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04 maio 2010

Valor de Mercado

Um leitor pergunta:

Gostaria de saber qual é o conceito de valor de mercado de um bem ou serviço e como determiná-lo

A resposta é um “depende”. Alguns itens são possíveis de obter o valor de mercado facilmente. É o caso da grama de ouro, onde a cotação diária é divulgada nos jornais.

Outros, a obtenção do valor de mercado pode ser um pouco mais complexa. É o caso de um automóvel. Sabendo o modelo, é possível abrir as tabelas de mercado, onde são apresentados os valores máximos e mínimos.

Mas existem bens e serviços onde a determinação do valor de mercado é muito mais complexa. Por exemplo, qual o valor da hora de trabalho de um contador? A resposta depende da qualificação do trabalho.

03 maio 2010

Futebol e Ativo

"Presidente do Santos promete até o segundo semestre encaminhar à CVM a proposta para constituição de um fundo de investimentos no qual o investidor lucra com a valorização dos jogadores." (Mais do que craques, meninos podem virar ativos da Vila – Elaine Cotta e Regiane Oliveira – Colaborou Mariana Segala – 3 de maio de 2010 – Brasil Econômico)

A proposta é lançar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). A SPE capta recursos num grupo restrito de investidores, sem lançamento de ações. O Santos contratou a KMPG, o Santander e o Itaú BBA. Um dos entrevistados pelo jornal afirma que a legislação brasileira não permite que constitua um fundo para administrar compra e venda de ativo humano.

"A advogada do escritório Mattos Filho, Marina Procknor, diz que juridicamente são duas as formas de montar fundos que invistam em jogadores de futebol. Uma delas é o fundo de participações, ou FIP, mesma estrutura utilizada pelas companhias de private equity.

Neste caso, uma empresa detém os direitos econômicos dos jogadores e do outro, o fundo compra fatias dessa empresa. Esta, por exemplo, foi a estrutura adotada para a constituição do fundo Soccer BR 1, do banco BMG, que já fez duas captações privadas, mas ainda não foi aberto à aplicação do público em geral. Ele terá investimento inicial de R$ 1 milhão.

A outra alternativa é aplicar nos jogadores por meio de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). Neste caso, a carteira compra os recebíveis da negociação dos jogadores - ou seja, adquire o direito de receber, no futuro, parte da receita que virá da venda dos atletas."

Uma curiosidade: a reportagem é assinada por três jornalistas (feminino). No Congresso USP um artigo sobre futebol também teve a autoria de pesquisadoras (feminino).

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Teste #272

Mais uma pesquisa sobre as marcas mais valiosas do mundo. Desta vez a Milward Brown Optimor (quem?) indicou as cem marcas mais valiosas do mundo, começando pelo Google. E uma empresa brasileira está presente. Qual? (o valor da sua marca é de 9,7 bilhões de dólares)


 

Ambev

Bradesco

Petrobrás

Vale do Rio Doce


 

Resposta do Anterior: 8 de cada 1.000 empresas estão quebradas. Destas 8, sete ou 90%, devem ser acusadas pelo sistema de monitoramento de crédito. Restam 992 empresas, que não estão quebradas, mas 70 (ou 7% de 992) serão acusadas de "quebradas" pelo sistema como erro. Assim, das 77 foram acusadas pelo sistema de monitoramento, somente 7 realmente estava quebrada. Ou seja, 7 de 77 ou 9%.


 

Adaptado de um caso médio aqui

Por que o vazamento do Petróleo no Golfo do México é importante para Contabilidade?

O vazamento de petróleo no Golfo do México faz voltar os olhos para a empresa BP, responsável pela plataforma. Esta notícia é relevante para contabilidade por duas razões.

Em primeiro lugar, existe a questão da mensuração dos efeitos do vazamento sobre a situação financeira da empresa. Isto inclui não somente os custos diretos, que inclui pagamento de indenizações e aqueles desembolsos vinculados as medidas emergenciais para conter o desastre. Existem também os custos indiretos, que pode inclui a reputação, aumento nas despesas de seguros, entre outros aspectos. Para o contador da empresa, o desastre poderá gerar a necessidade de uma provisão para cobrir estes desembolsos futuros.

