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22 dezembro 2009

Créditos de Carbono

Fracasso da COP-15 derruba preços de contratos de carbono
Folha de São Paulo - 22/12/2009
CHRIS FLOOD - DO "FINANCIAL TIMES"

Os preços dos contratos de licenças de emissão de carbono caíram acentuadamente ontem, em reação ao desfecho decepcionante da COP-15 (conferência das Nações Unidas sobre o clima), em Copenhague, que se encerrou com acordo que ficou aquém das metas previamente aguardadas quanto à redução significativa dos gases causadores do efeito estufa.

O comércio de crédito de carbono é um sistema que funciona com a compra e a venda de unidades correspondentes à redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.

"O acordo foi um resultado muito decepcionante", diz Trevor Sikorski, diretor da Barclays Capital. "Não vejo nada nele que estimule o investimento nas emissões como commodity ou na tecnologia de redução de emissões."

Para ele, o resultado da conferência foi "desanimador para o mercado e para o planeta".

As licenças de emissão da União Europeia com data de dezembro de 2010, o contrato de referência para a fixação de preço das emissões de carbono europeias, mostraram queda de 8,7%, para € 12,40 por tonelada, na abertura do pregão, antes de se recuperarem ligeiramente e fecharem ainda com queda, mas a € 12,80.

Os direitos de emissão licenciados pela ONU, para dezembro de 2010, caíram 6,6%, para 11,05 a tonelada, marca mais baixa desde o dia 23 de junho.

Emmanuel Fages, do Société Générale/Orboe, diz que "Copenhague exemplificou o fracasso do processo da ONU para enfrentar a mudança climática, mas a queda nas cotações se baseia em sentimentos e fundamentos de mercado, apenas, e os preços vão se recuperar. O quadro de oferta e procura para o período anterior a 2012 não mudou, e, para o período pós-2012, o mercado continua a embutir em seus preços uma meta de 20% para a redução de emissões".

A União Europeia afirmou que o acordo (um instrumento menos firme que um tratado, cuja aplicação seria compulsória) não era ambicioso o suficiente para persuadi-la a elevar sua meta de redução nas emissões de carbono de 20% para 30% até 2010.

Fages diz que os preços das emissões na UE poderiam cair para até € 10 por tonelada no primeiro trimestre de 2010, já que os participantes, que contam com um excesso de cotas, saberiam ao certo quanto carbono foi emitido em 2009.

Eugen Weinberg, diretor de pesquisa de commodities no Commerzbank, diz que a importância do pacote legislativo norte-americano sobre o clima, que está em debate no Senado, "não deve ser subestimada", já que a aprovação do projeto permitiria o estabelecimento de vínculos entre o mercado de direitos de emissão norte-americano e o da UE e sustentaria os preços dos contratos de licenças de emissão da UE de modo a permitir a retomada da meta de 30% de corte até 2020.

"Mas, se o projeto for derrotado, haverá verdadeira decepção no mercado e se tornará difícil ver catalisadores positivos para o futuro."

Mark Lewis, analista do Deutsche Bank, afirma que o acordo de Copenhague certamente despertaria incerteza sobre o futuro dos esquemas de negociação de licenças para compensação de emissões de carbono criados sob o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, sistematizado pelas Nações Unidas).

"O desenvolvimento de novos projetos sob o MDL deve se retardar ao longo do ano que vem, talvez de maneira significativa", afirma Lewis.

Indicador

Um indicador de crescimento da economia ou seria um indicador da excessiva participação do Estado na economia:

Um segmento do mercado de ensino chama a atenção de investidores e deve ser palco de fusões e aquisições no próximo ano - o das escolas preparatórias para concursos públicos. A Academia Brasileira de Educação, Cultura e Empregabilidade (Abece), que conta com cerca de 70 mil alunos, negocia a compra de mais três cursos no Rio, São Paulo e Brasília. O SEB, que hoje só tem cursos para o exame da OAB, vai entrar no mercado de concursos públicos em 2010. É fácil explicar o interesse. "No governo Lula, o mercado de concursos públicos cresceu em média 40% ao ano", diz o consultor Ryon Braga.

Mercado de concursos atrai investidores - Beth Koike, Alberto Komatsu e Paola Moura - Valor Econômico - 22/12/2009

Livros do Ano

Os 10 livros de Ciência indicados pela Amazon

1. The Age of Wonder – Richard Holmes
2. Remarkable Creatures – Dr Sean Carroll
3. Complexity A Guided Tour - Melanie Mitchell
4. Fixing My Gaze – Susan Barry & Oliver Sacks
5. The Strangest Man – Graham Farmelo
6. Every Patient Tells a Story – Lisa Sanders
7. The Mathematical Mechanic – Mark Levi
8. Thuth, Lies, and O-Rings – Allan McDonald & James Hansen
9. Dissection – Jason Rosenhouse
10. The Monty Hall Problem – Jason Rosenhouse

Uma pesquisa na Livraria Cultura revelou que nenhum destes livros possui versão para língua portuguesa. Confesso que fiquei tentado em comprar o livro sobre complexidade, a mecânica matemática e o problema Monty Hall. Este último, um quebra-cabeça da área de finanças comportamentais.

