01 abril 2010
Estatais
Economist critica Telebrás
Estado de Sao Paulo - 31 de março de 2010| 19h48|
Por Renato Cruz
Os planos de trazer de volta a Telebrás já repercutem mal fora do País. A revista britânica The Economist (em inglês) traz na sua edição desta semana uma matéria sobre o fortalecimento do discurso estatizante do governo antes das eleições presidenciais.
Sobre a Telebrás, a revista diz:
“Lula criou oito novas estatais. A maioria são empresas pequenas para tarefas específicas, como pesquisa em energia. Uma proposta recente de reviver a Telebrás, a defunta estatal monopolista de telecomunicações, para oferecer serviços de internet em banda larga para os pobres, parece diferente. O setor privado não fornece serviços em áreas rurais e pobres, porque o investimento necessário não seria lucrativo. Isso irrita o governo, que considera o acesso à internet uma questão de ‘cidadania’. Mas, ao invés de subsidiar os consumidores para encorajar as companhias a investir, o governo quer ele próprio entrar no mercado.”
O artigo contrapõe o papel exercido pelos bancos oficiais na crise ao desempenho de instituições privadas, que também foram bem, e ao fracasso de outras estatais. Sobre a Telebrás, a revista ainda destaca:
“A Telebrás e suas subsidiárias regionais eram tão ineficientes que criaram um mercado secundário vigoroso para linhas telefônicas. Em seus 30 anos de existência, elas instalaram 10 milhões de telefones fixos e registraram 1 milhão de telefones móveis. Desde que foram vendidas há 15 anos, o Brasil instalou 40 milhões de telefones fixos e agora tem mais de 174 milhões de celulares.”
A Economist espera que o discurso estatizante seja retórica de campanha, mas vê sinais de que o próprio presidente Lula, “que muitos esperam que continue como o poder por trás do trono se a senhora Rousseff ganhar”, passou a acreditar na necessidade de um Estado mais forte.
Isto importa?
Foi pelo Twitter que Luiza Helena Trajano, presidente da rede de varejo Magazine Luiza, decidiu quebrar o silêncio após a fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante.
"Recebi com tranquilidade a notícia da mais nova fusão do varejo. O mercado vai assistir a muitos movimentos como esse", tuitou a empresária.
E disse mais: "Começamos o ano muito bem. Nossa previsão para 2010 é faturar R$ 5 bilhões, o que manterá o Magazine Luiza em segundo lugar no varejo."
O Magazine Luiza negociou a compra do controle da Insinuante, assim como tentou a compra do Ponto Frio, que acabou sendo adquirida pelo Grupo Pão de Açúcar.
O Magazine Luiza faturou no ano passado R$ 3,8 bilhões, um resultado 18,7% superior ao de 2008. Para atingir a meta deste ano, a empresa terá de crescer mais de 30% ao ano em vendas. Por enquanto, os planos estão sendo realizados.
"Nos primeiros três meses, crescemos 35%. E planejamos mais 30 lojas para São Paulo, em 2010", tuitou a empresária.
Ricardo Eletro e Insinuante também estão prevendo um faturamento de R$ 5 bilhões neste ano. Se mais nenhuma fusão acontecer, vai ganhar a posição quem realmente for eficiente em vendas.
Magazine Luiza não vai perder o segundo lugar, garante Luiza Trajano - Regiane de Oliveira – Valor Econômico
Para a gestão financeira da empresa, o que é relevante não é o valor do faturamento, mas a geração de valor. Apesar de o faturamento trazer benefícios indiretos, como poder de negociação com os fornecedores, percebe-se que o torna valioso para o empresário é o "poder" de ser o maior.
31 março 2010
Evidenciação de Salário no Setor Público
O Superior Tribunal de Justiça, STJ, divulgou, no dia de hoje (31 de março de 2010), os salários dos seus funcionários. A evidenciação não associava o nome da pessoa ao salário, mas colocava os valores em cada seção/gabinete do STJ. A abertura dos salários provavelmente resultou de pressões do CNJ.
Entretanto, no período da tarde, a página do STJ saiu do ar. (E até o momento desta postagem continua fora do ar) Provavelmente ocorreu um recuo do STJ na evidenciação, já que os valores apresentados mostravam que o salário médio daquele órgão era razoavelmente elevado em relação aos outros poderes. Além disto, era possível verificar a existência de salários acima do limite legal.
