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29 março 2010

Análise do Setor público

Em análise de balanços é comum fazer uma mescla de índices, que possibilita uma avaliação mais ampla do que ocorre com a empresa. O caso clássico é o índice Dupont.
Este tipo de análise não é encontrado no setor público. Talvez pelo fato de que a análise das informações da contabilidade pública ainda não seja comum na área pública.

Usando índices obtidos na obra Contabilidade Pública, de Lima e Castro, é possível construir um índice de análise para o setor público bastante abrangente.

Para isto vamos definir:

QER = Quociente de Execução da Receita = relação entre receita executada (Re) e receita prevista (Rp). Mostra se existiu excesso de arrecadação, quando maior que a unidade, ou subestimação orçamentária da receita, sendo menor que um.

QEO = Quociente do Equilíbrio Orçamentário = Relação entre despesa fixada (Df) e receita prevista (Rp). Quando menor que um mostra que a lei orçamentária foi aprovada com superávit.

QED = quociente de execução da despesa = relaciona despesa executada (De) e despesa fixada (Df). Se maior que a unidade, existe dotação sem autorização legal.
QRO = quociente do resultado orçamentário = relação ente Receita Executada (Re) e Despesa Executada (De). Se maior que um, ocorreu superávit na execução.

Assim é fácil demonstrar que

QRO=QER/(QED×QEO)

A equação faz a relação entre os índices citados. Para um melhor entendimento, suponha que houve uma previsão de receita de $80 mil e despesas de 75 mil. Na execução, as receitas foram de 90 mil e as despesas foram de 82 mil. Com isto pode-se obter os índices:

QER = 1,125; QEO = 0,9375; QED ≅ 1,093; QRO ≅ 1,098.

Ocorreu uma subestimação da receita pois o QER é maior que um. Com os dados é possível constatar que a receita arrecadada foi 12,5% maior que a receita prevista ($90mil/$80 mil – 1) e que a despesa executada foi 9,3% acima da prevista (82000/75000 – 1). Assim, o erro na estimativa da receita não comprometeu o superávit. Ou de forma alternativa, basta multiplicar o QRO pelo QEO.

[Esta postagem foi adaptada do capítulo Análise das Demonstrações Contábeis, em co-autoria com Fernanda Fernandes Rodrigues)

Teste #254

A figura abaixo diz respeito a contabilidade!! Você saberia dizer qual a relação com a ciência contábil ?


Resposta do Anterior: Amaro Gomes. Fonte: aqui

Nota Fiscal Eletrônica

Uma pequena revolução se desenha no campo da gestão fiscal brasileira desde 2005, quando foram dados os primeiros passos para a criação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

Este ano, mais precisamente o mês de abril, marca a entrada do projeto - que visa a substituir, por documentos eletrônicos, as tradicionais notas fiscais de papel emitidas pelas empresas dos segmentos industrial e atacadista - em uma nova fase, com avanços quantitativos e qualitativos.

De um lado está a massificação do sistema. "Toda a indústria e o comércio atacadista serão integrados ao programa.

A estimativa é de chegar a dezembro com 1 milhão de estabelecimentos cadastrados", diz Vinícius Pimentel de Freitas, coordenador técnico adjunto do Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat), que desenvolve a nota fiscal eletrônica.

Do outro está a inteligência fiscal. Aperfeiçoada para elevar a qualidade da informação prestada pelas empresas contribuintes, uma versão 2.0 do software da nota fiscal eletrônica e será lançada no dia 1º e até o segundo semestre sairá do papel o que está sendo chamado de Nota Fiscal Eletrônica de Segunda Geração (NF-e 2G).

A nova fronteira da nota está situada na sua estrutura, que permite que nela sejam registrados todos os eventos pelos quais passar o documento fiscal até o fim do seu ciclo de vida - o momento em que a mercadoria vendida efetivamente chega até o comprador.

