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06 julho 2010

Psicologia dos Cabelos

Procter tenta entender a psicologia dos cabelos
Ellen Byron, The Wall Street Journal - 5 Jul 2010
The Wall Street Journal Americas

Na crença de que com dados melhores é possível ter consumidores mais felizes, a Procter & Gamble Co. resolveu mobilizar seus pesquisadores de mercado para identificar de maneira científica os infinitamente variados dias em que os cabelos das mulheres ficam rebeldes.

São os temidos dias em que as mulheres não suportam os próprios cabelos, e a P&G os colocou no centro de uma enorme pesquisa e esforço de propaganda com o objetivo de reconquistar as consumidoras para os xampus e condicionadores da marca Pantene. Em jogo estão milhões de dólares em vendas perdidas durante a recessão, quando os consumidores cortaram gastos eletivos e economizaram em coisas como produtos para cabelos.

Cientistas da empresa entrevistaram mulheres e identificaram que elas se sentiram menos “hostis”, “envergonhadas”, “nervosas”, “culpadas” ou “agitadas” dependendo do produto de cabelo que usaram, enquanto, outras vezes, disseram que se sentiram mais “animadas”, “orgulhosas” e “interessadas”. Consumidoras de uma nova versão do Pantene, concluiu um dos pesquisadores, “informaram estar mais contentes que outras no grupo de controle”.

Com vendas mundiais estimadas em US$ 3 bilhões, a Pantene é uma das linhas de maior sucesso da P&G e há muito tempo sua marca mais vendida em farmácias. Mas ela ainda sofre por causa do desaquecimento econômico nos Estados Unidos, quando as americanas passaram a usar produtos rivais mais baratos. Essas marcas parecem ter roubado mercado da Pantene, de acordo com estimativas da empresa de pesquisas Euromonitor International Inc. Em 2009, as vendas da Pantene nos EUA caíram 9%, para US$ 812 milhões, em comparação com uma queda geral de 3% para xampus, condicionadores e outros produtos para cabelo, segundo a Euromonitor.

O cabelo difícil é um tema sensível, e as empresas se movem com cautela em torno desse tópico. As mulheres culpam o tempo, o corte ruim ou a noite maldormida — mas cabelos danificados ou sem saúde também são um fator importante, diz David Rubin, diretor de marketing nos EUA da linha de cuidados com os cabelos da anglo-holandesa Unilever. Novos anúncios da linha Dove, da Unilever, encontraram humor na forma como as mulheres acabam estragando seus cabelos ao arrumá-los. “Não falamos muito sobre os dias de cabelo difícil”, diz Rubin.

Cerca de 25% das mulheres dizem que não têm vontade de sair de casa nos dias em que seus cabelos estão feios, diz Bob Gorman, diretor de marketing nos EUA da Tresemmé, da americana Alberto-Culver Co. Ainda assim, como cabelo feio é uma coisa tão subjetiva, é difícil vender uma solução. “Alguém com cabelo encaracolado pode querer que ele fique liso e alguém com cabelo liso pode querer o encaracolado”, diz Gorman. “O dia de cabelo ruim para alguém pode ser um bom dia para você.”

As mulheres são volúveis quando se trata de xampu. Apenas um terço das consumidoras de produtos para cabelo dizem usar uma única marca, segundo a empresa de pesquisa de mercado Mintel International. Metade diz que oscila entre duas ou três marcas. O resto diz que muda “constantemente”.

No segundo trimestre de 2009, cientistas da P&G fizeram uma pesquisa que foi extrema mesmo para os padrões da empresa, mergulhando mais profundamente nos sentimentos das mulheres em relação aos seus cabelos. O esforço coroou anos de trabalho da P&G para reformular os produtos Pantene, redesenhar as embalagens, reduzir a linha de 14 para 8 “coleções” e criar anúncios comprovados cientificamente para chamar a atenção.

A P&G é famosa por ir longe para conseguir compreender as necessidades de seus clientes — medindo os movimentos feitos com as escovas de dentes ou contando as camadas feitas com rímel e, aí, criando produtos que façam os clientes se sentir bem.

“Queríamos ir além de apenas falar com os consumidores sobre benefícios específicos, como a suavidade e o volume”, diz Jeni Thomas, uma cientista da P&G. “Para medir o desempenho da reinvenção do Pantene, era importante olhar mais profundamente esses sentimentos gerais em relação ao cabelo.”

A P&G fez a pesquisa com quase 3.400 mulheres, que classificaram com que intensidade sentiam 20 emoções específicas em relação aos seus cabelos. Aproximadamente 1.300 mulheres passaram a usar os produtos para cabelos Pantene por uma semana e, depois, completaram o questionário uma segunda vez. Cerca de 900 dessas mulheres usaram novas fórmulas e embalagens da Pantene, e cerca de 400 usaram a versão antiga.

Tanto antes quanto depois de usar o Pantene, as participantes deram notas sobre a intensidade com que sentiram os diversos humores. “Isso nos permite entender o que as pessoas querem dizer quando elas falam sobre ‘cabelo ruim’”, diz Marianne LaFrance, uma professora de psicologia da Universidade Yale que analisou os dados da pesquisa da P&G.

Viagem em pé


Viagem em pé... no avião
O Globo - 6 jul 2010

LONDRES. A companhia aérea irlandesa Ryanair, conhecida por oferecer voos baratos, anunciou que tem planos de oferecer lugares em pé em seus aviões ao custo de 4 libras (cerca de R$10), segundo a BBC.