Transparência fiscal
Este trabalho se propõe a contribuir com a formulação de mecanismos de pesquisa e análise dos novos padrões de responsabilidade na gestão das contas públicas impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF (Lei Complementar Nº 101/2000), mediante os instrumentos de transparência fiscal estabelecidos no art. 48 dessa legislação, especificamente sua utilização em meio eletrônico via internet. Aborda-se, dentro dessa perspectiva, o atendimento às exigências de uma nova gestão pública cada vez mais participativa, transparente e com elevado grau de accountability governamental. Para alcançar esse objetivo, procedeu-se, inicialmente, a formulação de um modelo geral de investigação, baseado nas quatro perspectivas em que foi elaborada a LRF e com foco específico no cidadão (Planejamento, Transparência, Responsabilização e Controle Social). Posteriormente, são propostos a aplicação de cinco modelos de investigação que poderão ser usados para o levantamento dos níveis de transparência fiscal eletrônica apresentados nos sites dos
Poderes/Órgãos das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Esse levantamento permitirá evidenciar ao cidadão e à sociedade o grau de aderência do Poder/Órgão à integralidade das exigências legais de transparência fiscal eletrônica.
MODELOS DE INVESTIGAÇÃO DOS NÍVEIS DE TRANSPARÊNCIA FISCAL ELETRÔNICA DOS PODERES E ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS - Jorge José Barros de Santana Junior (FACULDADE SANTA CATARINA); Jeronymo José Libonati (UFPE); Marco Tullio de Castro Vasconcelos (UFPE)
Grau de Alavancagem Operacional
O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) é um conceito muito usado em contabilidade gerencial, finanças e até mesmo em análise das demonstrações contábeis. Ele possui dois significados aparentemente distintos. O primeiro, mede a variação no lucro em razão de uma variação nas vendas. Assim, se o lucro aumentou 20% para um aumento de 10% nas vendas, dizemos que a alavancagem operacional é de 2.
Outro sentido do GAO é medir a distância que a empresa está do ponto de equilíbrio. Em geral, quanto maior o GAO, mais perto a empresa encontra-se do ponto de equilíbrio. Por este motivo dizemos que o GAO é uma medida de risco operacional.
Na realidade, os dois significados são iguais, pelo menos matematicamente.
Considere que o GAO é uma medida da variação do lucro a uma dada variação das vendas. De outra forma:
GAO = (L1/L0 – 1)/(V1/V0 – 1)
Ou então
GAO = [(L1 – L0)/L0] x [(V0)/(V1 - V0)]
Sendo
L1 = Lucro operacional do período 1
L0 = lucro operacional do período zero
V1 = vendas do período um
V0 = vendas do período zero
O lucro operacional pode ser escrito da seguinte forma:
L1 = P x Q1 – CV x Q1 - CF
Onde P = preço, CV = custo variável e CF = custo fixo
Substituindo na expressão do GAO
GAO = {[(P x Q1 – CV x Q1 – CF) – (P x Q0 – CV x Q0 – CF)]/L0} x [(P x Q0) / (P x Q1 – P x Q0)]
GAO = {[(P x Q1 – CV x Q1 – CF –P x Q0 + CV x Q0 + CF)]/L0} x {(P x Q0) / [P x (Q1 –Q0)]}
GAO = {[(P x Q1 – CV x Q1– P x Q0 + CV x Q0)]/L0} x {(P x Q0) / [P x (Q1 –Q0)]}
GAO = {[(Q1 – Q0) x (P – CV)]/L0} x { Q0 / (Q1 –Q0) }
GAO = (P – CV) x Q0 / L0
Ou seja, o grau de alavancagem corresponde a margem de contribuição unitária (P – CV da fórmula) multiplicado pela quantidade e dividido pelo lucro operacional. Como a margem de contribuição unitária pela quantidade representa a margem de contribuição total, temos que a expressão representa a margem de contribuição total pelo lucro operacional. Quando a empresa está próxima do ponto de equilíbrio, o lucro operacional aproxima-se de zero. Isto aumenta o GAO.