Repo 105
Ladies and gentlemen, this is Repo 105.
One, two, three, four, five
Everybody on the desk so come on let's call
To the European banks and the mighty house of Morgan
Dick Fuld says we gotta get it done
But I really don't wanna
Ring 'em up like I did last week
The market ain't deep and this crap ain't cheap
We do Treasuries, Agencies, our balance sheet gets longer
And as I continue, the smell is getting stronger
So what can I do I really beg you my Lord
To get a five percent haircut, not just a four
Anything shite, it's no good let me dump it
Please send in the trumpet
A little bit of Treasuries out the door
Ring 'em up again and do some more
A little bit of repo'd GSEs
A little less mortgage-backed is what I see
A little bit of ABS is awfully fun
A hundred fifty billion though is way too long
A little bit of repo ain't a scam
A little bit more? Dick Fuld's your man
Repo 105!
Jump up and down and move it all around
Our balance sheet ain't sound
Got one knee on the ground
Sent some stuff to the left
Get some dough from the right
Sell some bonds to the front
Buy 'em back on the side
Try it on once
Then try it on twice
And if the market can't tell
Then you're doing it "right"
Repo 105!
A little bit of Treasuries out the door
Ring 'em up again and do some more
A little bit of repo'd GSEs
A little less mortgage-backed is what I see
A little bit of ABS is awfully fun
A hundred fifty billion though is way too long
A little bit of repo ain't a scam
A little bit more? Dick Fuld's your man
I do it all to
Try to keep us out of a river of poo
We can run and we can hide
But some day we're gonna take a slide
A little bit of Treasuries out the door
Ring 'em up again and do some more
A little bit of repo'd GSEs
A little less mortgage-backed is what I see
A little bit of ABS is awfully fun
A hundred fifty billion though is way too long
A little bit of repo ain't a scam
A little bit more? Dick Fuld's your man
17 março 2010
Rir é o melhor remédio
Teste #247
Neste final de semana, no pódio do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Bahrein, os três pilotos ostentavam a marca Santander, banco espanhol. O banco fez uma estimativa de retorno com a "mídia espontânea" e constatou um valor estimado que corresponde a mais da metade do foi gasto com o patrocínio. Um bom retorno, sem dúvida nenhuma. O valor estimado da "mídia espontânea" foi de:
5 milhões de euros
25 milhões de euros
100 milhões de euros
Resposta do anterior: Chelsea. Fonte aqui
Santander
O balanço do banco Santander apresentou uma surpresa desagradável: um fluxo de caixa das atividades operacionais negativo em 18 bilhões de euros para 2009, versus um fluxo positivo de 15,8 bilhões do ano anterior, positivo. Isto provocou uma redução na liquidez do banco de curto prazo, onde o volume de caixa e equivalente reduziu em 10 bilhões de euros em 2009. O resultado do fluxo operacional não foi o pior para este banco; em 2006 o fluxo foi negativo em 52 bilhões de euros, que somado ao fluxo negativo de 34 bilhões de 2005, resultou num fluxo negativo em dois anos de 86 bilhões de euros.
O problema é que em 2005 e 2006 os bancos espanhóis não eram destaque no noticiário econômico. Além disto, o Financial Times (Cashflow, Spanish banks and ECB support? (Updated & debunked), Izabella Kamiska, 16 de março de 2010) achou que pode existir uma conexão com o Banco Central Europeu. Esta suspeita foi negada pelo Santander.
Lehman
Tudo indica que as acusações de participação da Ernst & Young (E&Y) no colapso do Lehman Brothers deverão abrir um debate mais amplo sobre o que até agora tem sido um dos aspectos menos dissecados da crise financeira - o papel desempenhado pelos auditores. O relatório de Anton Valukas sobre a maior falência na história americana propagou ondas de choque através da fraternidade dos contadores devido a sua pesada crítica dirigida à E&Y, uma das "Quatro Grandes" do setor.
