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30 março 2010

Risco de Crédito

O artigo examinou se eventos de default de companhias abertas no Brasil podem ser previstos por um sistema de classificação de risco de crédito baseado em índices econômicofinanceiros. O sistema de classificação desenvolvido utilizou a análise de conglomerados para classificar as empresas em oito classes de risco, das quais sete são destinadas a empresas solventes e uma para empresas insolventes (em default). A variável utilizada para atribuir as classificações de risco às empresas foi a probabilidade de default estimada pelo modelo de risco de crédito desenvolvido por Brito e Assaf Neto (2008). O sistema de classificação de risco atribuiu ratings anuais para as companhias não-financeiras listadas na

BM&FBOVESPA no período entre 1994 e 2006. Com base nesses ratings, foram geradas diversas matrizes de migração de risco anuais e uma consolidada para todo o período analisado. As matrizes de migração geradas evidenciaram a elevação do risco das empresas insolventes previamente ao ano de ocorrência do default. A maior parte dessas empresas foi classificada nas piores classes de risco ou apresentou migrações para ratings inferiores nos

anos que precedem o default. Além disso, as taxas de mortalidade das empresas são crescentes nas classes de risco do sistema. Esses resultados evidenciam que insolvências empresariais podem ser previstas por sistemas de classificação de risco baseados apenas em índices contábeis.


 

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO: UMA APLICAÇÃO A COMPANHIAS ABERTAS NO BRASIL - Giovani Antonio Silva Brito; Luiz João Corrar; Alexandre Assaf Neto (USP)



Aqui o artigo completo

Normas do Iasb no Brasil

Novas normas contábeis, mais transparência e custos menores

Via Financial Web - por Eduardo Nasajon - 29/03/2010

 

Pudemos observar, nos últimos 20 anos, um grande amadurecimento social, político e econômico em nosso país. Mudanças que começaram nos anos 90, frutos de políticas governamentais acertadas e que tiveram continuidade nos governos posteriores, colocaram o Brasil em uma posição de maior destaque no mundo. Pode-se gostar ou não do conceito da globalização, mas o fato é que atualmente o país está muito mais inserido no universo econômico das nações.

Em contraposição a leis protecionistas, reserva de mercado e outras práticas condenáveis e obsoletas, o Brasil aboliu proibições de importação, diminuiu tarifas e abriu o seu mercado para compra e venda de bens, serviços e tecnologia. Como resultado dessas ações, passou cada vez mais a atrair capital internacional que, ao contrário do passado - quando os recursos que chegavam eram meramente especulativos -, se transformou em novas empresas, novos negócios e maior relevância econômica.

E dentro dessa nova realidade, as práticas contábeis existentes deixaram de atender às novas demandas. O Brasil mais globalizado passou a ter que prestar contas a matrizes estrangeiras [1]. Passamos a ter que demonstrar os números de nossas empresas em um formato que possa ser entendido por outras nações e, dessa forma, conseguirmos atrair mais investimentos. [2]

A lei 11.638, sancionada nos últimos dias de 2007 e que vem sendo implementada ao longo dos últimos dois anos, vem justamente modernizar as demonstrações contábeis e inserir o Brasil em um clube com mais de 100 sócios que aderiram à IFRS (International Financial Reporting Standards) do IASP [3], instituto econômico [4] baseado em Londres.

O objetivo dessas novas medidas contábeis é dar mais transparência, aumentar a produtividade [5], permitir uma comparação das demonstrações financeiras, reduzir ou eliminar o custo de se preparar demonstrações voltadas ao exterior, entre outros benefícios.

O Brasil mudou para melhor e a contabilidade teve que acompanhar essa transformação. É cada vez mais necessário dotar as empresas de ferramentas modernas e práticas que permitam o crescimento, o desenvolvimento e a participação no jogo global. E é sempre bom constatar que algumas medidas estão contribuindo para diminuir o indesejável "Custo Brasil".


 

[1] Esta prestação de contas sempre existiu. Pode ter mudado a complexidade. Nenhuma empresa estrangeira investe num país sem implantar um sistema de controle.

[2] Em termos temporais, isto não procede. A argumentação é que a adoção das normas internacionais melhora a atração pelos investimentos estrangeiros. Mas o grande fluxo de investimentos ocorreu quando as normas não existiam no Brasil.

[3] Do texto original. Iasb seria o correto.

[4] Não classificaria o Iasb de instituto econômico.

[5] Esta é uma argumentação nova referente a vantagem do Iasb.



Via Blog do Jomar

Venda ordenada

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (29) a intenção de vender de "forma ordenada" sua parte no banco Citigroup até o fim de 2010.

No entanto, o governo americano não revelou um calendário preciso para colocar no mercado os US$ 7,7 bilhões em ações que ainda possui.

"O Tesouro anuncia a intenção de se desfazer da totalidade de seus US$ 7,7 bilhões em ações ordinárias do Citigroup durante o ano de 2010, segundo a situação de mercado", afirma um comunicado o Tesouro.

"O Tesouro planeja colocar as ações ordinárias no mercado por diversos meios, de forma ordenada", completa a nota.

O Estado injetou US$ 45 bilhões no Citigroup no pior momento da crise.

As modalidades exatas da venda não foram divulgadas.

