão de R$ 585,9 milhões após decisão judicial - 16 Set 2010(Eduardo Laguna | Valor Econômico)

Palmeiras

A oposição do Palmeiras vai aumentar a pressão contra as contas do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Como não tem maioria no COF, que vota os balancetes mensais, decidiu notificar os conselheiros que votam pela aprovação que eles serão responsabilizados caso o clube no futuro enfrente problemas financeiros.

Os conselheiros pró-aprovação dizem que endossam a lisura da contabilidade, não a gestão de Belluzzo.


Pressão contra contas de Belluzzo aumenta - Lance

Desempenho


Uma forma de medir o sucesso de um curso é comparar o aluno antes e depois. Se a diferença for significativa, isto significa que o curso é reconhecido pelo sociedade. Como estamos num sistema capitalista, o principal critério de desempenho chama-se salário. Assim, um curso será mais eficiente se conseguir aumentar o salário do aluno. O gráfico mostra algumas escolas selecionadas e o salário antes (azul claro) e após (a barra total) um curso de MBA. Neste critério, a HEC, de Paris, tem um bom desempenho, mais que dobrando o salário do aluno. O mesmo não se pode dizer da escola de Hong Kong, onde o aumento é reduzido.

Fonte da figura, The Economist.

16 setembro 2010

Rir é o melhor remédio


Um pequeno detalhe

Teste #349

Buscar a etimologia de uma palavra pode revelar surpresas. As palavras Demonstração, Diferir, Patrimônio, Passivo e Receita possuem origem histórica associado aos termos Comprovação, Haveres, Recuperado, Semear e Suscetível de paixão. Você seria capaz de fazer a associação entre o primeiro grupo de palavras e o segundo?

Resposta do Anterior: Parece que assustei e nenhum leitor do blog arriscou uma resposta. Numa classe pequena, um aluno outlier gênio faz com que a média da nota aumente. Ou seja, o resultado é influenciado pelos extremos. Em classes maiores, estes extremos não influenciam tanto. Deste modo, o tamanho da turma pode não ser relevante para o desempenho do aluno. Fonte: Marginal Revolution

As fraquezas da Basiléia

Em vez disso, Basiléia III é essencialmente uma camada nova e ousada construída sobre a antiga arquitetura de Basileia II, da mesma forma que as versões anteriores do Windows foram mergulhadas em cima do DOS. E, assim como as primeiras versões do Windows compartilhava alguns dos pontos fracos do DOS, a Basiléia III herdou alguns dos problemas da Basileia II.

O principal deles é o conceito de ponderação de risco: a idéia de que alguns ativos são mais arriscados do que outros, e que os bancos devem ter mais capital contra ativos de risco (...).


Felix Salmon, The Biggest weakness of Basel III

Existem dois problemas nesta filosofia. Em primeiro lugar, o risco é calculado baseado na estimativa passada.

O segundo problema é que esta abordagem não encoraja as instituições financeiras a emprestarem para empresas com maior risco. É bom lembrar que os problemas de alguns bancos dos Estados Unidos ocorreram em operações com risco a prior reduzido. No Brasil, algumas instituições que centravam sua política em empréstimos de risco mais elevado tiveram que mudar de nicho, encarecendo as linhas de crédito para as empresas com maior risco.

Terreno


É notório que o setor imobiliário nacional vive um de seus melhores momentos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, não é preciso muito esforço para ver prédios sendo erguidos um atrás do outro. Dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) mostram que as vendas de imóveis na capital paulista cresceram 18,4% no primeiro semestre deste ano.

Com a falta de terrenos, as construtoras passaram a avançar sobre espaços que hoje estão tomados por empresas. Muitas companhias ocupam grandes áreas em regiões privilegiadas e nem perceberam que, em alguns casos, esse ativo chega a valer mais do que o próprio negócio.

Um bom exemplo é o quase centenário Colégio Dante Alighieri, cuja construção ocupa 22 mil metros quadrados da nobre alameda Jaú, no coração dos Jardins, em São Paulo. Estima-se que o terreno valha R$ 400 milhões, enquanto o faturamento estimado da instituição seja de R$ 100 milhões.

“É certamente um dos terrenos mais valiosos de São Paulo. O metro quadrado na região vale cerca de R$ 6 mil, mas, como ele está quase em frente ao parque Trianon, com a especulação, esse valor pode chegar a até R$ 10 mil o m2”, afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

Mas há um grande empecilho em relação a esse terreno: o fator histórico. O colégio completará 100 anos, em 2011, e preserva a arquitetura original, além de ser comandado por um grupo de 59 ex-alunos que fazem parte do conselho diretor e que não têm interesse em transferir o colégio para outro lugar.