Em especial, a conclusão de que há evidências persuasivas de que a E&Y não cumpriu as normas profissionais abalou a confiança.
As alegações do relatório estão centradas em afirmações de que a E&Y não tomou medidas para questionar ou contestar a não divulgação, por executivos do Lehman, de que recorreram a operações temporárias da ordem de US$ 50 bilhões - não registradas em balanço - conhecidas como Repo 105, que "embelezavam" a situação financeira do banco.
As reclamações contra a E&Y, embora excepcionais, dão munição a um lobby crescente que questiona a intenção dos auditores ao proporcionar aos investidores um retrato verdadeiro sobre a saúde financeira de uma empresa.
Alguns especialistas em contabilidade acreditam que o relatório sobre o Lehman mostra a necessidade de refinar a ideologia por trás das demonstrações financeiras, para que manobras como operações extra-balanço fiquem claras para os investidores. Eles argumentam que o debate precisa ser travado no mais alto nível internacional, inclusive no âmbito da entidade mundial definidora de regras contábeis, o Iasb .
Stephen Haddrill, diretor do Conselho de Informações Financeiras, agência regulamentadora contábil britânica, está entre os que acreditam que "os contadores têm feito fielmente o que lhes é pedido". "Mas temos de nos perguntar se precisamos que, no futuro, contadores e firmas de auditoria façam mais."
Como notaram políticos e agências competentes, as quatro grandes - PwC, KPMG, Deloitte e E&Y -, deram sua chancela positiva a balanços de outros bancos no centro da crise. Ao produzir seus relatórios, elas também faturaram enormes comissões.
A E&Y recebeu US$ 27,8 milhões para auditar o Lehman; a Deloitte ganhou 17 milhões de libras para auditar a RBS e a KPMG faturou US$ 9 milhões para auditar o HBOS, segundo uma investigação parlamentar no Reino Unido.
A PwC recebeu 1,8 milhão de libras referente ao último ano de sua auditoria do Northern Rock. Não há nenhuma sugestão, porém, de que essas firmas não cumpriram os padrões profissionais exigidos nesses casos.
Críticos dizem que a cultura de "ticar no quadradinho" incentivada pela profissão contábil ao longo dos últimos anos - uma técnica que ajuda as empresas a se defender contra ações judiciais -, tem diminuído a sua autoridade. Eles dizem que as acusações contra a E&Y são um caso em questão. A resposta da empresa ao relatório de Valukas é que a falência do Lehman foi resultado de eventos sem precedentes nos mercados.
A firma também continua sustentando estar correta a última auditoria no banco para o ano fiscal findo em 30 de novembro de 2007, afirmando que as demonstrações financeiras foram apresentadas de acordo com princípios contábeis amplamente aceitos (Gaap, em inglês) nos Estados Unidos.
PwC, Deloitte e KPMG recusaram-se a comentar o relatório sobre o Lehman, assim a como agência americana que define as regras contábeis nos EUA. Contabilistas seniores em empresas rivais dizem, reservadamente, que a E&Y provavelmente não respeitou as regras contábeis americanas.
Mas dizem que o cumprimento das regras nem sempre significa apresentar o quadro mais nítido sobre a saúde financeira de uma empresa. A Repo 105 não é "feitiçaria financeira" nova, mas sim a nova versão de um velho truque contábil: "carregamento de canais."
Gestores tradicionalmente tentam "embelezar" a contabilidade em fins de trimestres enchendo canais de distribuição com produtos - registrando uma venda e contabilizando um lucro mesmo que os produtos ainda não tenham sido pedidos. A Repo 105 também é um tipo de operação de fachada. No entanto, diz Partha Mohanram, professor da Columbia Business School, "nesse caso, a intenção é, aparentemente, livrar-se simultaneamente tanto de ativos de má qualidade como de passivos".