21 dezembro 2009

E & Y paga multa

Auditoria: Ernst & Young paga multa milionária nos Estados Unidos

Rachel Sanderson e Stephanie Bodoni, Financial Times e Bloomberg, de Londres e Luxemburgo
A Ernst & Young concordou em pagar US$ 8,5 milhões, um dos maiores acordos já feitos por uma firma de auditoria, para pôr fim à acusação de ter emitido pareceres de auditoria "falsos e desorientadores" sobre uma companhia americana, a Bally Total Fitness.

A Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) processou a E&Y, uma das chamadas "Big Four" do setor de contabilidade, e seis de seus sócios e ex-sócios por suas participações na fraude contábil na empresa de Chicago.

Segundo a SEC, a E&Y "sabia ou deveria saber sobre a contabilidade e as informações fraudulentas da Bally".

Seis dos atuais e ex-sócios da firma de auditoria e consultoria, incluindo Randy Fletchall, o encarregado do escritório nacional da firma, também foram punidos pela SEC em uma das mais abrangentes ações contra auditores envolvidos em uma auditoria deficiente. A E&Y afirmou que Fletchall continua como sócio, mas não confirmou se ele ainda está no mesmo cargo.

Duas pessoas, incluindo Mark Sever, diretor nacional de metodologia profissional, e John Kiss, ex-sócio que trabalhou nas auditorias de 2001 e 2002, estão proibidos de atuar como auditores de empresas de capital aberto por três anos. Fletchall recebeu uma advertência da SEC.

A Ernst & Young e seus atuais e ex-sócios não admitiram ter errado. "Esses acordos permitem que deixemos esse assunto para trás e solucionam questões que surgiram há mais de cinco anos", diz um comunicado da E&Y.

O ex-executivo-chefe da Bally John Dwyer e o ex-diretor de controladoria Theodore Noncek também foram processados pela SEC, que anteriormente havia acusado Bally de fraude contábil em 2008. Dwyer e Noncek concordaram em fazer um acordo com a SEC.

A firma de auditoria também está sendo processada, juntamente com o banco UBS, pelos liquidantes de um fundo de Luxemburgo que perdeu quase todos seus ativos investindo com Bernard Madoff.

Liquidantes do fundo LuxAlpha Sicav-American Selection, que tinha US$ 1,4 bilhão de patrimônio um mês antes da prisão de Madoff, abriram um processo na sexta-feira em Luxemburgo contra o UBS, o banco custodiante do fundo, e a firma local da Ernst & Young, que era a auditora, disse Alain Rukavina, um dos dois liquidantes, numa assembleia de acionistas do fundo na sexta-feira.

O administrador do fundo, Access International Advisors, e órgão regulador do mercado financeiro de Luxemburgo, também são citados na ação.

O UBS foi processado por vários investidores sob a alegação de que o banco não protegeu o dinheiro investido no LuxAlpha. Patrick Littaye, co-fundador do Access International, foi condenado por quebra de dever fiduciário em novembro por um juiz francês que investiga o caso Madoff.

Tatiana Togni, porta-voz da UBS, disse à Bloomberg que o banco está estudando o caso.

Jean Mondloch, porta-voz da Ernst & Young em Luxemburgo, não foi localizado na sexta-feira para comentar o assunto.

Rir é o melhor remédio

Postei anteriormente uma figura sobre o copo de água. Retirei a idéia do blog de David Albrecht, que acompanho sempre. Como meus conhecimentos em programas de imagem correspondem somente ao básico, usei o Paint para fazer a adaptação da idéia de Albrecht. Obviamente a figura ficou um pouco tosca. Para minha surpresa, ecebi um gentil e-mail dele com a figura e os seguintes dizeres:

Cesar,

The font I used couldn't take an accent mark.

Dave

Eis a figura melhorada.

Teste #199

A empresa de auditoria Ernst & Young foi condenada pela SEC: multa de 8,5 milhões de dólares. A razão está no parecer para uma empresa de:

academia de ginástica
massagem chinesa
motel

Fonte: Obviamente que são os membros do congresso. Lá como aqui. Fonte: aqui

Livros do Ano

Os 10 livros de Negócios indicados pela Amazon

1. The Myth of the Rational Market – Justin Fox
2. Fool´s Gold – Gillian Tett
3. Shop Class as Soulcraft – Matthew Crawford
4. How did that Happen? – Roger Connors & Tom Smith
5. Rapt – Winifred Gallagher
6. In Fed we Trust – David Wessel
7. Trust Agents – Chris Brogan & Julien Smith
8. Animal Spirits – Akerlof & Shiller
9. Supercorp – Rosabeth Moss Kater
10. Ignore Everybody – Hugh MacLeod

Já possuía The Myth e Animal Spirits. Confesso que não tive nenhum interesse pelos demais. Observe a ausência do Superfreakonomics, que realmente não merece entrar na lista.