“Existe toda uma tradição e um aspecto sentimental que se tornam uma barreira para isso. Temos até planos de abrir uma segunda unidade, mas essa certamente será mantida onde está”, afirma José de Oliveira Messina, presidente do Dante. Apesar de Messina negar, consultores do mercado imobiliário dizem que o Dante é assediado constantemente.

O mesmo acontece com Marcelo Gutglas, presidente do PlayCenter. “Recebemos inúmeras propostas, mas os terrenos onde o parque está instalado não estão à venda. Tenho contratos assinados com os donos dos terrenos e estou investindo novamente no parque”, afirma Gutglas.

O parque de diversões paulistano PlayCenter, que já foi o maior do País, está sobre quatro terrenos diferentes, todos alugados. Ele ocupa uma área de 85 mil metros quadrados de frente para a Marginal do rio Tietê, entre as pontes do Limão e da Casa Verde. O espaço onde o PlayCenter está instalado vale cerca de R$ 136 milhões, mais do que o faturamento de R$ 100 milhões que o parque projeta para este ano.

“O problema desse terreno é que não é possível fazer construção alta”, diz Pompéia. Isso ocorre porque, desde 2002, a cidade de São Paulo tem uma lei de zoneamento rigorosa. Em algumas regiões, as construções são obrigadas a ter apenas um andar, ou seja, o seu aproveitamento é de uma vez o tamanho do terreno. Já em outras áreas, há mais flexibilidade chegando a mais de quatro vezes.

O fato de poder aproveitar quatro vezes ou mais o tamanho do terreno é a vantagem de construir no bairro de Santo Amaro, próximo à Marginal do Rio Pinheiros.

“Os terrenos na região podem ter seu metro quadrado vendido por R$ 3 mil, sendo bastante conservador e lembrando que esse valor é multiplicado por até 4,3 vezes”, afirma Pompéia. O terreno onde estava localizada a fábrica da Giroflex, por exemplo, teria sido vendido recentemente por R$ 300 milhões.

O proprietário da corretora de imóveis Bamberg, Michel Bamberg, que vendeu o terreno, não confirma o valor, mas deixa claro que o bairro é um dos mais visados. “As fábricas ali localizadas são alvo de constantes ofertas”, diz Bamberg.

A joia da coroa é o terreno de 27 mil metros quadrados onde funciona a sede e o centro de distribuição da Semp Toshiba, localizado próximo à ponte João Dias. “A empresa recebe de duas a três visitas mensais de grupos interessados em adquirir o terreno”, afirma um executivo do setor imobiliário.

Uma das propostas seria a de um condomínio misto, com escritórios comerciais e apartamentos residenciais. A companhia fatura R$ 1,9 bilhão, uma cifra bem maior do que os R$ 350 milhões que o terreno vale. Isso não quer dizer que a empresa não vai negociá-lo.

Fontes próximas a executivos da companhia dizem que a Semp Toshiba está aguardando valorizar ainda mais para bater o martelo. “Alguns terrenos se tornaram tão valiosos que as empresas ficam com uma parte do seu ativo imobilizado e, por isso, preferem comercializar os imóveis”, diz Cláudio Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis do Rio de Janeiro. Segundo ele, o Rio enfrenta a mesma carência de bons terrenos que São Paulo. A imobiliária se instalou no Cais do Porto para atender a incorporadoras que buscam por empresas que queiram se desfazer de suas áreas.

“Esse tipo de negócio está acontecendo tanto que abrimos um escritório só para tratar disso.” Cerca de 30 empresas da área já venderam seus imóveis. Entre as companhias localizadas no Cais do Porto está o Diários Associados – que reúne o Jornal do Comércio, a rádio Tupi e a rádio Nativa.

Desde a década de 50, a empresa ocupa o imóvel com 11 andares (21.000 m2 de área construída), sendo que apenas cinco pavimentos são utilizados atualmente. O valor estimado do prédio é de cerca de R$ 30 milhões. O diretor financeiro do Diários, Nelson Gimenez, reconhece que é um bom momento para negociar a área.

“A intenção é vender e instalar a empresa em outro lugar que custe menos para, assim, obter um ganho que possa ser transformado em capital de giro”, explica. “O interesse pela região, até pouco tempo atrás abandonada, considerada perigosa, só tem ajudado”, acrescenta ele.

A mudança do perfil da zona portuária do Rio de Janeiro começou em junho de 2009, quando o prefeito Eduardo Paes lançou o projeto Porto Maravilha. Parte integrante do dossiê de candidatura do Rio aos Jogos Olímpicos de 2016, a ideia é revitalizar a área por meio de intervenções urbanas e econômicas. A transformação deve exigir um investimento total de R$ 3,4 bilhões.


O mapa da mina - Por Crislaine Coscarelli e Luciani Gomes - Isto é Dinheiro