O site do governo federal para acompanhamento da execução orçamentária do País é o mais bem avaliado pela associação Contas Abertas, segundo levantamento divulgado hoje. O site do governo (www.transparencia.gov.br) recebeu nota 7,56, numa avaliação de zero a dez.
Se o recorte for feito apenas entre os Estados, sem contar o site federal, o portal de São Paulo (www.transparencia.sp.gov.br) fica na primeira posição, com 6,96 de avaliação. Para chegar a esta pontuação, o Contas Abertas analisou critérios como o conteúdo oferecido por cada site, a frequência na atualização das informações e o nível de facilidade da ferramenta de pesquisa.
A média geral entre os Estados foi de 4,98, número considerado baixo pela associação. "Os Estados brasileiros ainda não permitem à sociedade a fiscalização adequada dos gastos públicos", avalia Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas, que atribui o fato de a nota mais alta ser do governo federal por se tratar de um site com sete anos de criação que tem "expertise no assunto". "Serviu até como parâmetro para outros sites estaduais e municipais", completa.
Os cinco primeiros colocados no ranking foram: São Paulo (6,96), Pernambuco (6,91), Rio Grande do Sul (6,29), Paraná (6,07) e Minas Gerais (5,60). O Rio de Janeiro ficou em 12º lugar (5,09), e o Distrito Federal em 14º (4,8). Os piores colocados no ranking foram Piauí, em último lugar (3,04), Roraima, em penúltimo (3,31) e Acre, Bahia e Rio Grande do Norte empatados com a terceira pior nota (3,82). Veja a lista completa em: www.indicedetransparencia.org.br.
Legislação
Castello Branco ressalva que o índice de transparência apontado pelo Contas Abertas não mensura a probidade administrativa, nem a eficiência na alocação de recursos públicos. De acordo com ele, no entanto, quanto mais transparente for o site, maior o poder de fiscalização da sociedade.
A Lei Complementar 131 estabelece o prazo de quatro anos para que a União, Estados e Municípios disponibilizem na internet informações pormenorizadas, em tempo real, sobre a execução orçamentária e financeira. A lei foi regulamentada em maio deste ano.
Contas Abertas: site do governo federal lidera avaliação
Por Carol Pires
15 julho 2010
Caixa, muito caixa
A tabela mostra as maiores empresas em volume de caixa nos Estados Unidos (não participam desta amostra bancos e outras instituições financeiras). As 20 maiores possuem mais de 600 bilhões de dólares em dinheiro, sendo que a primeira em caixa possui quase 150 bilhões em caixa. Fonte: Corporate Cash, Ritholtz
14 julho 2010
Teste #311
No teste anterior comentou-se sobre o caixa das empresas. Mas existe muito dinheiro de milionários (acima de um milhão de dólares) que não estão investidos. Uma estimativa indicou que o volume de dinheiro dos milionários que não está nas mãos de fundos de investimento (entre outros investidores) é de:
US$10 trilhões
US$ 1 trilhão
US$ 100 bilhões
Resposta do Anterior: O primeiro número refere-se a quantidade de caixa da Berkshire, a empresa que possui maior volume de caixa. O segundo número é a resposta correta. O terceiro, corresponde ao volume de caixa das 50 maiores empresas (em caixa e equivalente). Fonte: Corporate Cash, Rihotz
US$10 trilhões
US$ 1 trilhão
US$ 100 bilhões
Resposta do Anterior: O primeiro número refere-se a quantidade de caixa da Berkshire, a empresa que possui maior volume de caixa. O segundo número é a resposta correta. O terceiro, corresponde ao volume de caixa das 50 maiores empresas (em caixa e equivalente). Fonte: Corporate Cash, Rihotz
Economia Irracional
O livro Economia Irracional é decepcionante. Nem a presença de autores conhecidos como Akerlof, Arrow, Schelling, Shiller, Slovic e Sunstein, sendo os três primeiros ganhadores do Nobel de Economia, salva a obra. É uma junção de artigos, com assuntos como risco, superstição e racionalidade. Mas tudo muito superficial, com pouco vínculo entre os assuntos.
O artigo de superstição, de Shelling, discute a questão do número treze, da falácia de Monte Carlo, dos jogos contra natureza e de religião. Mas quatro páginas e meia não apresenta nada de novo. Na realidade, dos trinta capítulos, gostei somente de dois deles. Ambos discutem a questão da reação aos desastres naturais. O primeiro, O problema do Roubo, de Kip Viscusi, apresenta o caso interessante da cidade de Nova Orleans, que foi destruída pelo Katrina, um furação, em 2005. Apesar de muitos economistas questionarem a ajuda para reconstruir a cidade, em razão dos riscos ainda presentes de novas tragédias, a cidade está sendo reconstruída. Viscusi enxerga aqui o efeito propriedade, um problema estudado em finanças comportamentais, onde as pessoas costumam atribuir um valor exagerado aos seus bens.
