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06 maio 2010

Bulgária versus Índia 2

Continua o desafio entre o bulgário Topalov e o indiano Anand para saber que é o campeão mundial de xadrez. Na partida de número 7, Topalov, em desvantagem no placar, fez os primeiros 15 lances em 3 minutos, incluindo um sacrifício de uma peça no nono lance. Isto é algo espantoso, pois cada jogador possui duas horas para fazer os quarenta primeiros lances. O indiano Anand levou muito tempo para analisar os lances, mas conseguiu controlar os nervos e o tempo. O jogo terminou num empate em pouco mais de cinqüenta lances.

Na partida seguinte, Topalov jogando de brancas construiu uma vantagem de posição que levou a uma vitória. O placar agora está empatado, já que cada um possui duas vitórias, com quatro empates. Faltam quatro partidas, sendo a nona iniciando hoje – dia 6 de maio – as 9 horas de Brasília. O novo campeão mundial será aquele que conseguir 6,5 pontos no mínimo: uma vitória vale um ponto, um empate meio e a derrota zero.

Duas curiosidades: (1) uma das partidas do match teve que ser interrompida por falta de energia elétrica no Clube Militar de Belgrado, onde ocorrem os jogos; (2) há alguns dias morreu o dirigente filipino Carpomanes, que ficou famoso por beneficiar Karpov no match contra Kasparov, na década de oitenta.

05 maio 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado, daqui

Situação econômica do Brasil

Em um artigo intitulado precisamente assim (Latin swagger). o jornal avalia a maré de boas notícias econômicas sobre a região e, em especial, sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escolhido pela revista americana "Time" na semana passada como o primeiro de uma lista de personalidades mais influentes do mundo.

Embora reconheça que haja motivos reais para celebrar sua situação econômica, o "Financial Times" faz uma alerta para o que chama de "complacência" latino-americana, e brasileira em especial, em relação ao seu próprio futuro.

"O maior perigo financeiro que a América Latina enfrenta agora é a complacência, especialmente no Brasil", diz o jornal. "As piores quedas normalmente ocorrem justo quando se está cantando de galo."

A argumentação do jornal é a de que a região contou com uma boa dose de "sorte" na última década. (1)

Primeiro porque, calejados por crises anteriores, os bancos latino-americanos preferiram olhar para o mercado interno e evitar embarcar no risco de se expor aos empréstimos do tipo "subprime", que terminaram contaminando as economias mais avançadas.

Além disso, diz o editorial, a demanda por commodities na Ásia puxou as economias latino-americanas mesmo durante a tempestade econômica nos países ricos. (2)

Por fim, argumenta o "FT", as baixas taxas de juros americanas, próxima do zero, fizeram a região receber um influxo de recursos em busca de retorno mais alto.

"Qualquer um desses fatores sozinhos seria capaz de sustentar um boom. Mas a América Latina está desfrutando de todos ao mesmo tempo. Como alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI), se trata de uma bonança sem precedentes."

Para o "FT", os países da região devem procurar olhar para além da bonança e tomar medidas como evitar a apreciação exagerada do câmbio - o jornal menciona especificamente o Brasil e a Colômbia - e investir em obras de longo prazo, como no setor de infraestrutura. (3)

"Ainda assim, pode haver um excesso de capital", avalia o editorial. "O crédito brasileiro tem saltado a uma taxa de 47% e os preços de imóveis no Rio de Janeiro têm subido cerca de 50% ao ano."

Para o diário, esses são "apenas dois sinais de alertas de uma dor-de-cabeça pós-boom que ainda está por vir".

Financial Times alerta para 'fanfarronice' em recuperação econômica do Brasil - Estado de São Paulo - 5/5/2010

Para jornal britânico, situação econômica da América Latina é positiva, mas é preciso evitar 'cantar de galo'.

BBC Brasil  BBC


 

1 – Esta afirmação está correta. Mas ocorreu melhorias nas políticas econômicas também.

2 – A base de exportação do Brasil hoje são os produtos primários.

3 – Adiciono a questão da política fiscal, que aumentou de forma exagerada as despesas.

Efeito da titulação

Os pressupostos da teoria do capital humano estabelecem que as pessoas se educam e que o principal efeito da educação é a mudança que ela provoca nas habilidades e conhecimentos de quem estuda. A consequência prevista é uma melhora no nível de renda, na qualidade de vida e nas oportunidades profissionais e sociais. Tendo por base esse arcabouço teórico, o propósito desta pesquisa foi identificar e analisar as avaliações e percepções dos doutores em Ciências Contábeis, titulados pela FEA/USP, sobre as influências do doutorado nos seus desenvolvimentos e nas suas responsabilidades sociais. Os achados da pesquisa confirmaram as expectativas, explicações e previsões da teoria. Na percepção dos egressos, os 19 fatores possíveis de serem alterados que lhes foram apresentados, foram substancialmente influenciados com a titulação. Os resultados evidenciam que o Doutorado em Ciências Contábeis tem encontrado sua principal clientela entre homens casados que desenvolvem suas atividades no mercado. Titulam-se, em média, aos 42 anos e, ao ingressarem, buscavam seguir ou aprimorar a carreira de pesquisador, além da obtenção de melhor nível de renda. E, nesse último ponto, alcançaram pleno êxito. Os efeitos da titulação sobre os rendimentos são bastante acentuados.


Doutores em Ciências Contábeis: Análise sob a Óptica da Teoria do Capital Humano
Jacqueline Veneroso Alves da Cunha - Edgard Bruno Cornachione Junior - Gilberto de Andrade Martins - Art. #8, pp. 532-557

04 maio 2010