“José Roberto Arruda deu sua palavra de honra de que, se for solto, não vai reassumir o governo do DF até o fim das investigações. Isso é mais ou menos como Gilberto Kassab jurar pela felicidade de seus filhos que jamais recebeu doação ilegal em campanha eleitoral. Mal comparando, tem o mesmo valor de um fio de bigode de José Dirceu ou de uma garantia qualquer de Raúl Castro a respeito dos direitos humanos em Cuba.
A honra apalavrada de Arruda é como o dedo mindinho da mão esquerda do Lula – tão evidente quanto o bom humor do Dunga, a sobriedade do Zé Celso Martinez Corrêa, a simpatia do José Serra, a inteligência da Luciana Gimenez, a delicadeza do Hugo Chavez, a humildade do Cristiano Ronaldo, a elegância da Susana Vieira, a dieta do Ronaldo Fenômeno, a fidelidade de Tiger Woods, o charme do Ratinho, a barriga do Marco Maciel, a inocência de Paris Hilton ou a palavra de homem de Elton John.
Tutty Vasques – Estado de São Paulo – 27 fev 2010 p. C10
01 março 2010
Rir é o melhor remédio
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Contabilidade não precisa da convergência dos EUA pois isto aumenta a complexidade
“se um competidor gasta dez anos dirigindo um taxi, a competição sera mais exitante e o mundo ganhou dez anos de um motorista (...) um competidor de um torneio é equivalente a Bernie Madoff”
Caso Arruda na The Economist
“se um competidor gasta dez anos dirigindo um taxi, a competição sera mais exitante e o mundo ganhou dez anos de um motorista (...) um competidor de um torneio é equivalente a Bernie Madoff”
Caso Arruda na The Economist
Teste #238
A adoção da IFRS pelos Estados Unidos poderá gerar uma receita adicional para as empresas de auditoria. Segundo Albrecht, o volume de recursos transferidos dos acionistas para estas empresas será de
1 bilhão de dólar
10 bilhões de dólares
100 bilhões de dólares
Resposta do Anterior: William Faulkner. Fonte: Uma descoberta Literária, Folha de São Paulo, 14 de fevereiro de 2010, Patricia Cohen.
1 bilhão de dólar
10 bilhões de dólares
100 bilhões de dólares
Resposta do Anterior: William Faulkner. Fonte: Uma descoberta Literária, Folha de São Paulo, 14 de fevereiro de 2010, Patricia Cohen.
28 fevereiro 2010
Futebol e Mercado
A relação entre o futebol e o mercado financeiro
Brasil Econômico - Por Eduardo Carlezzo - 27/02/10
Quem poderia, há algum tempo, em sã consciência, cogitar que um clube de futebol poderia fazer uma emissão de bonds no mercado financeiro, visando captar 500 milhões de libras para o pagamento de suas dívidas?
Há poucas semanas, o Manchester United realizou tal operação através de sua subsidiária, a MU Finance.
Em janeiro deste ano o atacante Liedson, do Sporting Lisboa, trocou socos com o diretor de futebol após uma partida da Taça da Liga de Portugal. O fato tornou-se público, o dirigente foi demitido e o jogador multado.
Contudo, outra consequência chama a atenção: as ações do clube na Bolsa de Lisboa caíram 5,47% no dia seguinte.
O mercado de capitais está preparado para receber o futebol? Ou melhor, os clubes estão em condições de fazer parte deste mercado?
São perguntas cujas respostas não são fáceis, mas que quando olhamos para a quantidade de agremiações que já realizaram transações desta natureza, podemos dizer que o esporte mais praticado no mundo está cada vez mais próximo deste cenário do que se pode imaginar.
Jogada chilena
Em outubro de 1993, o britânico Tottenham Hotspur converteu-se no primeiro clube do mundo a negociar no mercado de valores mobiliários, mais precisamente na Bolsa de Valores de Londres. Desde então outros 26 ingleses seguiram a mesma trajetória, ainda que nem todos mantenham o status de companhia aberta.
Chelsea, Manchester United e Manchester City, após terem o controle acionário adquirido por magnatas, optaram por cancelar o registro.
Atualmente existem 24 europeus listados nas bolsas seus respectivos países, desde o Aalborg Boldspilklub, da Dinamarca, até a Juventus, da Itália.
Os últimos clubes a abrirem o capital foram o Olympique Lyonnais (França) e o Benfica (Portugal), cuja entrada deu-se em maio de 2007 com 33% do capital negociado em bolsa.
Contrariamente ao que muitos poderiam pensar, o movimento também está presente na América do Sul. Três chilenos (Colo-Colo, Universidad do Chile e Universidad Católica) estão listados na bolsa de Santiago, tendo a Universidad Católica captado U$ 25 milhões em dezembro de 2009 (a procura pelas ações superou em 6 vezes o montante disponível).
Quando pensamos na figura do investidor que compraria ações de um clube, o primeiro perfil que vem a cabeça é o do torcedor/investidor, aquele que compraria ações por paixão ao clube ou por ter o orgulho de dizer que também é proprietário deste. Todavia, o negócio futebol se expandiu e dinamizou vertiginosamente na última década, especialmente no Velho Mundo.
Grandes empresas, sem qualquer relação com o esporte, como Bank of Scotland (Hearts, equipe participante da Scottish Premier League), Commerzbank (Sunderland, Inglaterra) e Merrill Linch Mercury Ltd (Aston Villa, Inglaterra), passaram a ser acionistas de clubes de futebol.
Outras, ainda, possuem participação societária, o que denota que esta modalidade possui um componente estratégico para várias instituições privadas.
Impedimento jurídico
Em solo nacional, a entrada das agremiações no mercado de capitais ainda é algo que pode levar algum tempo. Primeiramente, há uma impossibilidade jurídica: os clubes, em sua esmagadora maioria, são estruturados como associação e, como é sabido, o registro de companhia aberta somente é concedido as empresas constituídas como sociedade anônima.
Em segundo lugar, deverá haver uma radical mudança de comportamento. A transparência das informações é um pressuposto fundamental para qualquer empresa com ações na bolsa.
Ou seja, fatos que possam afetar de forma significativa a administração do clube, como transações de atletas, deverão ser reportados ao público investidor.
Outro ponto relevante diz respeito à variação do valor dos papeis em função de determinadas notícias. O mercado é muito "sensível" ao noticiário nacional e internacional, oscilando fortemente de acordo com as informações diárias.
No futebol, teríamos alguns componentes extras que fatalmente fariam as ações flutuarem: o clube venceu uma partida e se classificou para uma competição internacional; está nas últimas colocações do campeonato e prestes a ser rebaixado; está contratando um dos melhores jogadores do mundo; vendeu um de seus melhores jogadores; sofreu uma punição disciplinar e perdeu pontos; venceu o clássico regional, etc. Enfim, fatores ligados à própria atividade esportiva e que podem afetar as decisões dos investidores.
A regra é clara
Em linhas gerais, como pontos determinantes do sucesso (ou não) dos clubes no mercado de capitais podem ser apontados os seguintes fatores:
a) resultados desportivos: número de competições em que o clube está inscrito ao início da temporada e as respectivas chances de conquista, grau de competitividade alcançado nas competições, número de competições conquistadas;
b) plantel de jogadores: lesões, jogadores punidos disciplinarmente, negociações, legislação pertinente à transferência de jogadores, unidade dos jogadores, política salarial;
c) projeto desportivo: organização do clube, governança corporativa, administradores;
d) gerenciamento de receitas: contratos de televisão, merchandising, sócios, receitas do jogo.
O futebol mudou. E muito. Mas pode mudar mais. A adesão dos clubes ao mercado de capitais, por intermédio de empresas das quais mantivessem o controle acionário, seria benéfica, pois possibilitaria uma capitalização relevante e uma total profissionalização das gestões.
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