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13 fevereiro 2010

Rir é o melhor remédio


A Grécia e o Euro

Segredo de Investimento 3

Sergey Aleynikov era funcionário da Goldman Sachs. Quando saiu da instituição, recebeu uma carta de recomendação da empresa. Mas logo depois a Goldman Sachs descobriu que Sergey tinha roubado os códigos secretos de avaliação de investimento da instituição e utilizado para fazer investimentos. Agora a notícia que ele foi formalmente indiciado.

Sergey foi notícia anteriormente neste blog (aqui e aqui)

12 fevereiro 2010

Rir é o melhor remédio




Túmulos, mais aqui

Maldição do Ganhador

A maldição do ganhador é conceito interessante e já foi inclusive tema de livro de Richard Thaler, um dos mais renomados cientistas da área financeira e influente pensador na área de finanças comportamentais. Para entender o conceito, faço uma longa citação do livro de Tim Harford:

Um exemplo conhecido é a “maldição do ganhador”. A maldição decorre de uma característica dos leilões: você só ganha quando os outros interessados acham que você está fazendo um lance muito alto. Posso invocar a maldição e produzir comportamentos desordenados oferecendo em leilão um pote de moedas. Se eu pedir a várias pessoas que estimem o valor total das moedas no pote, provavelmente terei uma resposta bastante precisa. Apesar disso, se eu fizer um leilão do valor das moedas no pote, oferecendo emitir ao vencedor um cheque no valor que for, é quase certo que farei um bom negócio, porque pelo menos um interessado será muito otimista. É a “maldição do ganhador” em ação.

Isso ocorre não porque o leilão produza algum tipo de comportamento psicológico excêntrico, mas sim porque, enquanto a pesquisa com as pessoas nos dá uma estimativa média do valor das moedas, o leilão não produz essa média. Ao contrário, o leilão seleciona automaticamente o maior lance; quanto mais extravagante, melhor. A pesquisa revela aquilo que James Surowiecki, colunista do New Yorker, chama de “sabedoria das multidões”. O leilão, por sua vez, revela o maior dos tolos

HARFORD, Tim. A lógica da vida. Rio de Janeiro, Record, 2009, p. 71-72

A questão da maldição do ganhador é interessante no setor público brasileiro por duas razões principais. A primeira diz respeito ao processo de privatização e a segunda a sistema de compras.

Vamos começar com a privatização. O governo ao promover a privatização das suas empresas está redirecionando seus esforços para áreas que ele entende serem mais relevantes. Assim, em lugar de concentrar na produção de minério, o governo aloca recursos em escolas, por exemplo. Uma das maiores críticas ao processo de privatização promovido na década de noventa do século passado é que as empresas foram vendidas por um preço baixo. A leitura do texto de Tim Harford dá a entender que esta crítica não procede, pois sendo um processo de leilão, o vencedor foi o maior dos tolos.

Mas isto só é verdadeiro quando o processo garante um número razoável de participantes ou pelo menos a possibilidade de que este número seja elevado. Em geral, quando o número de participantes é elevado, aumenta a chance de aparecer um grande tolo. Entretanto, existe aqui um trade-off, pois o governo precisa, de certa forma, garantir que o vencedor tenha realmente condições de absorver a empresa privatizada, o que por si conduz a regras de restringem o aumento no número de participantes.

O sistema de compras possui também um tipo de leilão, sendo o objetivo obter o menor preço. Novamente aqui temos uma grande vantagem, que é reduzir os gastos públicos. Entretanto, o sistema precisa garantir que as empresas que participem possuam um grau mínimo de qualidade; além disto, o risco não pode ser grande, pois isto conduziria a repetição do processo de leilão. Em alguns casos, as empresas que participam terminam por desistir do processo, trazendo prejuízos para a área pública.

Teste #231

Ser presidente de um banco central não é uma tarefa fácil. Imagina-se que o salário seja compensador. Os três presidentes de bancos centrais abaixo ganham 1,320 mil de dólar, 450 mil dólares e 191 mil dólares. Quem você acha que ganha 1,32 milhão por ano?


 

Ben Bernanke - dos EUA

Jean-Claude Trichet - da Comunidade Européia

Joseph Yam - de Hong Kong


 

Resposta: está na ordem. O blog do Becker é o mais relevante. Fonte: Blogmetrics , de Franklin G Mixon Jr. and Kamal P Upadhyaya, Eastern Economic Journal (2010) 36, 1–10

Representatividade dos investidores no Iasb

Na semana passada, duas pessoas com background corporativos foram nomeados para o IASB. (...)

Historicamente, os investidores raramente têm uma representação adequada no IASB e nas organizações antecessoras. Normalmente, os membros do IASB têm um background de uma grande empresa de auditoria, mas uma grande minoria dos membros tem origem na contabilidade das empresas. Dos atuais 15 membros do grupo, apenas dois ou três membros possuem um background de um fundo de investimento. (...)

Este é um evento significativo, com implicações graves. Empresas preferem regras contábeis flexíveis, de modo que as transações semelhantes podem ser contabilizadas de forma diferente por empresas ou mesmo por uma única empresa. Os investidores preferem regras contábeis mais rígidas, para que as transações são contabilizadas de maneira uniforme.

Corporações e os auditores afirmam que a contabilidade flexível irá fornecer divulgações mais informativas. Os investidores estão céticos (...)

Investidores nos Estados Unidos devem estar cientes da diferença de foco entre as regras contábeis do FASB e do IASB. Nos Estados Unidos, o objetivo da contabilidade financeira é visto amplamente como o fornecimento de informações aos investidores para que eles possam tomar as melhores decisões de investimento. Em contraste, a finalidade da contabilidade financeira no âmbito do IASB é ajudar as empresas a levantar capital. Na prática, as regras contábeis podem diferir significativamente nas duas ênfases. (...)

Fonte: Investors dissed as Two Appointed to Iasb, David Albrecht, 6 de fevereiro de 2010-02-11

Agrenco

CVM cassa registro e tira Agrenco da Bolsa
Folha de São Paulo - 12/2/2010

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) suspendeu os negócios com os papéis da Agrenco, uma das maiores exportadoras de soja do Brasil. O motivo foi que a empresa deixou de cumprir, por mais de 12 meses, com as obrigações de prestação periódica de contas e de informações.

Executivos da Agrenco chegaram a ser presos sob acusação de fraude ao simular vendas de grãos, falsificar documentos, lavar dinheiro e sonegar impostos, entre outros crimes.

Apesar de ter a maior parte do negócio no Brasil, a Agrenco foi admitida à Bolsa como empresa estrangeira e não podia ser processada por ferir regras do mercado local.


Mais sobre Agrenco, aqui