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16 julho 2010

Caixa, muito caixa 3

Segundo Bates, Kahle e Stulz (Journal of Finance, Out 2009):

a) Transação – modelos de Baumol (1952) e Miller e Orr (1966) derivam a demanda ótima de caixa na situação onde existe um custo nas operações de investimento e resgate. Uma suposição é que existe uma relação entre tamanho da empresa e quantidade de caixa, ou seja, economia de escala com caixa.

b) Precaução – o caixa é relevante contra choques adversos, onde o acesso ao mercado de capitais torna-se muito caro. Em geral, empresas com maior variância de fluxo de caixa e menor acesso ao mercado de capitais possuem mais caixa. Além disto, empresas com mais oportunidades de investimento possuem mais caixa, pois é mais caro, em situações de crise, obter caixa para estas alternativas (oportunidades de investimento). Em resumo, quanto maior o risco, maior o volume de caixa

c) Motivo de Impostos – possibilidade de pagamento de impostos futuros aumenta caixa.

d) Motivo de Agência – Trabalho clássico de Jensen, de 1986, mostrou que administradores retem caixa mais do que o necessário.

Caixa, muito caixa 2

Entre 1980 a 2006, a relação caixa (caixa e aplicações financeiras) e ativo esteve entre 5,1% e 10,9%, nos Estados Unidos. Quando se utiliza a mediana, a relação esteve entre 5,5% a 14,8%. Quando se compara, no mesmo período, a alavancagem destas empresas, líquida do caixa, existe uma forte tendência a queda, com alavancagem líquida negativa nos três últimos anos. A razão para isto está: (a) na redução dos estoques; (b) no aumento no risco do fluxo de caixa; (c) na redução dos gastos de investimento; (d) no aumento nos gastos de P&D. Duchin (Journal of Finance, jun. 2010) encontrou que existe vínculo entre diversificação e liquidez.

SEC e Goldman

A SEC anunciou um acordo com a Goldman Sachs, no valor de 550 milhões de dólares, com respeita uma questão de fraude (o fundo Abacus). Com isto encerra-se o caso. A Goldman não admite qualquer fraude, só omissão.

As ações da Goldman subiram!! Segundo o Footnoted a razão é o reduzido valor pago pela Goldman, em relação as suas despesas e em relação ao prejuízo estimado. Mesmo assim, é uma das maiores penalidades já cobradas em Wall Street, Além disto, desde que o processo começou a correr na SEC, as ações da empresa caíram no mercado.

Qualidade da Morte

O Economist Intelligence Unit, do grupo The Economist, criou um ranking dos cuidados com a pessoa no fim-de-vida. O resultado foi publicado na quarta-feira, 14 de julho.

A Grã-Bretanha está no topo da tabela, pois os médicos britânicos tendem a ser honestos sobre o prognóstico, o doente recebe medicamentos de maneira abundante e existe uma preocupação com a saude mental dos pacientes em estado grave.

Para saber a posição do Brasil, veja a figura abaixo.