Tesouro anuncia venda ordenada de sua parte no Citi - Brasil Econômico   - Por AFP - 29/03/10 11:14

Salários

Uma pesquisa que será publicada nesta semana, e que calcula os salários dos atletas em libras esterlinas, estima que um jogador médio do Real Madrid ganha 4,23 milhões de libras por anos (€ 4,7 milhões), com uma média semanal de 81.444 libras.

O Barcelona paga em média 4,06 milhões de libras ao ano, com média semanal de 78.231 libras.

Os jogadores do Yankees, no entanto, recebem 4,67 milhões de libras por temporada, ou 89.897 libras por semana.

O terceiro clube de futebol com os salários mais altos é o Chelsea, seguido por seis equipes da NBA, segundo o estudo do site www.sportingintelligence.com.

Entre os times da NBA aparecem os Lakers - em 6º lugar no ranking geral - que paga 3,4 milhões de libras ao ano.

Os salários considerados são dos atletas da equipe principal, sem levar em conta os contratos de patrocínio. Os valores do Yankees têm como base a temporada 2009, enquanto os dos clubes de futebol têm como base o ano de 2008, e os seis times da NBA a temporada 2008-09.

Nick Harris, editor do site e autor do estudo, disse à Reuters que a conta de todos os salários do Yankees superava de longe a soma dos salários das outras equipes da liga americana de beisebol.

Por sua vez, as equipes da NBA têm salários tão altos porque seus elencos são pequenos. "São apenas 12 ou 13 jogadores numa equipe da NBA", explicou. "Uma equipe de futebol americano da NFL tem 60 jogadores na primeira equipe", acrescentou.

"Os resultados serão uma surpresa para todo mundo que acha que a Premier League (inglesa) tem os melhores salários do mundo esportivo, porque está muito longe disso", acrescentou Harris.

Real e Barça pagam maiores salários do futebol mundial - Brasil Econômico  - Por John Mehaffey/Reuters - 29/03/10 15:48

Suborno 2

Embraer nega superfaturamento em venda para Aerolíneas Argentinas
Brasil Econômico - Por AFP
29/03/10 19:25

A Embraer negou nesta segunda-feira (29) que tenha superfaturado a venda de aviões à estatal Aerolíneas Argentinas, rebatendo notícias divulgadas pela imprensa argentina de que teria pago suborno para fechar o negócio, totalizando US$ 700 milhões.

"A Embraer não comenta preços ou condições comerciais que constam em seus contratos, protegidos por cláusulas de confidencialidade", disse a empresa à AFP.

"Embraer repudia veementemente as especulações sobre a ocorrência de superfaturamento em seus negócios".

Nesta segunda-feira, a Justiça argentina realizou uma batida nos escritórios da Aerolíneas Argentinas, com parte da investigação sobre a possível compra superfaturada de 20 aviões da Embraer.

Também hoje, o jornal La Nación informou que a Justiça investiga se um assessor do ex-secretário de Transportes, Ricardo Jaime, está envolvido na distribuição de subornos para promover a transação.

Os aviões da Embraer foram adquiridos como parte do Plano de Renovação da Frota de Aerolíneas Argentinas e Austral, empresas nacionalizadas que pertenciam ao grupo espanhol Marsans.

As primeiras unidades do Embraer 190 serão entregues entre julho e dezembro de 2010, e os demais aparelhos até 2011.


É interessante constatar que não existia, até o dia de ontem, nenhum fato relevante da Embraer no sítio da CVM

Suborno


 

A Justiça da Argentina emitiu nesta segunda-feira (29) uma ordem de busca nos escritórios da companhia aérea estatal Aerolíneas Argentinas por suposto pagamento de suborno na compra de 20 aviões da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em uma operação envolvendo US$ 700 milhões, informou uma fonte oficial.

O procedimento judicial foi feito em meio a uma investigação, depois de reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal La Nación.

"Nos parece pitoresco o fato de aparecer a nota no jornal (La Nación) e logo em seguida, às três horas, termos a busca" efetuada nas Aerolíneas Argentinas, disse o secretário de Transporte do governo, Juan Pablo Schiavi, que negou a suposta irregularidade.

Schiavi afirmou à agência estatal Télam que "em uma operação entre países, seria impensável qualquer tipo de manobra dolosa como a descrita hoje".

O jornal informa que a Justiça Federal investiga se um assessor do ex-secretário de Transportes, Ricardo Jaime, estaria envolvido em uma suposta divisão de dinheiro para fechar a operação e esclarece que a denúncia surgiu de uma pessoa não identificada.

"Os aviões foram comprados a preço de mercado" e esses valores "são fixados na transação entre as partes", neste caso, com a estatal Embraer, com "US$ 700 milhões por 20 aviões", completou o funcionário.

A primeira das 20 unidades Embraer 190 será entregue em julho de 2010, enquanto outras nove serão entregues este ano. As 11 restantes serão enviadas em 2011.

Essa compra faz parte do Plano de Renovação de Frota iniciado pelas Aerolíneas Argentinas e pela Austral. No total, foram incorporados 12 Boeing 737/700 à frota.

Aerolíneas Argentinas e Austral foram expropriadas do grupo espanhol Marsans por lei do Congresso aprovada em dezembro passado.

As companhias tinham sido vendidas em um processo controverso à espanhola Iberia em 1990, e Marsans as comprou em 2001 pelo preço simbólico de US$ 1, momento em que o erário espanhol fez um aporte de capital de US$ 750 milhões para que as empresas funcionassem.

Aerolíneas Argentinas é investigada por suborno à Embraer - Brasil Econômico   - Por AFP - 29/03/10 14:37