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08 junho 2010

Teste #290

________, ao nomear o primeiro presidente _________, disse: um ladrão para pegar outros ladrões.

Franklin Roosevelt - SEC
Richard Nixon - Fasb
George Bush - PCAOB


Resposta do Anterior: C/D/A/C Fonte: aqui

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Madoff na prisão

O efeito das novas propostas para valor justo

Extendendo a fórmula DuPont para a produtividade

Equador adere as Normas internacionais de contabilidade

Madoff na prisão

"As minhas vítimas mereceram o que aconteceu", diz Madoff
Brasil Econômico - Por Eudora Ribeiro do Diário Económico (Portugal)
07/06/10 17:06

Bernard Madoff, condenado a 150 anos de prisão por fraude financeira, disse aos seus colegas de cela que as suas vítimas "mereceram o que aconteceu, justamente por serem ricas e gananciosas".

Segundo a rede americana CNBC, um presidiário perguntou a Madoff o que ele achava sobre as vítimas de sua fraude de US$ 65 bilhões.

Em resposta, o multimilionário afirmou: "Que se danem minhas vítimas. Aturei todos por vinte anos e agora cumpro 150 anos [de prisão]", disse ele, de acordo com um artigo publicado também na New York Magazine.

"As pessoas continuavam a me oferecer dinheiro", disse Madoff a um conselheiro da prisão, que deu recomendações a ele sobre como suportar a pena.

"Alguns clientes queriam investir e, caso eu dissesse que não, elas respondiam: 'Então, você não é suficientemente bom?'", declarou.

A reportagem da New York Magazine ainda revela que Shannon Hay, um traficante de drogas que estava preso na mesma cela de Madoff, contou que o multimilionário compartilhou com ele a sua versão dos fatos.

"Ele me contou a sua versão. Disse que tirava dinheiro de pessoas que eram ricas e gananciosas e que queriam ainda mais", disse Hay, que foi libertado em dezembro passado.

A publicação ainda diz que Madoff é admirado na prisão, tem fãs e é visto como uma pessoa bem sucedida.

Camiseta criativa



Fonte: aqui

Fraude

CVM vê fraude na compra da GVT por Vivendi
Graziella Valenti, de São Paulo
08/06/2010

A Vivendi está sendo acusada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por irregularidades cometidas na aquisição da GVT, realizada em novembro. A operação foi inovadora no mercado brasileiro e as brechas utilizadas pelo grupo francês para vencer a disputa com a Telefónica levaram a autarquia a rever a regulamentação sobre essas operações.

Após investigação internacional, a CVM concluiu que a transação foi fraudulenta. A Vivendi também é acusada por falha na comunicação aos investidores, que resultaram em manipulação do mercado. Procuradas, CVM e Vivendi não comentaram o assunto.

A questão ambiental

A notícia a seguir refere-se ao desastre de Bhopal. Somente 25 anos após a desastre, o julgamento.

Somente mais de 25 anos após a morte de milhares de pessoas na cidade de Bhopal, um tribunal indiano condenou sete ex-funcionários da subsidiária indiana da multinacional Union Carbide por negligência no vazamento de gás, num dos maiores desastres industriais já ocorridos no mundo. Sobreviventes do acidente que aguardavam do lado de fora do corte consideraram a sentença muito leve — dois anos de prisão — e muito atrasada. Estima-se que 100 mil pessoas ainda sofram os efeitos do gás. Os condenados saíram sob fiança e ainda podem recorrer da sentença.

— Essa punição não é suficiente. Eu perdi o meu filho, um irmão e meu pai. Eu ainda tenho pesadelos — contou Ram Prasad, de 75 anos.

O governo indiano calcula que 3.500 pessoas tenham morrido quando gás vazou de uma fábrica da Union Carbide em Bhopal, numa área próxima a favelas. Ativistas estimam em 25 mil o número de pessoas mortas imediatamente e nos anos seguintes, em decorrência do gás.

Os sete empregados — todos indianos e muitos já na faixa dos 70 anos — foram ainda multados em 100 mil rúpias (cerca de R$4 mil), enquanto a divisão indiana da empresa deverá pagar 500 mil rúpias (R$20 mil). Um oitavo funcionário morreu antes do julgamento. Organizações como a Anistia Internacional (AI) defendem que o governo indiano leve agora à Justiça a Union Carbide Corporation (UCC), que tem sede nos Estados Unidos.

