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10 abril 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Bulgária


Bulgária admite fraude ao ingressar na Zona do Euro

Brasil Econômico   - Por Margarida Vaqueiro Lopes do Diário Económico (Portugal) 
09/04/10 13:27


 

Foram encontradas irregularidades na candidatura da Bulgária à Zona Euro. A revisão do déficit depois da descoberta sobe para 3,7%, o maior da última década.


 

À semelhança da Grécia, a Bulgária cometeu irregularidades na apresentação das contas públicas. A diferença é que enquanto a Grécia já se encontrava na Zona Euro, o objetivo da Bulgária era conseguir adotar a moeda única europeia.

O governo, que tinha apresentado um déficit de 0,8% para 2009, foi obrigado a rever as contas e apresentou agora um saldo negativo de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior da última década.

O aumento seria relativo a não contabilização de algumas das obras públicas efetuadas durante os dois anos anteriores a 2009.

As irregularidades foram admitidas hoje pelo ministro das Finanças e pelo primeiro-ministro búlgaros numa conferência de imprensa em Sofia. "Nós, de fato, mentimos aos nossos colegas europeus sobre estarmos preparados para entrar na Zona Euro, para que não dessem conta desta armadilha", admitiu o primeiro-ministro Boiko Borissov, citado pela Blomberg. Esta notícia pode, à semelhança do que aconteceu com a Grécia, aumentar a desconfiança dos investidores nos países e na economia da União Europeia.

Esta notícia apresenta um título usando o termo "fraude", depois utiliza "irregularidades" (duas vezes) e no final a declaração de Borissov reconhecendo que "mentiram". Afinal, encaixa-se na definição de fraude ou não? Observe que a diferença de 0,8% positivio plara 3,7% negativo é significativa. O PIB da Bulgária é de quase 100 bilhões dólares. A diferença seria entre 800 milhões e 3,7 bilhões de dólares. Ou 4,5 bilhões de dólares não contabilizados.



Imagem: Flickr

Caixa da Apple


O gráfico mostra a série histórica do caixa da empresa Apple, de 2003 a 2010. A partir do gráfico, o analista Rosenman (em Apple´s Cash Trajectory) traçou uma curva com a projeção do caixa futuro da empresa. Para o analista, e baseado nos dados passados, a curva é ascendente, mostrando que o caixa da empresa irá aumentar de forma expressiva nos próximos anos, atingindo a quase 70 bilhões de dólares em 2012.

Tenho dúvidas da análise de Rosenman; provavelmente no futuro haverá uma grande pressão dos acionistas para distribuição do caixa ou investimentos em outros negócios. Algo próximo que aconteceu com a Microsoft no passado, que terminou fazendo uma grande distribuição de dividendos.

09 abril 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado, daqui

Por que maior endividamento pode não ser pior para a empresa?

Às vezes é comum associar endividamento com desempenho ruim para uma empresa. Talvez você tenha lido em algum livro de análise de balanços que em endividamento, “quanto maior, pior”. Isto é uma regra errônea e perigosa, pois depende de cada caso.

É natural que numa situação onde o endividamento está num nível bem elevado que o risco da empresa é também elevado. Mas isto também nem sempre é verdadeiro. Uma situação é quando a empresa possui a possibilidade de ser socorrida por um acionista. É o caso de uma empresa estatal, onde mesmo quando os níveis de endividamentos são elevados, o governo pode aportar mais capital. Também é a situação onde a empresa faz parte de um grande grupo empresarial.

Em certas situações, baixo endividamento é ruim. Se existe crédito disponível, com juros subsidiados, a captação de empréstimo pode ser muito vantajosa para a empresa. No passado, os usineiros tinham acesso a crédito farto, com baixo nível de cobrança. Nesta situação, pegar recursos de empréstimos era um ótimo negócio: devia-se e não se pagava.

A melhor resposta para a questão do endividamento talvez seja olhar um índice clássico, criado por Modigliani e Miller. Estes dois autores afirmaram que o retorno dos acionistas é obtido através da seguinte fórmula:

Retorno dos acionistas = Retorno do Ativo + (Retorno do Ativo – Custo dos Empréstimos) x Endividamento

É uma fórmula simples, mas muito rica em conteúdo. O retorno que os acionistas irão receber pelo capital que investiram na empresa depende do retorno que a empresa obtém com seus ativos, da diferença entre este retorno e o custo do empréstimo e o nível de endividamento. Esta fórmula recebe o nome de alavancagem.

Imaginando que o retorno do ativo seja positivo, a diferença entre o retorno do ativo e o custo dos empréstimos é relevante. Se esta diferença é positiva, quando maior o endividamento, maior o retorno para os acionistas. Isto é exatamente o oposto do que diz alguns livros de análise de balanços.