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21 maio 2010

Dilema do Prisioneiro

O Dilema do Prisioneiro é o problema mais conhecido da teoria dos jogos. A idéia foi formulada na década de 1950 por Merril Flood e Melvin Dreascher. A simplicidade do problema e das inúmeras discussões geradas faz com o sucesso deste problema

O dilema tem a seguinte estrutura: dois bandidos foram presos e levados para interrogatório em salas separadas. A cada um deles foi oferecido à possibilidade de confessar ou não um crime de cometeram. Se o prisioneiro I confessar e o outro não, o prisioneiro I não é condenado, por ter colaborado com a justiça, mas o outro recebe 5 anos de prisão. O inverso também é verdadeiro: caso o prisioneiro II confesse e o primeiro não, aquele que colaborou sai livre da prisão, enquanto o que ficou calado recebe a pena de cinco anos. Se ambos falarem, a pena será de 3 anos para cada. Finalmente, se nenhum ajudar a justiça, ambos terão uma pena de um ano de cadeia por um crime menor.

Muita discussão tem sido realizada sobre as estratégias de cada um dos prisioneiros: ajudar ou não a justiça. Pesquisas também foram feitas para verificar se o jogo sendo praticado de forma repetida, ou com comunicação entre os prisioneiros, ou com pessoas de diferentes perfis, produz resultados diferentes. Algumas pesquisas mostraram, por exemplo, que os homens tendem a ser mais cooperativos do que as mulheres.

Em 1979 Robert Axelrod convidou diversos pesquisadores para desenvolverem um programa que permitisse gerar a melhor estratégia para resolver o Dilema do Prisioneiro. Diversos especialistas encaminharam programas.

O vencedor da batalha foi um psicólogo chamado Anatol Rapoport com uma estratégia extremamente simples: no primeiro lance coopere; nos demais, repita o ultimo lance do oponente.

Axelrod fez um estudo dos programas, analisando os pontos fortes e fracos de cada um. Após isto, novamente convocou os especialistas para uma segunda competição. Já conhecendo o resultado da primeira rodada, mais de sessenta programas participaram do desafio. O vencedor: Rapoport, com a mesma estratégia de repetir o lance do oponente.

Para ler mais
MERO, LASZLO. Moral Calculations. Copernicus, New York, 1998.

20 maio 2010

Rir é o melhor remédio





Mais Jobs e Gates, aqui

A indústria de pornografia e o Caso do Copyright

A internet é um local onde existe muita violação dos direitos autorais. Isto inclui vídeos, músicas, artigos etc. Isto tende a gerar um conflito entre as empresas da internet e os detentores de direitos autorais. Recentemente, a Viacom processou o Google por violação de direitos autorais.

Um caso interessante diz respeito os endereços de pornografia, como pornhub, youporn e xvideos. Nestes endereços, existe uma grande quantidade de conteúdo disponibilizado de forma gratuita.

Isto tem efeitos sobre a indústria de pornografia. Os endereços dedicados a pornografia estão entre os mais visitados da internet. Alguns deles são mais procurados que os endereços da CNN ou do New York Times.

Ao mesmo tempo, a indústria comercial de pornografia está em declínio. Um exemplo dos efeitos da internet sobre a indústria de pornografia é a tiragem da revista Playboy. Em março de 1999 a revista brasileira teve uma tiragem de 1,22 milhão. No final daquele ano a tiragem chegou a 1,25 milhão. A última vez que a revista registrou uma tiragem significativa foi em junho de 2005, com cerca de 600 mil exemplares. O número de abril de 2010 teve uma tiragem de 200 mil exemplares.

Os problemas do setor de pornografia também dizem respeito a todas as áreas onde a “criatividade deveria ser protegida”. A forma básica é através dos direitos autorais. Mas isto na prática tem-se mostrado difícil. Em alguns setores, não existem direitos autorais e isto não impede a produção econômica de bens. A indústria de moda não tem como proteger dos direitos autorais, mas continua existindo. Cozinheiros não conseguem ter direitos sobre suas receitas, mas o setor de restaurantes continua a existir.

No caso da indústria de pornografia, assim como do setor de música, os direitos autorais não estão conseguindo internalizar o fluxo de caixa. Mesmo que seja possível impedir a divulgação de conteúdo em sítios gratuitos de pornografia, provavelmente isto não impedirá a continua redução do fluxo de caixa do setor. A razão disto está na redução do custo de produção: basta uma câmera, uma cama e alguns amadores; os programas de edição são baratos; a tecnologia tornou mais fácil a produção, edição e reprodução de conteúdo.

19 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Turistas, pousando para uma já "tradicional" foto, e a Torre de Pisa

Os EUA irão adotar a IFRS?

Esta é uma boa pergunta e uma postagem do blog Accounting Principles responde:

Tendo dedicado uma parte importante da minha carreira na compreensão do impacto das IFRS e da questão da convergência, sob a perspectiva dos EUA, estou convencido de que a chance de que qualquer empresa dos EUA seja forçada a mudar da versão atual do US GAAP para a versão atual da IFRS é absolutamente zero.


As razões apresentadas:

a) a grande maioria das empresas dos EUA não são obrigadas a adotar um norma contábil específica pois são empresas fechadas.
b) Para as empresas abertas, a SEC já sinalizou que somente haverá adoção da IFRS quando a diferença entre o US GAAP e a IFRS for menor. Ou seja, quando isto ocorrer a alteração será tranquila;
c) A idéia de ceder o controle de uma norma para uma entidade estrangeira é considerada impensável para muitos nativos dos EUA;
d) As forças do mercado não estão pressionando para a mudança.