Experts em contabilidade não acreditam que as consequências do relatório sobre o Lehman prejudicará a reputação da E&Y a ponto de que corra risco de extinção, embora perdas decorrentes dos custos de ações judiciais possam ser substanciais, assim como os impactos de longo prazo na credibilidade da profissão, particularmente entre as quatro grandes.
Steven Thomas, da Thomas Alexander & Forrester, um advogado com experiência em litígios, acredita que as contínuas revelações estão minando a confiança na profissão "e nos fazem questionar por que temos auditores". "Minha preocupação é que eles estejam se tornando irrelevantes", diz ele.
Relatório faz estrago na imagem dos auditores - Fonte: Valor Econômico (via Vladmir Almeida) - Rachel Sanderson, Financial Times, de Londres - 16/03/2010
Sadia
A Sadia esclareceu em comunicado à imprensa, a respeito da reportagem publicada nesta terça-feira (16) na Folha de S.Paulo, que todas as suas operações estão devidamente contabilizadas nas demonstrações financeiras publicadas pela companhia.
A empresa afirma ainda que todos os contratos de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) estão lastreados em exportações efetivamente realizadas e registradas no SISBACEN (na contratação do ACC com banco) e SISCOMEX (registro da exportação e do embarque).
De acordo com a nota, as investigações feitas pela Polícia Civil visavam averiguar operações feitas pela Corretora Lira. "A Sadia não era o foco da investigação", ressaltou o documento.
Apesar disso, a Sadia explica que está colaborando com as investigações e já apresentou à Polícia Federal, na condição de testemunha, a documentação que comprova "a lisura e a licitude das operações praticadas pela empresa com a corretora Lira, entre 2002 e 2005".
"Sobre o fato de a Sadia ter feito em apenas um dia US$ 60 milhões em operações de ACC, não há nada de atípico, dado o enorme volume de exportações da companhia - que, no mesmo período, chegou a ultrapassar US$ 300 milhões num único mês", relatou a empresa.
Operações estão devidamente contabilizadas, esclarece Sadia - Brasil Econômico - 16/03/10 20:09
Sadia 2
O investidor Flavio Fontana Mincaroni foi condenado nesta terça-feira (16) a pagar multa de R$ 500 mil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por uso de informação privilegiada.
Segundo investigação do órgão regulador, como acionista do bloco de controle da Sadia, ele soube cerca de uma semana antes que a empresa faria uma oferta hostil de aquisição da Perdigão em 16 de julho de 2006.
Ele adquiriu oito mil ações da Perdigão entre 12 e 14 de julho de 2006 e vendeu após a oferta, em 18 e 21 de julho, assim, obteve lucro bruto de R$ 42,7 mil.
A operação foi feita por ele em nome de seu pai (Jorge Alberto Mincaroni), mas o colegiado de diretores da CVM poupou Jorge, porque considerou que Flavio fora o responsável pelo crime por ter autorização formal para a transação e constar no registro da corretora como o responsável pelo negócio.
A decisão aceita recurso ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o Conselhinho.
Após inúmeras negociações, Sadia e Perdigão só anunciaram fusão em maio de 2009, formando hoje a Brasil Foods.
No mesmo processo, também Christiane Assis, gerente de relações com investidores da Sadia (com a mesma função na atual Brasil Foods), e Osorio Furlan Junior (irmão de Luiz Fernando Furlan) também foram acusados, mas absolvidos por maioria de votos (4 a 1).
Outro processo administrativo da CVM já condenou o ex-diretor financeiro e de relações com investidores da Sadia Luiz Gonzaga Murat Júnior e o ex-conselheiro da empresa Romano Ancelmo Fontana Filho à inabilitação para o exercício de cargos em empresas abertas por cinco anos.
No entanto, os dois ainda respondem a ação penal na 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo por uso de informação privilegiada, crime que admite condenação à prisão de um a cinco anos.
Investidor usa privilégios em oferta da Sadia e é multado
Daniel Haidar (dhaidar@brasileconomico.com.br) - Correspondente do Brasil Econômico no Rio de Janeiro
16/03/10