O segundo aspecto é mais complicado e diz respeito a evidenciação das informações de natureza ambiental. Neste sentido, o histórico da empresa permite concluir que talvez a empresa tenha sido desleixada nas práticas ambientais. Segundo um comentário divulgado pelo Riskmetrics, em abril de 2009, a empresa já apresentava alguns sinais preocupantes nesta área. Anteriormente, acidentes na refinaria de Texas City da empresa, multas de segurança e corrosão em oleoduto indicava existência de sérios problemas ambientais, que custaram a empresa 10 bilhões de dólares, ou 40% do fluxo de caixa das operações. Além disto, a segurança ambiental da empresa estava abaixo da média do setor. Além disto, um relatório mostrou que a empresa sabia dos problemas de segurança da refinaria de Texas City antes do acidente.

Itaú e Cliente

Prezados amigos,

Gostaria de relatar uma história triste de preconceito que sofri por parte do Banco Itaú, que me negou financiamento imobiliário devido ao meu histórico de câncer. Considero um assunto de extrema importância para todos os pacientes de câncer e gostaria de contar com sua ajuda na divulgação deste fato. De acordo com a advogada Antonieta Barbosa, “nenhuma Instituição pode excluir um cidadão do acesso ao Sistema Financeiro Nacional, isso seria atentar contra os direitos básicos do cidadão. Se uma pessoa fica a margem do sistema bancário ela vai conseguir financiamento ou empréstimo onde? Com os agiotas???”. Entrei com uma ação contra o Banco Itaú, não com o objetivo de negociar algumas migalhas, mas sim com o objetivo de levantar a discussão relevante sobre esta conduta claramente inaceitável de uma instituição financeira brasileira. Não busco nenhum acordo, apenas que a justiça se pronuncie, que um maior número de pessoas tenha conhecimento deste fato e que outros cidadãos portadores de câncer não passem pela mesma situação.

Breve apresentação

Em 2007 tive um câncer de mama. Na ocasião morava em Brasília, onde tive uma carreira de sucesso no Banco do Brasil e depois ingressei como professora na UnB. Para o tratamento decidi retornar à São Jose do Rio Preto SP, minha cidade de origem, onde há um centro médico de referência. Fiz todo o tratamento, cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia. Enfim, aprendi muitas coisas boas também e mudei a minha vida em função disso. Deixei Brasília em 2008, após minha licença médica, me estabeleci em São José do Rio Preto, passei em concurso na Universidade de São Paulo, onde atualmente sou professora na FEA de Ribeirão Preto. Faço meus exames periódicos e estou ótima, sem intercorrências.

A História
Solicitei um financiamento ao Banco Itaú no final de 2009 para adquirir um imóvel para minha mãe. Nos documentos havia um formulário de Declaração de Saúde, havia também a informação de riscos excluídos, onde constava que não haveria cobertura para morte ou invalidez por doença comprovadamente existente antes da data de assinatura do contrato. Então não tive dúvidas de informar a verdade (até com orgulho), pois considerei isso justo, uma vez que a Seguradora não poderia dimensionar este risco.
Passei em todas as etapas de avaliação porque tenho uma situação financeira estável, mas quando chegou na Seguradora solicitaram todos os meus exames e um laudo médico, o que foi rapidamente providenciado – me encontrava em fase de acompanhamento, com todos os exames negativos.

Apesar disso, o Banco Itaú cancelou meu processo e apenas colocou no site que havia sido cancelado pela Seguradora, nem mesmo me avisou por telefone (rotina que vinha sendo realizada periodicamente, afinal eu era uma cliente vip, do Itaú personalité). Após meus telefonemas, eles informaram declaradamente que se tratava do histórico de saúde.

Eu me senti muito prejudicada, humilhada e angustiada com isso. Afinal, depois de passar por um tratamento rigoroso, ter o acompanhamento de médicos competentes, o Banco Itaú estava julgando a minha perspectiva de viver ou morrer? Com que elementos? Além do problema emergente de resolver a situação financeira da compra do imóvel.
Pedi o empréstimo a outra instituição, que não me perguntou nada sobre minha saúde e felizmente deferiu rapidamente o empréstimo. No contrato há uma cláusula de doença pré existente que não é coberta pelo seguro, o que considero adequado e o que eu imaginava que ocorreria na operação com o Banco Itaú.

Na ocasião do fato eu achei inacreditável que isto poderia estar ocorrendo e busquei obter claramente a resposta. Acho que, não só eu, mas todos os cidadãos portadores de câncer têm direito a uma reparação por parte do Banco Itaú. Não gostaria que outros passassem pela mesma situação. Portanto, peço somente que divulguem a quem possa interessar, da melhor forma possível.

Um abraço e obrigada,

Solange Garcia

LRF e Truques Contábeis

"Truques contábeis, muitas vezes patrocinados pelo próprio governo, estão atropelando as regras estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Considerada como um marco das finanças públicas, a falta de adoção de alguns mecanismos previstos desde 2000 tem contribuído para diminuir a força da lei, que completa dez anos de vigência esta semana.

Aprovada durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a LRF foi incorporada como instrumento fundamental para garantir o equilíbrio das contas públicas até mesmo pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar da oposição feita pelo PT durante a tramitação do projeto.

"Num país onde existe lei que pega e lei que não pega, não tenho dúvida que essa lei pegou", diz Martus Tavares, ex-ministro de Planejamento do governo FHC e principal coordenador dos trabalhos que resultaram na lei. "Fomos felizes na escolha do nome, o conceito de responsabilidade pegou."

Apesar do consenso sobre a importância da LRF, algumas brechas têm sido usadas para driblar as limitações impostas ou maquiar resultados.

A decisão do governo de abater, sem limite, os recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta fiscal de 2011 é apontada por especialistas como o desvio mais grave patrocinado até agora contra os princípios da lei.

"Do jeito que ficou não tem mais meta", afirma José Roberto Afonso, economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e um dos principais colaboradores na formatação da LRF.

Retrocesso. Para o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria, a decisão da equipe econômica de Lula prejudica o sistema de metas de superávit primário que já estava consolidado. "É um retrocesso mexer no arcabouço de regras estabelecidas. São pequenos assassinatos cometidos pouco a pouco."

Outra manobra muito utilizada pelo governo federal para driblar a LRF é o uso cada vez mais frequente de contratação de serviços diretamente com fornecedores, o que aumenta o volume de despesas contratadas em um ano, mas com pagamento para o exercício seguinte, o chamado "restos a pagar".

O grande problema é que essas despesas não são contabilizadas pelo Banco Central na hora de calcular a dívida líquida do setor público, o que camufla o verdadeiro tamanho do endividamento.

"Como a cada ano que passa aumenta ainda mais o "restos a pagar", isso gera uma diferença brutal", explica o economista José Roberto Afonso.

Há ainda uma questão de credibilidade. Apesar de não fazer, o governo federal exige de Estados e municípios que essas despesas sejam incluídas nos cálculos da dívida. "É a política do faça o que eu não faço", diz Afonso.

Pessoal. A regra de enquadramento das despesas com pessoal ao limite imposto pela LRF é uma das principais vítimas do que José Roberto Afonso classifica como "contabilidade criativa". A falta de uma definição clara na lei sobre o que são estas despesas abriu espaço para as manobras.

Pelas regras estabelecidas, esses gastos não podem ultrapassar o equivalente a 60% da receita corrente líquida. O problema é que a despesa com inativos nem sempre é incluída na conta, o que contribui para esconder os gastos reais.

"Cresceram as interpretações e as maquiagens, sob o olhar complacente ou ausente de muitas autoridades responsáveis pela fiscalização ou pelo acompanhamento das contas nacionais", diz Afonso.

Apesar das declarações de apoio à Lei de Responsabilidade Fiscal ao longo dos últimos anos, os atuais ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, não quiseram falar com a reportagem do Estado sobre o assunto."

Maquiagem contábil atropela lei - Truques contábeis patrocinados pelo governo minam regras da Lei de Responsabilidade Fiscal, que completa 10 anos esta semana – Estado de São Paulo – 2 de maio de 2010 - Renato Andrade