"Uma série de coisas pode acontecer neste caminho", explica Freitas. Mais precisamente, o Encat mapeou cerca de 35 eventos, que vão do registro da passagem da mercadoria por um posto de fiscalização na divisa entre dois estados até o roubo ou a devolução dela.

Tudo estará registrado no documento eletrônico e poderá ser verificado, pela internet, por quem tiver a chave de acesso da nota - equivalente ao número.

Eleva-se, com este mecanismo, a chance de evitar a fraude mais clássica. "Imagine a rede de um fabricante de automóveis que tenha representações em estados diferentes, com ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) diferentes", sugere o diretor da consultoria NF-e do Brasil, Marco Zanini.

Uma fraude comum é que tal empresa, ao vender um automóvel produzido no estado com a alíquota de ICMS maior, fature a mercadoria como se tivesse sido fabricada no estado com o imposto menor.

"Com o controle dos eventos, se quando o comprador informar ao sistema da NF-e o recebimento do automóvel não constar que ele passou pelas divisas estaduais, a nota será cancelada", explica.

Tempo ao tempo

A segunda geração da nota fiscal eletrônica está em testes nos estados autorizadores do documento - como é o caso do Rio Grande do Sul, cujo sistema atende também a outras 12 unidades da federação.

A data da implementação definitiva da NF-e 2G deverá ser determinada pelo Encat em reunião marcada para o próximo dia 8. "É quando faremos uma avaliação da etapa de massificação de abril", afirma Freitas, que também é chefe de Interação Eletrônica da Secretaria da Fazenda gaúcha.

A preocupação das Secretarias da Fazenda estaduais é assegurar que os emissores das notas não tenham problemas ao manusear o sistema.

Inicialmente, os eventos serão registrados na NF-e a partir do códito de barras estampado no Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), que é impresso em papel e acompanha as mercadorias no transporte até seu destino.

Possivelmente a partir de 2011, segundo Freitas, as mercadorias poderão contar com etiquetas com a tecnologia RFID, sistema de identificação por radiofrequência. "Aí o controle de eventos funcionará 100%", sugere Zanini.

Inteligência fiscal impede fraudes na nova nota

Mariana Segala   - Brasil Econômico - 28/03/10 07:19

Controle Gerencial de Desempenho

Boa parte da literatura internacional enfatiza que o Uso Diagnóstico, calcado principalmente no orçamento, contribui para gerar comportamentos disfuncionais dos gestores e consequentemente influencia negativamente o desenvolvimento de competências organizacionais, ocorre que na perspectiva da Estratégia estas são a base para explicação de desempenhos diferenciados. Estudos como o de Henri (2006) com empresas canadenses mostrou que o Uso Diagnóstico tem relacionamento negativo com o desenvolvimento de competências, muito embora o estudo de Widener (2007) com empresas norte-americanas tenha apresentado resultado dissonante. O propósito deste estudo foi entender os relacionamentos entre a forma como se usa o Sistema de Controle Gerencial, diagnostica e interativamente, e o desenvolvimento de competências organizacionais e o desempenho nas empresas brasileiras de grande porte. Com base em um survey em 104 empresas com utilização da Modelagem de Equação Estrutural, os resultados indicam que não existem evidências de relacionamento negativo entre o uso diagnóstico e o desenvolvimento de competências organizacionais, também não existem evidências de relacionamento positivo entre competências e desempenho medido pelo ROE. Quando o desempenho foi medido pelo processo de auto-avaliação, o Uso Diagnóstico e o Uso Interativo apresentaram relacionamentos positivos com as competências Orientação para Mercado e Aprendizagem Organizacional e influenciam indiretamente o desempenho. A principal limitação do estudo é que este tem como base a percepção dos profissionais de controladoria e finanças.


 

EFEITOS DO USO DO SISTEMA DE CONTROLE GERENCIAL NO DESEMPENHO - José Carlos Tiomatsu Oyadomari; Diogenes de Souza Bido; Octavio Ribeiro de Medonça Neto; Ricardo Lopes Cardoso - UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE