Translate

15 fevereiro 2010

Remuneração dos banqueiros

A questão da remuneração dos banqueiros tem despertado muito interesse na imprensa econômica. Uma das questões apresentadas é até que ponto os órgãos reguladores devem interferir no processo que representa uma decisão interna.

Dois gráficos apresentados aqui são interessantes e contribuem para a discussão. Ambos são favoráveis a intervenção neste processo.

O primeiro gráfico foi retirado do blog espanhol El Blog Salmon e mostra a remuneração recebida pelo ex-secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson. Durante seu mandato ocorreu a crise financeira. Os valores apresentados mostram a razão pela qual Paulson não fez muito por medidas contra os excessivos recebimentos dos executivos: quando fazia parte da Goldman Sachs, Paulson um valor expressivo de remuneração.


O segundo gráfico é do blog de Ritholtz e compara a remuneração dos executivos (do lado esquerdo) com a capitalização do mercado, do lado direito. Os bancos chineses pagam valores proporcionalmente reduzidos para seus executivos. Mas os banqueiros estadunidenses recebem valores proporcionalmente elevados.


Nota de zero rúpia

Na Índia uma organização sem fins lucrativos desenvolveu um projeto para lugar contra a corrupção. Apesar da corrupção ser um crime punido, é raro existir resistência por parte das pessoas comuns quando funcionários públicos exigem o "do café". A ONG lançou uma nota de zero rúpia, moeda local, que representa uma declaração contra a corrupção.

Conforme o sítio Nudge, o programa é um sucesso já que existem pessoas dispostas a utilizar as notas. Elas tem pouco a perder e as notas é um sinal de que existe uma organização que está lutando contra a corrupção.

14 fevereiro 2010

Rir é o melhor remédio

A fita com o marido sequestrado e a surpresa final...

Carnaval e Economia

Alegoria de carnaval da ‘Economist’
O Globo - 13/2/2010

Revista britânica compara alta de gastos do governo brasileiro aos excessos do período

LONDRES. O aumento dos gastos do governo brasileiro é um entrave ao corte da taxa básica de juros (Selic) e ao crescimento do país, afirma a revista “The Economist” que chegou às bancas britânicas esta semana. O artigo, chamado “Entrando no espírito do carnaval”, mostra estranheza com alguns hábitos do país nesta época do ano — “quem chega nos aeroportos ganha camisinhas do programa de saúde pública do governo — e diz que “o excesso deste período parece atingir também os pensamentos de economistas e financistas brasileiros”. O motivo são as projeções de crescimento entre 5% e 6% este ano, depois de superar a crise global, e os sinais de superaquecimento e inflação apontados pelo Banco Central (BC).

Além do avanço da inflação em janeiro, de 0,75%, que levou a taxa dos últimos 12 meses a 4,6%, a “Economist” cita outros sinais das elevadas expectativas para 2010. São eles as ofertas de ações previstas para o ano e as preocupações com os gargalos na infraestrutura, que prejudicam, entre outros, as exportações.

“Para desacelerar um pouco as coisas e tentar evitar uma série de alta nos juros, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou este mês que o Orçamento será enxugado, a fim de obter no ano um superávit primário (receita menos despesas antes do pagamento dos juros da dívida pública) de 3,3%”. A “Economist” lembra ainda o fim das isenções fiscais para automóveis e produtos da linha branca, o que merece elogios: “retirar estímulos em um ano de eleição mostra maturidade política”.

A “Economist” ressalta, porém, que, no caso brasileiro, os estímulos foram pequenos, de apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país). E faz uma crítica: “a maior parte dos gastos extras foi para a contratação de mais funcionários públicos, em vez de construção de estradas, portos e hospitais. Como os funcionários públicos quase nunca são demitidos e enxugar a Previdência Social é cada vez mais difícil, os estímulos deixarão o balanço do governo com uma ressaca bastante prolongada”.

A “Economist” afirma ainda, citando economistas do Itaú, que, para obter o superávit primário prometido por Mantega, o governo teria de cortar suas despesas discricionárias (custeio, investimentos etc., excluindo gastos com pessoal e dívida) em R$496 bilhões. “Isso será difícil em um ano de eleições, quando o governo federal normalmente abre o cofre”, ressalta o artigo.

A revista lembra que as despesas do governo vêm crescendo de forma quase contínua desde 2003, em torno de 8% ao ano em termos reais. “Isso foi possível porque as receitas também cresceram (...). Mas enquanto os recursos extras forem para contratar funcionários em vez de fazer coisas que permitam a economia crescer mais rápido, sem superaquecer, as taxas de juros permanecerão altas”. A Selic hoje está em 8,75% ao ano, o que, segundo a “Economist”, é “absurdamente alta” para a maior parte das grandes economias. “Para o Brasil, é aparentemente muito frouxa”.

“O governo pode gastar menos e abrira caminho para a redução dos juros. Ou pode continuar gastando e ver os juros continuarem elevados, restringindo a taxa sustentável de crescimento do Brasil a cerca de 5%. Isso não é ruim quando se olha o passado recente, mas não é tão bom quanto poderia. O carnaval, porém, trata-se de aproveitar o presente e esquecer o amanhã”.

Política e Contabilidade

Como combater as doações ilegais?

Um dos aspectos mais nefastos no processo eleitoral é justamente o caixa 2. Mas eliminar o caixa 2 não me parece viável.

Por quê?

Porque não tem como, ninguém confessa, nem do lado de cá, nem do lado de lá. O caixa 2 não existe só na eleição, o caixa 2 é geral no Brasil. É relativamente generalizado. Só que eliminar eu não acredito, mesmo em termos eleitorais. Mas é obrigação minimizar o quanto for possível, reduzir o dano.

Reconhece fracasso da Justiça Eleitoral no duelo com o caixa 2?

Não acho que seja fracasso. Acho que há uma extrema dificuldade de se apurar. O ideal, mas não sei se isso é viável, é que a doação apareça imediatamente nos registros, com a identificação do doador. Se ele faz a doação e não declara, fica muito difícil identificar. É a mesma coisa nos crimes de corrupção. Os dois estão de acordo, o corruptor e o corrompido, nenhum deles vai dar subsídio para a Justiça agir. A Justiça só trata com provas e a prova do caixa 2 é que é difícil. A menos que um deles rompa o pacto. Quando alguém rompe é ótimo. (...)

Onde começa o erro?

O problema é que o empresário que doa não quer se identificar. Ele não tem interesse nenhum em se identificar como doador daquele candidato. A lei permite a doação ao partido político que redistribui os recursos da forma como quiser. O que se pretende é que haja uma perfeita identificação. Eu, como eleitor, como cidadão, gostaria de saber quem financiou o meu candidato ou aquele em quem estou cogitando votar. Quem é o financiador? Eu posso concluir: bom, esse financiamento parece absolutamente normal. (...)


'Caixa 2 é geral no Brasil, não só na eleição' - Fausto Macedo - 14/2/2010 - O Estado de São Paulo - Entrevista com Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo

13 fevereiro 2010

Rir é o melhor remédio


A Grécia e o Euro

Segredo de Investimento 3

Sergey Aleynikov era funcionário da Goldman Sachs. Quando saiu da instituição, recebeu uma carta de recomendação da empresa. Mas logo depois a Goldman Sachs descobriu que Sergey tinha roubado os códigos secretos de avaliação de investimento da instituição e utilizado para fazer investimentos. Agora a notícia que ele foi formalmente indiciado.

Sergey foi notícia anteriormente neste blog (aqui e aqui)