A empresa, que já havia gerado polêmica recentemente ao informar que pretendia cobrar 1 libra (cerca de R$2,70) pelo uso do banheiro a bordo, explicou que pretende oferecer as viagens em pé — após a reforma das aeronaves — justamente com recursos arrecadados na utilização dos sanitários. As mudanças permitiriam incluir entre 40 e 50 passageiros a mais em cada aeronave.

De acordo com a BBC, a Ryanair pretende remover as últimas dez fileiras de assentos dos 250 aviões da companhia e substituí-las por 15 fileiras de “assentos verticais”. Dois banheiros da parte de trás também poderiam ser removidos.

Estas passagens seriam, inicialmente, para voos curtos, com menos de uma hora.

Os passageiros em pé continuariam usando cintos de segurança, que passariam sobre o ombro, como os utilizados atualmente pela tripulação durante os voos. Testes para avaliar a segurança dos assentos verticais serão realizados no ano que vem, segundo o presidente-executivo da Ryanair, Michael O'Leary.

A Agência de Segurança de Aviação Europeia (Easa, sigla em inglês) reagiu negativamente à ideia, dizendo que suas regras teriam de ser reescritas, já que todo ocupante com mais de dois anos de idade tem que ter um assento próprio. Para um porta-voz da Easa, a ideia é inédita e improvável de ser aprovada.

Já o porta-voz da Ryanair Stephen Mcnamara disse que a companhia está confiante na aprovação dos assentos em testes de segurança. O projeto prevê a utilização de “assentos verticais” em no máximo dois anos.

A empresa se defendeu das acusações de que suas ideias são apenas uma forma de atrair publicidade. A companhia admite, porém, que a cobrança pelo uso de banheiros e assentos verticais ainda são um plano em “fase bem inicial”.


Foto: Flickr

05 julho 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Obama e o Photoshop



Esquerda: capa da The Economist. Direita: Foto sem o Photoshop. Comentário do Business Inseder: Obama parece mais deprimido sozinho.

Contador 3

Exame será obrigatório para requerer registro
Folha de São Paulo - 4 jul 2010

A PARTIR DE AGOSTO

Graduados em ciências contábeis e técnicos em contabilidade têm até 30/7 para requerer o registro profissional no Conselho Regional de Contabilidade sem precisar passar pelo Exame de Suficiência. O teste será obrigatório a partir de agosto e contará com questões dissertativas e de múltipla escolha.

A lista de documentos exigidos para o registro está disponível em www.crcsp.org.br [http://www.crcsp.org.br], em "Registro/Informações".

Contador 2

RAIO-X DA PROFISSÃO
Folha de São Paulo - 4 jul 2010

RAIO-X DA PROFISSÃO

Requisitos desejáveis

Afinidade com outros departamentos das empresas, como os de administração, direito e TI (tecnologia da informação) Atualização constante Criatividade Dinamismo Domínio de idiomas estrangeiros, especialmente inglês e espanhol Facilidade para falar em público Liderança Facilidade para trabalhar em equipe Poder de persuasão

Áreas mais carentes

Auditoria Contabilidade tributária Controladoria Gestão de custos Perícia contábil

Fontes: CFC, FEA-USP e PUC-SP

Contador 1

Mercado carece de contadores
Folha de São Paulo - 4 jul 2010
64% das empresas têm dificuldade de preencher vagas, diz pesquisa
CAROLINE PELLEGRINO

Apesar de contar com 412 mil profissionais registrados no CFC (Conselho Federal de Contabilidade), a área de ciências contábeis vive hoje um desafio: a falta de mão de obra qualificada no país.

A quantidade de formados, justifica o conselho, é insuficiente para atender à necessidade dos 5 milhões de empresas no Brasil.

Segundo a vice-presidente do CFC, Maria Clara Cavalcante Bugarim, a taxa de empregabilidade de contadores é superior a 90%. "O campo de trabalho é bastante vasto, e existe demanda em diversas áreas, como auditoria e controladoria", sinaliza.

Um levantamento da consultoria Manpower com 850 recrutadores de grandes empresas brasileiras dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná confirma a escassez. Pelo estudo, elaborado no primeiro trimestre de 2010, 64% das companhias indicaram dificuldade em preencher vagas.

A carência está ligada às peculiaridades das ciências contábeis, avalia o coordenador de pós-graduação em contabilidade da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), Edgar Cornachione.

"No país, há 50 atribuições que só podem ser exercidas por um profissional registrado, tais como avaliação patrimonial e implantação de plano de depreciação", afirma.

Segundo Cornachione, a demanda maior é por profissionais com ensino superior. "Neste momento de sofisticação da economia brasileira e de modernização da contabilidade, são necessárias pessoas dinâmicas e altamente qualificadas para acompanhar esse movimento", diz.

REQUISITOS

Exemplo disso, ressalta o chefe do departamento de ciências contábeis da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Gleubert Carlos Coliath, é a lei nº 11.638. Em vigor desde dezembro de 2007, ela traz práticas internacionais para o dia a dia das companhias brasileiras.

"O mercado precisa de pessoas que dominem idiomas, principalmente inglês e espanhol, e que acompanhem normas internacionais da contabilidade", pontua.

Graduado em ciências contábeis, Luiz Pegoraro, 25, acrescenta outra exigência -além de idioma estrangeiro e atualização- para que o profissional tenha sucesso: poder de convencimento.

"Antes, o profissional ficava fechado em uma sala contabilizando os números; hoje, é preciso que ele tenha persuasão para convencer os gestores", pondera Pegoraro, que atua no ramo de auditoria contábil na consultoria PricewaterhouseCoopers.

O salário para quem preenche os requisitos pode variar de R$ 1.500 para trainee a R$ 20 mil para "controller", profissional que fornece informações financeiras para gestores.