“Estas são condenações históricas, mas muito pequenas e muito tardias. Vinte e cinco anos é uma demora inaceitável para os sobreviventes do desastre e para as famílias dos mortos aguardarem pela conclusão de um julgamento criminal”, disse Audrey Gaughran, diretor da AI para Assuntos Globais. Segundo a organização, 100 mil pessoas sofrem de doenças relacionadas ao gás.

Na manhã de 3 de dezembro de 1984, uma fábrica de pesticida controlada pela Union Carbide deixou escapar cerca de 40 toneladas de isocianato de metila, um gás letal. Investigadores dizem que o acidente ocorreu quando entrou água num tanque contendo o gás altamente reativo, elevando a pressão. A empresa afirma que foi um ato de sabotagem, nunca esclarecido.

Mais de três mil pessoas morreram logo após o vazamento. Crianças e idosos, a maioria extremamente pobre, morreram na cama, cerca de três minutos após inalar o gás. O alarme da indústria falhou, não soou imediatamente, e milhares de pessoas não sabiam que deviam fugir.

Segundo a Central de Investigação da Índia, a empresa não seguia os procedimentos de segurança adequadamente, e os efeitos do gás elevaram o número de mortes nos anos seguintes. Ativistas dizem que até hoje crianças nascem na região com danos cerebrais e defeitos físicos devido ao acidente.

Anos depois a empresa vendeu a subsidiária, que hoje se chama Eveready Industries India. Nos Estados Unidos, a Union Carbide disse ontem, numa declaração em seu website, que a empresa e seus empregados não estão sujeitos à jurisdição indiana, já que não estavam envolvidos no funcionamento da fábrica. Segundo a Dow Chemical, que comprou a Union Carbide em 2001, o caso foi resolvido em 1989, quando a empresa pagou US$470 milhões ao governo indiano — cerca de R$864 milhões.


Sentença branda e tardia na Índia
O Globo - 8/6/2010

Atraso na Convergência

União Europeia critica adiamento na adoção das normas internacionais / Nikki Tait e Rachel Sanderson

O Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, em inglês), com sede em Londres, e o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), dos Estados Unidos, foram forçados recentemente a divulgar uma nota na qual confirmam que não vão cumprir o prazo de junho de 2011 estabelecido pelo grupo dos 20 países industrializados, o G20, para a harmonização das regras contábeis globais.

As relações entre a União Europeia e o Iasb não foram as mais tranquilas no passado, e qualquer sinal de deterioração é acompanhado de perto, já que poderá prejudicar ainda mais o processo de convergência contábil.

Enquanto não é incomum para reguladores contábeis mexer nos prazos durante o processo de criação de normas, os ministros do G20 vinham pressionando por junho de 2011 em parte porque é visto como particularmente importante trazer as empresas americanas para as normas internacionais.

Barnier disse estar "decepcionado" com a maneira que a decisão do Fasb e do Iasb foi tomada e pediu que o assunto fosse tratado com urgência pelo Conselho de Monitoramento, que supervisiona as operações do Iasb. Barnier é membro do conselho, assim como Mary Schapiro, presidente da Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC), que fiscaliza o órgão contábil americano.

"Todas as jurisdições representadas no Conselho de Monitoramento precisam trabalhar muito de perto e é onde as decisões importantes devem ser discutidas e tomadas. É por isso que o comissário gostaria que a questão fosse discutida o mais rápido possível no Conselho de Monitoramento", informou a Comissão Europeia.

Barnier acrescentou que "apoia e acredita com vigor" na criação de um padrão global contábil único de alta qualidade até junho de 2011. É um "compromisso de todos os membros do G20 que tem de ser respeitado".

Não é a primeira vez que a Comissão Europeia e o Iasb entram em atrito. Bruxelas criticou a governança do órgão de normas internacionais de contabilidade e ameaçou suspender os recursos se não fossem feitas mudanças. A Comissão Europeia também contrariou o Iasb no ano passado quando decidiu não apoiar uma regra sobre o uso do valor justo para instrumentos financeiros.

O atraso no processo de convergência também forçou a SEC a publicar uma declaração reiterando que ainda pretende avaliar em 2011 se as companhias americanas devem adotar as normas internacionais.

O Iasb e o Fasb dizem que o processo de convergência poderá atravessar o segundo semestre do próximo ano porque investidores e companhias estariam preocupados com a velocidade do processo, o que poderia induzir a erros nas demonstrações financeiras.


Valor Econômico - 7 jun 2010