O segundo artigo interessante é A Peculiar Política Americana da Administração de Desastres, de David Moss. O autor escreve sobre o comportamento do governo diante de situações de risco extremo, como é o próprio caso do Katrina. Em lugar de usar um “seguro”, o governo tem financiado estas situações com receitas orçamentárias emergenciais. Moss faz um retrospecto histórico mostrando que nem sempre isto foi assim: no passado, a assistência de grandes desastres era principalmente de entidades como a Cruz Vermelha, e cobriam somente uma pequena parcela dos dados estimados. Em 1927, um enchente no Misssissipi teve uma assistência de 3,3% dos danos coberta pelo governo e 5,8% pela Cruz Vermelha. Em 1993, um nova enchente no mesmo rio trouxe uma ajuda governamental de 52,5% do total dos danos, enquanto a Cruz Vermelha ajudou somente 0,4%. Moss acredita que a diferença entre as duas tragédias deve-se a atuação da imprensa e seus efeitos sobre a opinião pública. Cenas dramáticas das tragédias tendem a sensibilizar os políticos, inclusive os congressistas que irão aprovar o destino das verbas públicas. Além disto, as reportagens tendem a enfatizar as perdas (de vida ou de objetos materiais), deixando de lado as ações preventivas que poderiam ter sido realizadas.
Dois textos interessantes, mas pouco para uma obra cujo subtítulo é “Como tomar as decisões certas em tempos de incerteza”.
Economia Irracional. Organizado por Erwann Michel-Kerjan e Paul Slovic, Elsevier, 2010.
O artigo de superstição, de Shelling, discute a questão do número treze, da falácia de Monte Carlo, dos jogos contra natureza e de religião. Mas quatro páginas e meia não apresenta nada de novo. Na realidade, dos trinta capítulos, gostei somente de dois deles. Ambos discutem a questão da reação aos desastres naturais. O primeiro, O problema do Roubo, de Kip Viscusi, apresenta o caso interessante da cidade de Nova Orleans, que foi destruída pelo Katrina, um furação, em 2005. Apesar de muitos economistas questionarem a ajuda para reconstruir a cidade, em razão dos riscos ainda presentes de novas tragédias, a cidade está sendo reconstruída. Viscusi enxerga aqui o efeito propriedade, um problema estudado em finanças comportamentais, onde as pessoas costumam atribuir um valor exagerado aos seus bens.
O segundo artigo interessante é A Peculiar Política Americana da Administração de Desastres, de David Moss. O autor escreve sobre o comportamento do governo diante de situações de risco extremo, como é o próprio caso do Katrina. Em lugar de usar um “seguro”, o governo tem financiado estas situações com receitas orçamentárias emergenciais. Moss faz um retrospecto histórico mostrando que nem sempre isto foi assim: no passado, a assistência de grandes desastres era principalmente de entidades como a Cruz Vermelha, e cobriam somente uma pequena parcela dos dados estimados. Em 1927, um enchente no Misssissipi teve uma assistência de 3,3% dos danos coberta pelo governo e 5,8% pela Cruz Vermelha. Em 1993, um nova enchente no mesmo rio trouxe uma ajuda governamental de 52,5% do total dos danos, enquanto a Cruz Vermelha ajudou somente 0,4%. Moss acredita que a diferença entre as duas tragédias deve-se a atuação da imprensa e seus efeitos sobre a opinião pública. Cenas dramáticas das tragédias tendem a sensibilizar os políticos, inclusive os congressistas que irão aprovar o destino das verbas públicas. Além disto, as reportagens tendem a enfatizar as perdas (de vida ou de objetos materiais), deixando de lado as ações preventivas que poderiam ter sido realizadas.
Dois textos interessantes, mas pouco para uma obra cujo subtítulo é “Como tomar as decisões certas em tempos de incerteza”.
Economia Irracional. Organizado por Erwann Michel-Kerjan e Paul Slovic, Elsevier, 2010.
Portugal e a Crise
A agência de classificação de risco Moody's reduziu a avaliação da dívida de Portugal nesta terça-feira (13) em dois graus, de "AA2" para "A1", com perspectiva estável.
Fonte: Brasil Econômico. Comentário do sítio Business Insider
Desculpa Portugal, você é um dos PIGS, mas claramente você não importa hoje:
Londres: +0.7% (FTSE 100)
Paris: +0.6% (CAC 40)
Frankfurt: +0.6% (DAX)
Grécia: +0.4% (Athex)
Espanha: +0.4% (IBEX 35)
Portugal: -0.2% (PSI General Index)
Euro: $1.254 (-0.4%)
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