03 fevereiro 2010
EMH e Finanças Comportamentais
Os estudiosos de Finanças Comportamentais sabem da divergência com a eficiência do mercado e o conceito do homem racional. Uma história muito instrutiva foi contada no livro The Myth of the Rational Market, de Justin Fox (p.192), e ilustra muito bem a forma como os dois grupos entendem o ser humano.
Em 1979, depois da publicação do artigo Prospect Theory, Daniel Kahneman e Amos Tversky foram visitar Richard Thaler na University of Rochester. Thaler, fazendo as honras da casa, preparou um jantar para seus convidados e estava presente Michael Jensen. Jensen, um rigoroso teórico das finanças, mas defensor da idéia do mercado eficiente, não gostava muito das idéias comportamentais de Kahneman e Tversky. Além disto, Jensen era muito rigoroso com as pessoas.
Tversky perguntou a Jensen o que ele achava das decisões que eram tomadas por sua esposa. Jensen reconheceu que ela não tomava boas decisões. Tversky então quis saber o que Jensen achava do então presidente Carter. Jensen respondeu que Carter era um idiota. E a política econômica do Chairman do Federal Reserve, questionou Tversky para Jensen. Tudo errado, disse Jensen. Tversky continuou querendo saber de Jensen o que ele achava de vários tipos de pessoas, e a opinião de Jensen não era muito boa.
Tversky finalmente fez um fechamento no seu bate-papo com Jensen: "Quando nós falamos das pessoas, especialmente os policy makers, eles fazem grandes erros nas suas decisões. Mas no agregado, eles estão corretos?"
O que Tversky chamou a atenção é algo muito interessante. Para os defensores da eficiência do mercado existe um mecanismo regulador nas decisões individuais que mesmo que algumas pessoas comentam erros, o mercado como um todo estaria correto. A soma dos comportamentos geraria esta eficiência. Mas os estudiosos de finanças comportamentais acreditam que algumas decisões os erros individuais não são anulados no mercado.
Considere o caso do custo perdido. Sabemos pela contabilidade de custos que as decisões passadas não devem afetar as minhas decisões futuras. Os custos perdidos não podem ser considerados no processo decisório. Racionalmente isto é muito fácil de entender e compreender. Mas nas nossas decisões pessoais cometemos constantemente este erro. Quando um número muito grande de pessoas não age de forma racional, a eficiência do mercado deixa de existir.
Sabemos que existem estes problemas e um grande número de pesquisas já mostraram como isto ocorre. O que ainda não sabemos é o impacto disto para o conjunto total de decisões. Os partidários da eficiência do mercado, quando reconhecem as questões levantadas pelas finanças comportamentais, consideram que isto é uma exceção reduzida a regra mais abrangente do bom funcionamento do mercado. Os estudiosos de finanças comportamentais enxergam que os vieses apontados nas pesquisas são importantes demais para serem considerados como residuais.
Teste #226
O aiatolá da contabilidade
O mestre da contabilidade
O papa da contabilidade
Resposta do anterior: Alemanha. Fonte: Alemanha pode comprar dados roubados de bancos suíços - 2/2/2010 - Folha de São Paulo
Balanço de 1891
As cidades mais sujas do mundo
- Baku, Azerbaijão
- Daca, Bangladesh
- Antananarivo, Madagascar
- Port au Prince, Haiti
- México, México
- Addis Ababa, Etiópia
- Mumbai, Índia
- Bagdá, Iraque
- Almaty, Cazaquistão
- Brazzaville, Congo
- Ndjamena, Chade
- Dar es Salaam, Tanzânia
- Bangui, República Centro-Africana
- Moscou, Rússia
- Ouagadougu, Burkina Faso
- Bamako, Mali
- Pointe Noire, Congo
- Lome, Togo
- Conakry, República da Guiné
- Nouakchott, Mauritânia
- Niamey, Niger
- Luanda, Angola
- Maputo, Moçambique
- Nova Deli, Índia
- Port Harcourt, Nigéria
Fonte: Forbes
Remuneração dos executivos dos bancos
O Jornal do Commercio (Controle de bônus pode ser questionado, 3/2/2010, Anne Warth) traz a opinião de "advogados", que consideram a intervenção do poder público em assunto privado desnecessária.
Para o advogado José Carlos Arouca, desembargador aposentado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), uma resolução nesse sentido seria "totalmente ilegal". "É algo que não tem pé nem cabeça. Coisa para esquecer a partir de amanhã", afirmou. "Resolução não tem natureza de lei. O BC pode recomendar, mas o banco cumpre se quiser. A legislação teria de ser de órbita federal, e mesmo que houvesse essa lei ela seria inconstitucional", explicou.
Segundo a Folha de São Paulo (Bancos afirmam que pagam bônus "conservador" no país, TONI SCIARRETTA) a "Febraban(Federação Brasileira de Bancos) afirmou que o sistema financeiro nacional tem uma política "conservadora" de bonificação dos executivos e que adota práticas rigorosas de controle de riscos."
O Globo optou por analisar os bancos públicos. Seu texto, Limite a bônus de executivos proposto pelo BC não vale para bancos estatais, de Patrícia Duarte e Ronaldo D'Ercole, mostra que as regras não valem para o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.
Já o Estado fez um levantamento das remunerações (Salários e bônus no Bradesco e no Itaú superaram R$ 500 milhões em 2008)