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29 julho 2010

Conselhos e Punições


Pelo menos 704 profissionais de seis das maiores entidades de classe do Paraná receberam algum tipo de punição no ano passado por má conduta no exercício do trabalho. Desses, apenas 1% sofreu a pena mais severa: a cassação do registro profissional e o impedimento de exercer o ofício. Para especialistas, o baixo número de cassações é consequência do corporativismo. Juntas, as seis entidades somam quase 154 mil profissionais ativos no estado. São elas: a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) e os conselhos regionais de Odontologia (CRO-PR), Con­tabilidade (CRC-PR), Medicina (CRM-PR); Farmácia (CRF-PR) e Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PR).

Na maioria dos casos, a punição é uma advertência confidencial em aviso reservado, ou seja, apenas o profissional fica sabendo. Em segundo lugar vem a censura pública, quando o nome do profissional e o artigo do Código de Ética que ele infringiu são divulgados em veículos de comunicação. Em alguns conselhos, como o de Farmácia e o de Contabilidade, também são aplicadas multas. “A cassação é o último recurso. Ela só é utilizada quando o conselho de profissionais acredita que aquele profissional não tem mais correção”, afirma o corregedor-geral do CRM-PR, Alceu Fontana Pacheco.

Um dos dados divulgados pelos conselhos que mais chamam a atenção é o de absolvições. Nos últimos cinco anos, as entidades absolveram cerca de 2 mil profissionais. Os números que mais evidenciam isso foram registrados pelo Conselho Regional de Medicina. De 2005 para cá, 296 médicos foram absolvidos. Outros 171 foram punidos e apenas cinco tiveram o registro cassado.

Para o sociólogo Ricardo Costa de Oliveira, chefe do departamento de Ciências Sociais da Uni­versidade Federal do Paraná (UFPR), toda categoria profissional tem um viés corporativo. “Até que se prove o contrário, as entidades sempre vão proteger os seus profissionais. Os maus profissionais só são efetivamente punidos quando existe uma forte pressão da opinião pública”, afirma.

Para o professor, quanto mais a sociedade fiscalizar, menor é a chance de o corporativismo se perpetuar. “A sociedade e a imprensa têm que fiscalizar. Mais fiscalização significa mais transparência sobre as decisões dos conselhos profissionais”, opina.


Cassação alcança só 1% dos profissionais - 29 Jul 2010 - Gazeta do Povo
Foto: Design you trust

Infraero


A Infraero vai contratar uma consultoria especializada para adequar a contabilidade da estatal aos padrões internacionais, que são mais rigorosos. Por esse método, passivos precisam ser reconhecidos no balanço já a partir da decisão judicial em primeira instância. Além disso, os ativos serão reavaliados anualmente para aferir a capacidade de geração de renda futura.

A medida faz parte do conjunto de ações em discussão para reestruturar a empresa, dentro da proposta de criar a Infraero S.A. A estimativa é que sejam necessários dois anos para aprovar uma lei ordinária no Congresso, elaborar o modelo de concessão, que será assinado pela nova empresa, e concluir o processo de abertura de capital. (...)

Infraero: consultoria vai adequar contabilidade a padrão internacional - 28 Jul 2010 –
O Globo - Geralda Doca e Lino Rodrigues

28 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #317

Uma das formas da SEC (a CVM dos EUA) exercer a fiscalização do mercado é através de denúncias feitas por terceiros. Mas ao contrário da CVM, a SEC paga um prêmio, em dinheiro, para as denúncias que resultem em processos contra os potenciais fraudadores. Pela nova lei de regulamentação do mercado financeiro, do presidente Obama, a SEC poderá pagar até 30%. No passado este sistema sofreu críticas, pois o pagamento era demorado e de baixo valor. Mas agora, uma esposa que descobriu que o marido estava envolvido num escândalo de uso de informação privilegiada receberá uma boa recompensa. O valor será de:

100 mil dólares
1 milhão de dólar
10 milhões de dólares


Resposta do Anterior: Microsoft Fonte: CNBC via Seeking Alpha

Links

Novo prazo para o Exame de Suficiência: aqui ou aqui

Mudanças nas Demonstrações Contábeis

Basileia III, jornalistas financeiros e lobyy

Congresso dos EUA aprovou Basiléia III antes de sua existência

Custo do vazamento do petróleo deve chegar a 40 bilhões de dólares para BP

A Questão de Fermi

Enrico Fermi (1901 – 1954) foi um dos maiores físicos de todos os tempos. Nascido na Itália, naturalizado norte-americano por conta da perseguição aos judeus no governo de Mussolini, este cientista recebeu o Nobel de Física em 1938. Suas contribuições ocorreram na teoria quântica, na física nuclear e de partículas e na mecânica estatística. Conforme destaca o verbete da Wikipedia, Fermi combinou teoria com experiência. Além disto, foi um educador preocupado em transmitir os ensinamentos de forma simples aos alunos.

Em How to Measure Anything, Douglas Hubbard propõe a Questão de Fermi. O físico propunha a seus alunos a seguinte pergunta: quantos afinadores de piano existem em Chicago? É interessante notar que Fermi estava numa das suas aulas de física, na Universidade de Columbia. Mas este é um teste interessante para sabermos se somos ou não criativos em encontrar a solução para uma questão de mensuração.

Uma forma simples de responder a pergunta de Fermi é contar o número de afinadores. Mas isto seria muito difícil, com uma relação entre o custo e o benefício muito desfavorável. Outra possível saída é olhar nos classificados ou numa lista de anúncios (de telefone, por exemplo) para verificar quantos afinadores fazem propaganda.

Uma solução mais simples é responder de maneira indireta. Poderíamos começar com a população da cidade e depois obter o número de residências com piano, a freqüência que um piano precisa ser afinado, quantos pianos por dia podem ser afinados e quantos dias no ano o afinador trabalha. Com estas informações, seria possível obter um intervalo aproximado de quantos afinadores existiriam numa cidade, sem precisar fazer um censo para obter este valor.

A Questão de Fermi mostra que muitas vezes a solução para problemas de mensuração pode ser mais simples e fácil do que pensamos. A solução pode ser obtida de maneira indireta.

Contabilidade de Pequenas Empresas em Portugal

(...) Há sensivelmente dois meses tomei conhecimento de uma iniciativa legislativa do CDS/PP, intitulada "Dispensa da aplicação das normas contabilísticas das Microentidades".

Depois de a ler cuidadosamente, fiquei perplexo.

O documento ia ao encontro de uma tradicional cultura portuguesa, onde a organização sempre foi vista como um custo improdutivo e não como um conjunto de informações imprescindíveis à gestão e consolidação das empresas portuguesas.

O projecto apresentado era inadequado à nossa realidade empresarial, onde nos últimos anos se tem assistido a uma profunda renovação da forma e filosofia existencial das empresas, retirando-lhe custos muito significativos com a desburocratização do seu dia-a-dia.

(...) Diminuir o papel que a Contabilidade deve desempenhar na organização das empresas prejudicaria fortemente a sua viabilidade económica. A Contabilidade merece respeito e não pode ser usada em jogos políticos. (...)

Reduzir o papel que a Contabilidade deve desempenhar na organização das empresas é incorrer num enorme erro.


Legislar com cuidado - 28 Jul 2010 - Diário Económico - Domingues de Azevedo, Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

Confesso que fiquei curioso para saber o que significa “Bastonário”. Procurei no Houaiss e não encontrei o significado. Mas a Wikipedia salvou: “designação oficial que se dá, em Portugal, ao dirigente superior de cada uma das associações profissionais públicas”